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Refugo vira carrasco e Noroeste perde na estreia da Bezinha

Ex-atacante alvirrrubro Aguiar foi o carrasco da derrota do Noroeste

bezinhaFutebol tem dessas coisas… O refugo vira carrasco. Quem diria que, um dia, o centroavante Aguiar, que já discutiu em redes sociais com torcedores protestando contra o apelido de “Cone”, seria responsável direto por uma derrota do Noroeste? Pois é. O Alvirrubro perdeu para o Assisense, por 2 a 0, na estreia do Campeonato Paulista da quarta divisão. Foi apenas o primeiro passo, difícil concluir qualquer coisa agora. Vem aí Luiz Azevedo e um ou outro mais cascudo da parceira Ferroviária. O próximo desafio será no Alfredão, contra o Fernandópolis (Muller não deve jogar), dia 25, sábado, às 15h30.

BOLA ROLANDO
Assisense acerta o travessão noroestino, com Diego, aos 7min. Aos 19, o ex-noroestino Aguiar entrou com perigo na área e simulou pênalti, mas a árbitra não caiu. Aos 31, finalmente o Alvirrubro ameaça a meta adversária: Capixaba carrega a bola, passa por três e finaliza forte, cruzado, obrigando o goleiro Augusto a espalmar. Três minutos depois, é a vez de Guilherme trabalhar, após boa trama do Assisense.

No intervalo, o técnico João Martins fala ao microfone do repórter Jota Augusto (Auri-Verde) que não gostou do primeiro tempo, pela afobação da molecada, errando o último passe no ataque. Na volta para o segundo tempo, coisas da Bezinha: o goleiro da Assisense jogou o primeiro tempo com a 16 e volta com a 1, cheia de esparadrapos. O zagueiro alvirrubro Igor sangrou na camisa branca, não havia substituta e o time volta com a vermelha.

A etapa complementar começa como a inicial, com os donos da casa mais ligados. E não é que Aguiar, tão criticado em seus tempos de Norusca, incomoda e muito a defesa noroestina? Aos 11, ele invade a área e, desta vez, consegue o pênalti, cometido pelo goleiro. O próprio camisa 9 cobra cruzado, Guilherme defende, mas, no rebote, Aguiar guarda, para desgosto da torcida que não se cansava de “elogiá-lo”.

Em desvantagem, João Martins promove duas mudanças no setor ofensivo, colocando Tuxa (ex-Tucho) e Fabrício. Mas é o anfitrião que segue apertando, agora com Gabriel dividindo com o arqueiro do Norusca, aos 19. No minuto seguinte, Elivelton chuta de longe e Guilherme espalma para escanteio. Só dá Assisense: aos 22, Gabriel, cara a cara, para Guilherme, mantendo a tradição de goleiros milagreiros do Noroeste.

Só aos 29 o Alvirrubro chega, em boa cobrança de falta de Capixaba, defendida por Augusto. E aos 31, uma bola na trave em chute cruzado de Rafael Silva. A reação é esfriada por outra jogada de Aguiar, que consegue mais um pênalti! Desta vez, quem cobra é o meia Diego, que faz 2 a 0… E nada mais digno de nota nessa estreia frustrada. Mas é só o começo.

ABRE ASPAS
Depoimentos ao repórter Jota Augusto, da rádio Auri-Verde (760AM)

“Não funcionou nada. Mas é uma longa caminhada, muito trabalho. Não vamos nos desesperar. Sabemos que teremos dificuldades, mas estamos conhecendo melhor o elenco e, com tranquilidade, vamos melhorar alguns setores. Se jogar sempre assim, não vamos ganhar de ninguém”, disse o técnico João Martins.

“Houve a ansiedade da estreia, é normal, são garotos. Tivemos algumas falhas, acontece, mas vamos trabalhar durante a semana e ajustar. Agora, é cabeça erguida. São 18 jogos, dá pra recuperar esses três pontos perdidos”, avaliou o capitão Capixaba.

 

Foto: Gian Marinho

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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