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Coluna da semana diagnostica má temporada do Noroeste em casa e repercute jogos-treinos do Bauru Basket

Texto publicado na edição de 30 de julho de 2012 no jornal BOM DIA Bauru mostra números do mal desempenho alvirrubro em Alfredo de Castilho e traz aspas após os amistosos dos guerreiros contra Franca.

Síndrome do Alfredão

Bastou o Noroeste jogar duas vezes (mal) em casa, ao mesmo tempo em que jogou bem como visitante nesta Copa Paulista, que surgiu o questionamento. Por que o Alvirrubro tem jogado tão mal em casa? Em Barretos, vitória convincente e gols bonitos – os únicos marcados até aqui, aliás. Em Marília, apesar do placar zerado, o volume ofensivo foi elogiável, muitas tramas no ataque e a vitória moral no clássico. No Alfredo de Castilho, entretanto, sono e vaias.

Seria a síndrome de Alfredão? Brincadeira à parte (é preciso ter bom humor nessa vida), o assunto é sério: em 2012, o Norusca venceu menos da metade de seus compromissos em casa (apenas sete vitórias em 15 jogos). Empatar como mandante nunca é bom resultado e foram seis vezes que o adversário saiu de Bauru com um ponto. Houve ainda duas derrotas. Se encurtar o prazo, a coisa fica pior: nos últimos dez jogos, foram apenas três vitórias. O time está econômico nos gols jogando em casa. Foram apenas 21 em 15 jogos (1,4 por jogo). Marcou mais de dois em apenas duas ocasiões. E sofreu quase um por jogo (14 em 15).

Não significa que o Noroeste é uma maravilha fora de casa nesta temporada – o retrospecto é ainda pior (apenas duas vitórias em 14 jogos e saldo negativo de dez gols). Esse bom momento como visitante é uma exclusividade desse início de Copinha. Que os vídeos das partidas em Barretos e Marília sejam vistos e revistos para inspirar Amauri Knevitz e seus comandados. A resposta tem que ser dada quarta-feira. Nada mais apropriado do que provar quem manda aqui, no dia do aniversário da cidade.

Vai entender
Conforme a coluna adiantou na última semana, o Noroeste não vai renovar os contratos do goleiro Weliquem e do volante Leonardo. Com quatro goleiros no elenco profissional, além das promessas Léo e Muralha, seria mesmo difícil Weliquem ter oportunidade. Já Leonardo foi testado na Copinha passada e não comprometeu. Mas a saída do lateral-esquerdo Pedro, definida há algumas semanas, é a mais lamentável. Elogiado na base, o jovem teve poucas chances no time de cima, enquanto a diretoria apostou em canhotos do quilate de Roque, Gleidson e Alexandre Aguiar (da segunda divisão de pernambuco!). A bola da vez é Ralph, que foi vaiado no último sábado.

Papo de basquete
Saldo positivo o dos jogos-treinos entre Bauru/Basket e Franca. Uma derrota (68 a 81) e uma vitória (93 a 85) e um ótimo parâmetro para os dois lados. Mesmo visivelmente fora da forma física ideal, os jogadores fizeram confrontos pegados e faltosos, em meio ao duelo tático entre os amigos Guerrinha e Lula Ferreira. “Agendei amistoso com Bauru exatamente porque é uma equipe de pegada forte na defesa. Eu queria que meu time enfrentasse dificuldade”, comentou o treinador de Franca. O técnico bauruense prevê uma temporada de mais cobranças, já que o elenco está mais qualificado. “Bauru é uma equipe favorita, não entra mais para participar. Tem que saber encarar isso, estar preparado para ser cobrado. Isso é legal. Mostra que nossos jogadores não são mais surpresa, são realidade”, concluiu.

Craque
“O moleque é muito bom”, exclamou Guerrinha, elogiando o armador Ricardo Fischer, que teve média de 16,5 pontos nos dois amistosos e chamou a atenção pela liderança. O treinador adiantou que não vai inibir a impetuosidade do rapaz. “O armador é o segundo técnico do time. Eu brigo mesmo, de forma positiva. Darei bronca em quem precisar, esse é o meu perfil”, avisou Ricardo, que deverá jogar com a camisa 5, com a inscrição “R. Fischer” às costas, para diferenciar do irmão mais velho.

Pode anotar
John Thomas terá média de 15 pontos por jogo, é a estatística de toda a carreira dele, desde a faculdade. “Trabalho duro, forte na defesa e no ataque tenho somente que me divertir. Basquete é isso. Estou noventa por cento fisicamente e estarei pronto no início do Paulista”, disse o ala à coluna.

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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