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Coluna da semana: a estreia do Noroeste na Copa Paulista e papo com a mãe de Larry Taylor

Jornalista, torcedores e jogador contam como foi o jogo contra a Ferroviária; Iris Taylor fala da expectativa de ver o filho jogar pelo Brasil. Confira texto publicado na edição de 16 de julho de 2012 no jornal BOM DIA Bauru.

Abre aspas

Estou de férias, faceiro no Rio de Janeiro. Mas a coluna segue firme e forte e fiquei imaginando o que escrever, sem ter visto a estreia do Noroeste na Copa Paulista. Nada melhor do que colher depoimentos de quem esteve lá e pode analisar o desempenho alvirrubro. De quebra, falei com Iris Taylor, mãe de Larry, que nesta segunda terá a incrível experiência de ver seu filho jogar pelo Brasil contra os Estados Unidos, seu país natal. Boa leitura!

Norusca mal
O zero a zero do sábado contra a Ferroviária, no Alfredão, na estreia da Copa Paulista, foi decepcionante, segundo Gustavo Longo, repórter do BOM DIA. “Para quem teve tempo, base estruturada e time da A-2, foi muito pouco. A torcida vaiou no fim do jogo, com razão”, comentou o colega, que achou que o Norusca produziu muito pouco. “A zaga se portou bem, mas sofreu quando a Ferroviária apertou. Kasado foi a surpresa. Jogou muito bem, aparecendo no ataque”, concluiu.

Os torcedores tiveram impressão parecida com a do jornalista. Para Pietro Zambom Franco, a equipe precisa melhorar muito para chegar longe nesta Copinha. “A zaga parece segura, a lateral ainda pode melhorar, o meio campo está feio, não tem jogadas objetivas e o time também está bastante lento… Já o ataque não teve muitas oportunidades e as que tiveram foram mal aproveitadas”, comentou.

Outro noroestino, Paulo Santa Rosa Neto, viu comportamentos distintos em cada período do jogo. “No primeiro tempo, jogou até mais ou menos. Mas, no segundo tempo, não jogou nada. Apático, sem raça, não dava nem vontade de assistir. Se jogar assim, não passa nem da primeira fase”, decretou o alvirrubro.

Do lado de dentro
A coluna também falou com quem esteve em campo: Giovanni, que voltou a atuar oficialmente depois de muito tempo. “Fiquei muito feliz de voltar a jogar depois de quase um ano. Machuquei na estreia da Copa Paulista do ano passado. Só queria voltar com vitória… Agora é pegar ritmo de jogo e as coisas vão melhorar”, disse o lateral de ofício que atuou no meio-campo. “Tenho feito bons treinamentos nessa função de volante pelo lado esquerdo e estou procurando melhorar a cada dia. Me senti muito bem fisicamente, ainda mais que no segundo tempo tivemos que correr dobrado, pois estávamos com um jogador a menos”, contou o prata-da-casa.

Papo de basquete
Nesta segunda, o Brasil (tanto no masculino quanto no feminino) tem ótimos amistosos de preparação para a Olimpíada contra os Estados Unidos, em Washington. E a grande atração é a primeira vez que Larry Taylor, o astro bauruense, enfrenta seu país natal. Falei com a mãe do Alienígena, Iris, sobre esse momento especial. “Larry é um filho maravilhoso e merece muito esse momento. Desde sexta-feira está difícil dormir, será muito emocionante”, relata a mãezona, que migrou para o lado verde-amarelo. “Desde que Larry está aí, a família torce pelo Brasil”, contou. O irmão, Darrell, já se encontrou com o camisa 7 canarinho no final de semana e a mãezona também estará no ginásio nesta noite, para aplaudir esse momento único. Afinal, não é qualquer uma que concebe um atleta olímpico.

Guerreiro por um dia
O leitor do BOM DIA já conferiu reportagem na semana passada e sigo contando de forma fracionada no blog Canhota 10, mas não poderia deixar de registrar aqui. A experiência de ser jogador do Bauru Basket por um dia, treinar com o elenco principal, foi riquíssima. Sentir na pele o nível de dificuldade, perceber a relação entre o técnico Guerrinha e os jogadores, enfim, ver do lado de dentro, foi um privilégio. De quebra, recebi um agradecimento do presidente do time, Joaquim Figueiredo. “Achei muito interessante sua participação e disposição. Você tem se demonstrado, além de profissional, um amigo e apoiador do nosso basquete”, disse. Sempre digo, e repeti ao Joaquim, que cobrir esporte local tem essa vantagem, de jogar a favor. Porque quando sou crítico, é pelo bem de Bauru e seus torcedores.

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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