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Bauru 2, Mogi 2: a crônica de um sufoco

Paschoalotto Bauru fez teste cardíaco com sua torcida ao empatar a série contra Mogi das Cruzes. Confira uma análise do desempenho dos guerreiros

NBBOlha, não me peça o texto Bola quicando desta vez. Eu até rabisquei o galope da partida até o terceiro quarto, mas depois abandonei o computador, porque os dedos estavam gelados, o pé suando, não dava pra piscar. Pra variar, aborreceram um tanto os erros — os mesmos de sexta-feira, tanto que, em meio à correria daquele dia, fechando uma revista que está saindo do forno (logo conto), abortei o texto do jogo 3; não vai fazer falta.

O que saltou aos olhos na épica vitória por 98 a 91, no Hugo Ramos, destaco em tópicos:

• Sempre importante enaltecer aqueles desempenhos óbvios: Hettsheimeir, Ricardo e Larry. Esse trio tem sido bastante regular. O Ligeirinho ainda desperdiça alguns ataques, precipita passes, mas não nega fogo. Hett, no conjunto da obra, penso ser o melhor jogador de Bauru na temporada, por mais espetacular que seja Alex. O camisa 30 raramente joga mal. E Larry, caramba, segue tirando coelhos da cartola.

• O Brabo também estaria no tópico acima, mas merece uma ressalva: está mais bravo do que deveria. É uma postura necessária, o Dragão já foi muito bonzinho em outros tempos, mas sair de um jogo decisivo por conta de um coice… Ainda bem que o time, que parecia tão dependente dele, deu conta do recado.

• Murilo precisa de minutos. Vinha mal, depois entrou no quinteto titular, mas mas logo saía de quadra. Ontem, foi fundamental, desafogou o jogo, quando FINALMENTE o time foi buscar, de grão em grãos, os pontinhos embaixo da cesta. E ele e Larry penduraram os mogianos em faltas. Caramba, estamos falando de um MVP, ele não se esqueceu como se faz.

• Gui Deodato vinha sendo taticamente importante, mas ontem saiu cedo e sofreu do banco. Entretanto, foi ele quem substituiu Alex, quando eliminado, depois Murilo, igualmente excluído com cinco faltas. Importante observar esse esforço do camisa 9 que não aparece no scout.

• Por fim, Robert Day foi o cara em Mogi. Bem nas duas partidas, falta colocar a Panela abaixo com seu chute preciso. Foram 57% de aproveitamento nos triplos.

NUMERALHA
Hettmonstro: 22 pontos, 7 rebotes
Brabo, muito brabo… 18 pontos, 7 rebotes
Dayfinidor: 16 pontos, 3 rebotes
Tio Fischer: 15 pontos, 4 rebotes, 9 assistências
Murilaço: 13 pontos, 7 rebotes
Larry, sempre Larry: 11 pontos, 8 rebotes, 4 assistências
Batman: 3 pontos, 2 rebotes, 4 bolas recuperadas

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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