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Paschoalotto Bauru 0, Mogi 1: rendimento em declínio, as primeiras vaias e final do NBB em xeque

Com insistentes erros e em noite inspirada de Shamell, Paschoalotto Bauru perde para Mogi na Panela; ano perfeito em xeque

NBBNão há como não estranhar a derrota no jogo 1 da semifinal, em casa — Mogi dominou e cravou 81 a 73. Por mais que Paco García seja um baita técnico e tenha um bom elenco em mãos, nada se compara ao poderio do Paschoalotto Bauru aos cuidados de Guerrinha. Não que tenha obrigação de vencer o NBB, mas perder na Panela, logo de cara, para o adversário que havia batido seis vezes na temporada e trucidado na final da Sul-Americana, está longe da normalidade. Se existe uma explicação, ela é óbvia: Mogi evoluiu desde então, enquanto o Dragão caiu de produção. Sobre a queda bauruense, alguns pontos:

• Unanimidade entre quem analisou a partida e os números não mentem: que insistência nos triplos, que não caíam! 35 chutes de fora e apenas 19 tentativas internas, para quem tem um cardápio riquíssimo (infiltrações de Alex/Gui/Larry, presença física de Hett/Murilo, jump média distância de Day/Ricardo), é limitador demais.

• Falta de energia. A constatação foi de Gui Deodato, em entrevista pós-jogo. Comentei que Franca foi sangue nos olhos 100% do tempo nas quartas. As semi começaram da mesma forma: Mogi mordendo, Bauru vacilando.

• Vacilo, cochilo, não-execução de jogadas. A constatação é de Alex Garcia, novamente aos microfones. A temporada ainda não terminou, moçada.

• Esses ingredientes acima se refletem nos placares: o Dragão não marca mais de 80 pontos há cinco partidas e sofreu mais de 70 em quatro desses cinco jogos.

• Nervos à for da pele: quando os mais experimentados de Bauru, Guerrinha e Alex, sofrem falta técnica, é de se preocupar, por mais que a arbitragem exagere. Já a treta do final, quando o Brabo se irritou com alguma coisa que Elinho fez ou disse, pode significar o resgate da raça. Que assim seja.

VAIAS
Pela primeira vez na temporada, o time ouviu vaias da torcida. Após o soar do cronômetro, claro, pois a galera apoia até o fim. Mas deixou um recado. Que seja motivador.

SEGUNDA CHANCE
Nesta terça, 12/mai, às 21h, espera-se outra história na Caverna do Dragão. Que Bauru “passe o carro”, como Gui disse ao Lanzoni, no Jornada.

NUMERALHA
Alex: 19 pontos, 5 rebotes, assistências
Hettsheimeir: 17 pontos, 7 rebotes
Larry: 11 pontos, 8 rebotes, 4 assistências
Gui: 8 pontos, 2 roubos de bola
Ricardo: 7 pontos, 3 assistências
Day: 6 pontos, 4 rebotes
Murilo: 5 pontos, 3 rebotes

 

Foto: Henrique Costa/Bauru Basket

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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