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Bauru 1, Flamengo 2: terceiro quarto decidiu a partida

Flamengo joga melhor do início ao fim, vence na Panela e toma dianteira na série

Se alguém que não viu o jogo, perguntasse o placar, espantaria-se com o resultado (vitória do Flamengo por 92 a 73). Ok, o Flamengo é mais forte, mas, na Panela, não precisa tanto… O mais espantoso, entretanto, é construir um placar desses e Marcelinho fazer apenas dois pontinhos! Outros calibres funcionaram e o capitão rubro-negro vira grande preocupação para o jogo 4, pois com a boa média que tem, não há de ficar duas partidas no traço. Já Bauru teve baixo rendimento ofensivo e também foi muito inferior nos rebotes (30 a 45). Agora em desvantagem na série, o Dragão precisa vencer na segunda-feira, às 19h, para forçar o quinto jogo, no Rio de Janeiro. Com os ingressos previamente esgotados, torcida não faltará para empurar o time.

O JOGO
A partida começou tão frenética como o barulho ao seu redor. Bola quente, pipocando no aro, sobretudo do lado bauruense. O Flamengo começou acertando mais, chegou a abrir 13 a 2. Devagarinho, os guerreiros foram entrando no jogo, comandados por Ricardo Fischer, que tomou a iniciativa na pontuação. Pelo mau período, até que o Dragão fechou no lucro (19 a 26), com bola de três de Barrios no estouro do cronômetro.

No início da segunda parcial, o argentino continuou calibrado, ajudando o Paschoalotto a encostar. E foi nas bolas de três, com excelente aproveitamento até então, que a virada chegou, com bola de Larry (31 a 30). Mas Olivinha e Meyinsse continuavam inspirados. Levaram a melhor no garrafão e retomaram a liderança do placar, indo para o intervalo com 41 a 45 (fração bauruense, 22 a 21). A diferença do primeiro quarto foi providencial.

No terceiro período, a coisa azedou para o lado alvilaranja. Laprovittola desandou a pontuar, Olivinha seguiu dominante nos rebotes. Pelos bauruenses, duas belas cravadas de Lucas Tischer foram os momentos de menor apatia. Fazendo larga parcial (14 a 28), os rubro-negros construíram enorme vantagem de 18 pontos para administrarem no final da partida.

E com Marquinhos voando, Gegê e Felício entrando bem, foi vigiando o placar que o Flamengo garantiu a vitória. Murilo ainda tentou recobrar o ânimo do time, enterrando com raiva, mas a diferença não diminuía. No final, Guerrinha descansou os titulares, já pensando no jogo 4. E assim, o campeão das Américas fechou em 73 a 92 (vencendo o último quarto por 73 a 92).

NÚMEROS
Ricardo Fischer: 17 pontos, 10 assistências
Fabian Barrios: 14 pontos
Murilo Becker: 12 pontos, 13 rebotes

ABRE ASPAS
“A gente estava acreditando muito que íamos vencer hoje e pode ser que isso tenha atrapalhado um pouco. Nossa equipe é muito unida, mas hoje não foi uma tarde boa. A gente correu, lutou, mas não jogamos bem. A gente tentou tirar a bola do Marcelinho, deu certo, mas eles têm outros jogadores… Marquinhos, Olivinha, Meyinsse foram muito bem. Hoje produzimos pouco ofensivamente. Vamos acreditar até o último segundo, pois a gente sabe da nossa qualidade”, disse o pivô Murilo.

“A gente vai fazer o máximo no próximo jogo, vamos jogar forte, pois sabemos que podemos ganhar”, avisou o pivô Lucas Tischer.

“Eles fizeram um brilhante jogo e mereceram a vitória. Mesmo com a equipe motivada, vindo de vitória lá e com festa da torcida, não conseguimos fazer um bom jogo. O time se abateu muito com os erros, mas a série ainda não acabou. Claro que é difícil vencer o Flamengo duas vezes seguidas, mas vamos pensar no jogo 4. Não desaprendemos basquete em uma semana”, comentou o técnico Guerrinha.

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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