Ambição se transforma em resultado aos poucos, e com trabalho. É o que vem acontecendo na caminhada do Paschoalotto Bauru, tanto no Campeonato Paulista (semifinal contra Franca, grande clássico!), quanto na Liga Sul-Americana. Ao mostrar influência nos bastidores para sediar mais uma fase da competição continental, o Dragão ganhou forças para sonhar com a decisão do torneio, nos dias 27 (semi) e 29 (final) de novembro, em local a definir — quem sabe Bauru?…
Mas, antes de sonhar, é preciso ganhar. E o time, sem o peso nas costas da dura série contra o Palmeiras, está focado nos jogos contra o Boca Juniors, nesta terça, e contra o combalido São José, na próxima quinta — ambos às 19h15.
A primeira partida será duríssima. O Boca tem camisa de peso, elenco qualificado e está nas cabeças da liga argentina — vice-líder da conferência sul, com cinco vitórias em oito jogos. Vem sem responsabilidade, mas tal relaxamento, se voltado contra eles, pode ser útil aos alvilaranjas, que esperam contar com apoio maciço da torcida (ingresso a somente R$ 10, galera!). Em quadra, terá a estreia do reforço Josimar Ayarza, ala panamenho que praticamente não treinou com a equipe, mas terá seus minutos para mostrar seu cartão de visitas.
Ciente da dificuldade, mas disposto a terminar a fase com duas vitórias, o pivô Murilo Becker falou com o Canhota 10. E comentou também como foi ficar de fora do jogo 4 contra o Palmeiras. Confira:
Descanso no último domingo
“Eu queria muito jogar, fui expulso sem ter feito nada — tenho vídeo, tenho prova… Fui o cara que fez a falta e saiu da confusão, mas por fazer a falta me tiraram. Por um lado foi bom, eles sentiram mais a perda dos dois jogadores deles, ficaram sem troca… Claro que queria jogar, não venho com uma sequência boa de jogos, venho com uma dor nas costas que está incomodando, uma semana treinando pouco… Mas nada melhor do que descansar um dia para encarar esses dois jogos que vêm pela frente.”
Dia de torcedor
“Lá fora eu esqueço que sou jogador! Xingo juiz (risos), fico gritando. O que a gente vê de fora, dá um toque no banco, principalmente para os jogadores da mesma posição. Fica aquela sensação de não poder fazer nada, muito ruim. Dentro da quadra não fico nervoso, mas fora…”
Boca Juniors
“Eu já joguei contra alguns jogadores: o armador Cequeira, o Battle e vi outros jogando. Assistimos vídeo, é um baita time, tem tradição, é um dos favoritos, um dos melhores da Argentina. Mas a gente joga em casa, vem de uma boa sequência de jogos e acho que temos condições de vencer. Temos que fazer prevalecer o mando de quadra, nossa prefeitura e a Paschoalotto trouxeram a sede pra cá e temos que dar conta do recado.”
Lembrete: o livro Paixões de Bauru, que conta a trajetória de Noroeste e Bauru Basket em 2012, estará à venda no quiosque da loja oficial do Bauru Basket, na Panela, pelo preço de R$ 15.