Como a comunidade basqueteira já sabe*, Bauru voltará a sediar um grupo da Liga Sul-Americana (nos dias 5, 6 e 7 de novembro próximos). Agora, é o grupo E, segunda fase que definirá dois semifinalistas — o grupo F será em Montevidéu. Jogar na Panela será um fator importante para o Dragão tentar esse feito de ir para as cabeças. Só por isso, pelo fator esportivo, já valeu assumir o desafio de novamente hospedar adversários. Mas há outros bons motivos.
É bom, pela maratona de jogos que vem por aí, não encarar viagem e dormir no conforto de casa. Isso já ajuda a minimizar o desgaste. Outra coisa: o calor da torcida pode aumentar ainda mais a confiança do time, que finalizou a primeira fase do Paulista num clima muito legal. Deve ser por isso que Bauru repete a dose, mudando de ideia.
Sim, mudando de ideia. Não estava nos planos bauruenses voltar a receber a Liga Sul-Americana, pelo menos não de cara, na segunda fase. É oneroso, mesmo com a ajuda da Prefeitura. É desgastante lidar com o lado político, sobretudo porque a Abasu é um órgão inexpressivo, porém sanguessuga — e escorado na Fiba Américas, que é quem, de fato, dá credibilidade ao torneio.
Apesar disso, ainda bem que mudaram de ideia! Os organizadores, com o relógio contra — São José, apesar das especulações, nem chegou a ser sondada oficialmente –, olharam para uma sede que funcionou bem, foi elogiada. E estão guardando cidades como Buenos Aires ou Brasília na manga caso Boca e os candangos avancem para a decisão, nos dias 27 e 29 de novembro — mas tomara que gostem mais ainda de Bauru e, se o Dragão avançar, repitam a dose mais uma vez…
Com o caixa estourado, a Semel deu uma última torcida no orçamento para pingar uma ajuda na hospedagem, enquanto a Paschoalotto, patrocinadora máster do Bauru Basket, assumiu os custos burocráticos — que não são poucos.
Concordo com o argumento dos envolvidos de que é um belo presente de fim de ano para a torcida, para a cidade. Porém, é principalmente um fator determinante para dar forças ao time, que terá um grupo duríssimo pela frente: o tradicional Boca Juniors, o carrasco São José e os venezuelanos do Caquetios, que deram um trabalho danado na primeira fase.
Como diz o poeta, parabéns aos envolvidos. E tomara que o público se empolgue, pois foi tímida a bilheteria na primeira fase. Vamos lotar, minha gente, porque só vai ter jogão.
*Em tempo: a informação foi dada em primeira mão pelo Rafael Antonio, na rádio Auri-Verde.