O mesmo sangue nos olhos que se viu em Uberlândia, na impecável vitória da última quinta-feira, repetiu-se neste sábado, lá em Franca. O Paschoalotto Bauru dominou amplamente o primeiro tempo, administrou o terceiro e tudo levava a crer que viria mais uma grande vitória. No período final, porém, os francanos se superaram e, no estouro do cronômetro, venceram por um pontinho (77 a 76), para reclamação geral dos bauruenses, acusando final da partida antes da bandeja decisiva.
A derrota estaciona o Dragão no oitavo lugar e torna muito difícil a briga pelo sexto posto. Com duas partidas para terminar a fase de classificação, a tendência é perseguir o sétimo, que não seria tão ruim. Explico: é provável que o temido Brasília fique em terceiro. Portanto, ficar em sexto significaria, passando pelas oitavas, pegar os candangos nas quartas. Ficar em sétimo, entretanto, sinaliza pegar o Paulistano nas quartas, que tem tudo para ser o segundo, posto que já ocupa e que pode ratificar batendo Minas e Espírito Santo em seus últimos compromissos. Antes, disso, porém, será preciso bater Franca ou Basquete Cearense nas oitavas. Ficando em oitavo, Bauru pegaria, chegando às quartas, o Flamengo.
O jogo
Foi um primeiro tempo avassalador do time bauruense. No quarto inicial, Ricardo Fischer anotou dez pontos, comandando as ações (parcial de 17 a 24). No segundo, o revezamento funcionou, a pontuação foi diluída e nova fração larga, 16 a 22, levando tranquilidade para o vestiário: 33 a 46. No segundo tempo, os francanos já voltaram mais ligados. Bauru conteve um pouco a reação no terceiro quarto (20 a 15), mas, no último, viu a diferença minar, principalmente sendo bastante inferior nos rebotes (apenas dois contra 12 dos donos da casa). Na última posse de bola, os guerreiros bobearam e Jefferson Soccas finalizou a vitória, para delírio da torcida local.
Números
Ricardo Fischer: 16 pontos, 10 assistências, 3 rebotes
Murilo Becker: 10 pontos, 7 rebotes
Gui Deodato: 10 pontos
Larry Taylor: 9 pontos, 6 rebotes
Abre Aspas
“Toda vez que a gente vem em Franca é assim com a arbitragem. Claro que não tira nossa responsabilidade, nosso vacilo no final, mas é uma vergonha…”, comentou o armador Ricardo Fischer, que perdeu a bola que rendeu o derradeiro contra-ataque, em entrevista a Arthur Sales (Auri-Verde/Jornada Esportiva).
“Fizemos um bom jogo e controlamos boa parte da partida, mas perdemos no detalhe. Erramos algumas coisas no fim e isso determinou a derrota”, avaliou o técnico Guerrinha, via assessoria.
Foto de Caio Casagrande/Bauru Basket