
Vale ressaltar que a Paschoalotto teve um papel fundamental no nível que a Associação alcançou no cenário mundial do basquete e que a decisão, seja qual for a motivação, deve ser acatada com sabedoria por todos os lados. Todos ganharam com esse período, inclusive a própria empresa, que teve uma exposição de marca dezenas de vezes maior, em cifras, do que gastou nesse período de patrocínio. Foi uma decisão corporativa, que envolve um grande acionista com outras prioridades, num cenário de crise. Ponto. Bola pra frente.
Nesta segunda, o diretor técnico Vitinho Jacob concedeu entrevista coletiva à imprensa para tirar dúvidas e expor o cenário a ser desenhado daqui pra frente. Não vou transcrever a conversa, mas resumir os principais pontos, seja pela fala do diretor, seja pelas informações de momento.
ELENCO
Como os principais jogadores eram de alguma forma burocrática ligados à Paschoalotto — não necessariamente na relação empregatícia, mas algum tipo de garantia financeira —, a empresa irá falar com os que têm contrato em vigor (Ricardo, Alex, Meindl, Jefferson e Hettsheimeir) para negociar rescisão para, num segundo momento, o Bauru Basket conversar as recontratações. Claro que dá medo de o mercado crescer os olhos para um Alex ou um Hett dando sopa… “Nossa meta principal é renovar o mais rápido possível com os principais jogadores”, garantiu Vitinho. Neste novo cenário, a possibilidade de permanência de Paulinho Boracini e Robert Day é quase nula. Jacob citou nominalmente o interesse continuar com Murilo, mas ele é o mais assediado no momento, bastante comentado nos bastidores do Vasco. Ah, Demétrius está garantido como treinador.
CLARO
A posição oficial é que a proposta de copatrocínio (o aporte máster a partir de agora será dividido em duas ou três cotas) está na mesa da direção nacional da empresa de telefonia móvel. O colega Luiz Lanzoni (Auri-Verde 760AM) crava o acerto há algumas semanas, que deve mesmo ocorrer. Resta saber o tamanho desse investimento. Hoje, há uma lacuna de 60% do orçamento a ser preenchida.

NOVO MOMENTO POLÍTICO
A gestão Sandro Fabiano (presidente)/Joaquim Figueiredo (vice) chega ao fim neste mês de junho e ascenderão novos dirigentes. O Comitê Gestor também será alterado, pois Rodrigo Paschoalotto e Eric Garmes (presidente e vice da Paschoalotto), por uma questão estatutária da empresa, não poderão mais compor esse colegiado da Associação. Como sempre foi hábito que forças políticas sejam ligadas direta ou indiretamente a patrocinadores, novos nomes podem significar novos apoiadores.
CONTINUIDADE
“Temos um produto bom, que está na mídia diariamente. Hoje as crianças jogam mais basquete. Então, temos uma responsabilidade muito grande. Nosso principal desafio é não deixar a equipe dar um passo pra trás e continuar essa paixão que Bauru tem pelo basquete. A profissionalização do time veio pra ficar e não tem volta. A situação estará um pouquinho nebulosa nos próximos quinze dias, mas estou animado, vamos nos esforçar ao máximo para continuar em alto nível”, avisou Vitinho, enfático.
Enfim, vêm aí novos ares. Com uma temporada desafiadora, com mais uma edição de Liga das Américas, além do Paulista (apostando forte na molecada na primeira fase) e do NBB, que deixa de ser obsessão, essa palavrinha que não ajudou em nada.
Foto topo: Caio Casagrande/Bauru Basket

NBA e Globo
Rodrigo Paschoalotto, presidente da Paschoalotto Serviços Financeiros, apareceu espontaneamente na caixa de comentários do Canhota 10 para revelar os novos co-patrocinadores do Bauru Basket, prospectados por ele – sinal da relevância do blog no cenário bauruense. Pois bem: aproveitei o contato para fazer breves perguntas ao empresário que está apostando nos guerreiros e ele reafirmou a intenção de fazer longa parceria com o basquete bauruense – além de explicar melhor como uma empresa pode apoiar o esporte com parte de seu Imposto Sobre Serviços (ISS). Confira.
O Bauru Basket anunciou na tarde desta segunda a renovação de contrato do pivô JEFF AGBA. Ambas as partes ficaram satisfeitas com o negócio. A diretoria cedeu e reajustou os vencimentos do norte-americano, que pedia uma valorização.