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Bauru tropeça em Mogi e amplia má campanha

“Tudo passa, tudo passará”. No embalo da canção de Nelson Ned, que partiu neste domingo, está a esperança da torcida bauruense, que foi a Mogi das Cruzes e viu o time da casa vencer, no finalzinho, por 75 a 74. Depois de dominar o placar por quase toda a partida, o Paschoalotto Bauru permitiu a reação dos anfitriões, que contaram com um fator determinante: a raça do pivô Jeff Agba contra seu ex-time. Agora, o Dragão soma seis derrotas em nove partidas e terá que pedalar muito para alcançar a melhor colocação possível para os playoffs — o G-4 já parece bem distante…

Na próxima terça (7/jan), às 21h, o Paschoalotto Bauru tentará iniciar a reação contra o Basquete Cearense. E não será moleza: neste domingo, eles bateram o líder Limeira por 73 a 64. Os guerreiros amargam a 14a posição. Claro que a reta final do Paulista atrapalhou, mas o título já é página na história e a reação não pode tardar.

O jogo
Liderando desde o início, Bauru foi bastante efetivo no jogo interno, sobretudo com Tischer. Barrios também trabalhou bem na zona pintada, além de fazer sua habitual bolinha de fora. Os guerreiros fecharam boa parcial em 26 a 17.

No segundo período, os mogianos reagiram, comandados por Toledo, que terminou como cestinha do jogo. Do lado alvilaranja, Larry e Tischer zeraram, apesar de bom tempo em quadra, e Andrezão pouco produziu; coube a Murilo, Ricardo e Gui não manterem o placar sob controle: 42 a 35 (parcial de 16 a 18).

Na volta dos vestiários, os donos da casa correram atrás da diferença, em boas jogadas do estreante Smith e novamente Toledo puxando a pontuação. Com Larry novamente apagado, assim como Tischer, que zerou no período, coube às três bolas de fora de Barrios minimizar o prejuízo: fração de 12 a 18 para Mogi e apenas um pontinho de frente para o quarto decisivo.

Na hora H, coube a Gui (seis pontos) e Ayarza (dez) tentar manter a vantagem bauruense, mas, a 6min do fim, pela primeira vez Mogi passou à frente. A partir dali, as equipes se alternaram na dianteira, até que surgiu a figura de Jeff Agba. O ex-pivô do Dragão, que já havia se estranhando com Murilo (com sua costumeira cotovelada…) e Tischer, chamou o jogo e fez os nove últimos pontos de seu time, incluindo uma bola de três seguida de falta, que rendeu um arremesso extra. O Gigante vibrou muito e, de uma forma inusitada, matou as saudades da torcida bauruense, que o tem como ídolo. Bauru ainda teve a chance da última bola, mas desperdiçou. Vitória de Mogi, 74 a 75, após parcial de 20 a 22.

Abre aspas*
“É uma derrota que dói bastante, mas vamos firmes para o Ceará para buscar uma vitória importante”, disse o pivô Mathias.

“Pena meu desempenho não ter sido suficiente para a vitória do time. Não soubemos fechar o jogo, perdemos rebotes de ataque cruciais. Vamos ter que recuperar esse jogo, porque nosso objetivo é muito maior”, lamentou o ala Gui Deodato.

“Nós também já ganhamos muitos jogos na última bola, mesmo não merecendo. Mas o que foi determinante foram os rebotes ofensivos deles. Temos que trabalhar muito isso, pois tira nosso contra-ataque”, avaliou o técnico Guerrinha.

* Declarações ao repórter Arthur Salles (Jornada Esportiva/Auri-Verde)

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No embalo do título paulista, Bauru perde para Limeira no NBB

Não tem outra palavra, é ressaca. Não necessariamente de farra, mas aquela queda de adrenalina depois de tanta luta pelo título paulista. Tudo o que se viu na Panela de Pressão, em todos os segmentos, foi um rascunho do que normalmente é. Pouca torcida, sem entusiamos. Nada de ações de marketing no intervalo. Camarotes vazios. Até mesmo a imprensa, nem todo mundo esteve presente. E um time apático em quadra, com o agravante que Murilo e Larry Taylor, com contusões leves, foram poupados. Fosse contra uma equipe mediana, a vitória viria até sem querer. Mas, contra o líder do NBB, invicto, não teve jeito. Bauru sucumbiu por inapeláveis 90 a 71. Agora, terá um tempinho para recolocar a cabeça na competição nacional para tentar fechar o ano com duas vitórias contra os cariocas Macaé e Flamengo, nas próximas quinta (19/dez) e sábado (21/dez), para dar início a uma retomada em busca do G-4, que hoje está longe (são duas vitórias em seis jogos).

O jogo
Limeira começou no ritmo de líder do campeonato, impondo-se sobretudo com Hélio, enquanto Tischer se desdobrava do lado baurense. Vantagem para os visitantes, 16 a 23. Mas foi no segundo quarto que a temperatura do jogo subiu, a arbitragem começou a aparecer negativamente e, pior, ser permissiva com a falação dos jogadores. Surgiram disputas ríspidas entre Wagner e Barrios — a ponto de eles se estranharam na entrada dos vestiários, no intervalo –, a torcida se inflamou, mas a pressão não impediu que David Jackson brilhasse, em nova parcial a favor de Limeira (15 a 27), que levou exagerados 19 pontos de vantagem para o intervalo: 31 a 50.

O terceiro quarto começou com os guerreiros ligados, diminuindo a diferença  para dez pontos. Fernando Fischer apareceu muito bem nas bolas de três, chamou a torcida, mas um elemento comprometeu a pontuação do Dragão: os lances livres. Foram sete erros no período, vencido por 26 a 20, mas ainda havia muito a remar para reverter o resultado: 57 a 70.

Os primeiros ataques do período decisivo mostraram um esboço de reação, quando Bauru ficou a oito pontos. Mas parou por aí. A bola dos limeirenses continuou caindo, eles souberam gastar a posse de bola. A 3min do fim, o ritmo já havia diminuído, a resignação pela derrota era nítida. Nem mesmo correr dobrado para diminuir a diferença, para uma possível necessidade de desempatar em confronto direto, nem isso. Final de jogo, 71 a 90 e Limeira com liderança impressionante, invicta, com oito vitórias.

Abre aspas
“Enquanto a gente não tirar o título da cabeça e voltar a jogar basquete… Ontem foi difícil dar treino, hoje foi difícil dirigir. A gente sabe que é normal e compreensível, mas temos que voltar o mais rápido possível para a competição. O Paulista já foi. Foi legal, será lembrado daqui muitos anos, só que esquecemos do NBB. Essa não é a equipe que terminou o Paulista”, comentou o técnico Guerrinha.

“Ainda temos muitos jogos, os da semana que vem serão muito importantes. Hoje, bobeamos em seis minutos de jogo e eles abriram, pois têm potencial. Depois, faltou perna. Vamos ver se, com esse tempo a mais, podemos trabalhar e deixar o Paulista só na recordação. Agora começamos a programar as coisas melhor. Academia, treino… Quero treinar, mas não conseguia, com tanta viagem. Agora, sabendo que é quinta e sábado,  dá tempo de concentrar e recuperar fisicamente. Virá um momento melhor para nossa equipe, tenho certeza”, disse o capitão Fernando Fischer.

Números
Lucas Tischer: 26 pontos, 6 rebotes
Fernando Fischer: 19 pontos, 6 rebotes
Andrezão: 10 pontos

Pipoca
A única ação do jogo foi uma bela sacada, diga-se. A Paschoalotto, patrocinadora máster do Bauru Basket, bancou pipoca na faixa pra todo mundo, ironizando o fato de o time, até outro dia, ser chamado de pipoqueiro. Bola dentro, uma reposta com bom humor.