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Bauru Basket: balanço do primeiro turno do NBB4

Números mostram que Itabom melhorou na defesa

É o que Guerrinha sempre diz: seus comandados se superam a cada jogo, com disciplina tática e garra na defesa, para manter o Bauru Basket, de modesto orçamento, entre os melhores do Novo Basquete Brasil. O time está mais entrosado e Larry Taylor já não brilha sozinho: a terceira colocação ao final do primeiro turno tem muito, muito mesmo, da fase fantástica de Jeff Agba, do chute calibrado de Fischer, de noites inspiradas de Douglas e da entrega de Pilar. Sem contar a força de Gui e dos importantes minutos em quadra dos demais jogadores para o revezamento, sobretudo Aleo, Gaúcho e Andrezão. Luquinha perdeu espaço, mas mostrou seu valor na LDO. Já Mosso e Alex Passilongo, hoje, são mais úteis em treinamentos do que nas partidas, o que também tem seu mérito. E Nathan foi só um sonho.

A seguir, números do Itabom/Bauru (com os destaques individuais) na primeira metade do campeonato nacional, confrontados com os de toda a fase de classificação do NBB3. Perceba que o time evoluiu na defesa, mas caiu no aproveitamento de arremessos e pontua menos – melhorou um pouquinhos nos lances livres, mas continua mal.

PONTOS
6º melhor ataque: 85,6 pontos marcados por jogo (Flamengo lidera: 91,5)
no NBB3: 4º (86,4)

2ª melhor defesa: 75,9 pontos sofridos em média (Flamengo lidera: 71,9)
no NBB3: 3º (77,8)

CHUTES DE 3
9º aproveitamento: 36% de chutes certos (Flamengo lidera: 44,1)
no NBB3: 1º (39,7%)

CHUTES DE 2
6º aproveitamento: 54,5% de acerto (Flamengo lidera: 61,6)
no NBB3: 6º (55,2%)

LANCES LIVRES
9º aproveitamento: 78,3% convertidos (São José lidera: 86,6)
no NBB3: 13º (72,1%)

ASSISTÊNCIAS
4º em passes decisivos: 14,8 por jogo (São José lidera: 19,5)
no NBB3: 5º (14,9)

REBOTES
1º no quesito! 34,5 por partida (São José em 2º: 33,5)
no NBB3: 2º (32,9)

BOLAS RECUPERADAS
3º em roubadas: 8,2 por jogo (Pinheiros lidera: 9,2)
no NBB3: 10º (6,8)

ERROS
4º que menos erra: 9,6 violações em média (Uberlândia erra menos: 8,9)
no NBB3: 1º (8)

FALTAS COMETIDAS
3º que menos para o jogo: 18,7 faltas por partida (Flamengo bate menos: 17,3; Paulistano bate mais: 23,8)
no NBB3: 3º (18,6)

FALTAS RECEBIDAS
12º que mais recebe infrações: 18,1 por jogo (Liga Sorocabana apanha menos: 21,9)
no NBB3: 10º (18,6)

Destaques individuais

LARRY TAYLOR
3º mais eficiente: 14,6 (Murilo, de São José, lidera: 18,1)
2º em assistências: 7,5 passes decisivos por jogo (Fúlvio, de São José, lidera)
1º em roubadas de bola: 2,3 por partida
3º em minutos em quadra: 34,9 por jogo (Robby Collum, de Uberlândia, joga mais: 35,9)

JEFF AGBA
4º mais eficiente: 14,6
11º cestinha: 16,4 pontos de média (Sowell, de Franca, lidera: 21)
2º reboteiro: 9,4 por partida (Murilo, de São José, lidera: 9,7)
7º em enterradas: 10 no total (Cipolini, de Uberlândia, lidera: 28)
1º em chutes de 2 pontos! 89 bolas convertidas no acumulado

FISCHER
5º cestinha: 18,6 pontos por jogo
1º em chutes de 3! 43 bolas convertidas no total

DOUGLAS NUNES
2º em tocos: 16 no total (Murilo, de São José, lidera: 21)
8º em minutos em quadra: 33,1

PILAR
8º reboteiro: 6,6 por jogo

Para finalizar, vale a pena ler o texto de Guilherme Tadeu, do Basketeria, questionando-se porque não conseguer ver Bauru como um dos favoritos ao título do NBB4. Com bons argumentos, ele acaba por reforçar o que Guerrinha fala há anos: falta personalidade na reta final, nos momentos decisivos.

 

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Bauru Basket se despede do ginásio da Luso com vitória tranquila

Foi um jogo bem esquisito, é verdade. Apagão no início do primeiro quarto, cesta contra – isso mesmo, Pilar se confundiu com um lado e anotou dois pontos para a Liga Sorocabana! -, e, como de costume quando os guerreiros enfrentam um time fraco, a partida vira pelada em alguns momentos. Foi um tal de bola pipocando na mão dos jogadores, erros bisonhos de passes, faltas um pouco mais imprudentes – pode, Arnaldo? – do que o habitual. De qualquer forma, ficou marcada como a última partida do Bauru Basket no ginásio da Associação Luso Brasileira, com direito a discurso emocionado do presidente Joaquim Figueiredo, em agradecimento – seguido da simpatia do Seo Zé, convocando a torcida a migrar para a Panela de Pressão.

Bauru venceu por 104 a 59 e fechou o primeiro turno em terceiro, com 11 vitórias e três derrotas. Classificado para o Interligas pela primeira vez.

Durante a transmissão da partida, o Jornada Esportiva ouviu profissionais da Recoma (empresa responsável pelas reformas de teto e piso), que garantiram a quadra da Panela entregue antes do dia 9 de fevereiro – data do jogo contra o Flamengo. Está nas mãos da Semel, então, a responsabilidade de deixar o palco apto para essa grande festa. Questionado pelo repórter João Paulo Benini sobre o prejuízo técnico de enfrentar o Rubro-Negro em um piso desconhecido, após pouco tempo de treinamento na nova arena, Guerrinha viu coerência na preocupação de JP, mas disse que é preciso pensar no projeto neste momento, pois considera ser importante dar esse passo adiante, ainda mais com a grandeza do adversário.

Fischer foi o cestinha do jogo com 29 pontos (e 9 rebotes, quase um inédito duplo-duplo!). “Acho que ele nunca fez isso na vida. Nem com a mãe dele fazendo o scout!”, brincou Guerrinha.

O Gatilho de Ouro ainda teve a honra de fazer a última cesta do ginásio, que em breve deverá ir ao chão. “Foi emocionante. Minhas melhores lembranças do basquete estão aqui dentro desse ginásio. É uma pena. A torcida fica muito próxima, conheço muitos torcedores por nome, somos convidados para os aniversários dos filhos. Mas, pelo menos a última bola foi de três, tinha que ser, vai ficar pra sempre…”, disse o camisa 14.

Sobre a Panela, ele espera contar com mais gente apoiando o time – e conhece a pressão de lá. “Já joguei muitas vezes lá, na época da Hebraica. Contra o Tilibra era dureza, a gente jogava, jogava e olhava para o placar… 20 pontos atrás. É um ginásio intimidador, a torcida de Bauru sempre acompanha. Vai ser um grande momento do basquete da cidade, espero que seja mais um degrau que possamos subir, com mais torcida, mais bilheteria. Muita coisa vai acrescentar”, comentou.

Perguntei ainda a Fischer sobre o nível da partida, do adversário, sobre como o time conduziu a vitória tranquila. “Por ser estreante no NBB, Sorocaba está fazendo uma ótima campanha, já venceram equipes grandes. Mas não deixamos eles jogarem, não permitimos que desenvolvessem tudo o que podem. Mas é claro que, com a folga no placar, tentamos alguma jogada diferente, que numa situação normal não tentaríamos”, concluiu.

Outros destaques no scout de Bauru: Larry “discreto” (7 pontos, 9 assistências e 4 roubadas), Thyago Aleo (11 pontos e 6 assistências) e mais um duplo-duplo de Jeff Agba (16 pontos e 10 rebotes). A seguir, algumas fotos do confronto e, mais abaixo, a habitual entrevista com o técnico Guerrinha.

Douglas Nunes em lance livre: 14 pontos no jogo (3/4 em chutes de três)
Aleo marca o arisco norte-americano Dawkins, que se desdobrou em quadra (18 pontos em 41 tentados)
Jeff Agba no rebote: ele está numa temporada inspiradíssima e já caiu as graças da imprensa especializada Brasil afora
Já o Jeff deles, Trepagnier (que já jogou no Denver Nuggets, na NBA), anotou 18 pontos (metade em chutes de três) e tomou um toco fantástico de Andrezão
Casa cheia: torcida lota uma partida que, normalmente, seria de menor interesse, para se despedir da Luso

ENTREVISTA COM GUERRINHA

A cesta contra de Pilar (pergunta de um colega do Jornal da Cidade)
“Do Pilar você pode esperar tudo! Já entramos num jogo, uma vez, com quatro em quadra e o Pilar no banco… Ele é desligado, mas a intensidade e a vibração dele na quadra contagia.”

Bauru teve duas derrotas lamentadas, daquelas que poderia ter ganho (Uberlândia e Brasília). Se vencesse, seria o líder com folga. Isto é: Bauru é um time forte que pode sonhar com o título do NBB?
“Existe temporada regular e playoff. Temos uma equipe muito coesa, que trabalha passo a passo, com foco, que mantém a concentração. Algumas equipes não têm esse trabalho, apesar do potencial. Quando chega o playoff, as equipes com jogadores de categoria, vêm com a mesma concentração que a nossa e têm mais experiência. Não vou ficar aqui rezando a cartilha, mas isso faz a diferença. A gente espera que a cada campeonato possamos dar um passo à frente, melhorar. Fico muito feliz de ver que o Fischer, que quando chegou aqui só tinha arremesso, hoje marca, dribla, dá assistência. Dá alegria ver o Gui, que foi dispensado de Garça porque errou uma bandeja, hoje é uma realidade, que com certeza, se continuar com a mesma humildade e trabalho, pode ser convocado para a Seleção Brasileira no futuro. O Jeff é um bom jogador, mas demos uma ‘repaginada’ nele para jogar no basquete brasileiro. Todos que vêm pra cá crescem. Quem não cresce, a gente libera e traz outro.”

Quimsa, da Argentina, Leones, do Chile, e Brasília. Que análise faz do grupo bauruense na Liga das Américas?
“Nesse nível, não tem muita escolha. Nossa vantagem é jogar em casa. Temos condições de classificar para a segunda fase e ficar entre as oito melhores equipes da América, mesmo com uma equipe que nunca disputou um campeonato desses. Mas estaremos com casa lotada, com vibração. E o time está bem treinado, você sente que está sobrando fisicamente, tecnicamente, taticamente. Dá gosto de ver. Parece o meu Santos jogando!” 

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Bauru Basket vence Minas e se aproxima do Interligas

Os guerreiros controlaram o placar, mas não foi uma vitória fácil. E na casa do Minas, apesar de mal na tabela, não seria mesmo.

Pronto. A vitória que o Itabom/Bauru precisava nos dois confrontos fora de casa foi conquistada. Contra Brasília, será lucro. Para confirmar a vaga no Interligas, uma vitória sobre a Liga Sorocabana, em casa. “Não é um jogo que precisamos vencer, e sim um que não podemos perrder!”, decretou Guerrinha ao microfone de Rafael Antônio, do Jornada Esportiva, logo após a partida. Sobre o triunfo em Belo Horizonte, Guerrinha comemorou o resultado, mas achou que o time não jogou bem. “Cometemos muitas violações, sem contar que chegamos com muita confiança depois de dois grandes jogos em casa”.

Destaques bauruenses: Jeff Agba cestinha do jogo (17 pontos) e oito rebotes; Larry com 13 pontos, sete assistências e quatro roubadas de bola. Douglas Nunes, com 12 pontos e nove rebotes, foi quem mais se aproximou do duplo-duplo.

O maior destaque da noite, entretanto, foi o ala Gui, por atuar cada vez mais solto. O jovem guerreiro  fez 12 pontos, entre eles acertando os dois chutes de três que tentou. Ainda roubou duas bolas e sofreu três faltas. Ficou um bom tempo em quadra: 24min02s.

No sábado, não marque compromisso para 17h. Tem confronto contra Brasília, no Sportv – e no Jornada também, claro (com o esporte bauruense onde ele estiver, né, Rafa?).

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Novo Basquete Brasil: segunda edição da LDO será sub-22

“O conselho técnico avaliou que seria interessante permitir mais uma idade na competição, principalmente nessa fase de transição dos atletas, entre o juvenil e o adulto. Somente por isso. Se for constatado que o sub-22 é a idade perfeita para a competição, ela permanecerá assim.”

Essa foi a resposta da assessoria da Liga Nacional de Basquete para o Canhota 10, confirmando que a segunda edição da Liga de Desenvolvimento Olímpico será com atletas até 22 anos.

Se por um lado dá mais uma chance para uma geração que está tentando se firmar em seus clubes, por outro revela o abismo de qualidade e a escassez de trabalho de base no basquete brasileiro.

Particularmente para o Itabom/Bauru, significa mais um ano com Luquinha, Andrezão e Weliton, que completam 22 este ano – Gui e Ferrugem farão 21.

Com o vice-campeoanto brasileiro, a diretoria bauruense se empolgou. Pretende chegar na próxima LDO ainda mais fortes, pois os jogadores estão no time principal, terão mais experiência. Sem contar que chegará mais um atleta dessa faixa etária para compor o grupo no Campeonato Paulista.

Guerrinha conta que será montada uma equipe de base do Itabom/Bauru. “Já está sendo feito. O Cássio, nosso diretor de categorias de base, junto com o Julinho Horta e o Bráulio, estão fazendo um trabalho de levar a categoria cadete a ser federada. Neste ano, vamos manter o esquema de parceria. Que pode ser com o Regatas ou com outra equipe. Vamos trazer mais um jogador para o Paulista. Já serão seis jogadores da nossa equipe. Os outros seis da parceria, desde que seja no mesmo formato, vindo treinar com a gente. A partir de 2013, o cadete já estará no primeiro ano de juvenil, aí poderemos levar uma equipe só nossa para disputar a Liga sub-22”, conta Jorge Guerra.

BALANÇO DO VICE
Hudson Previdello, treinador do Bauru Basket na LDO, fez um balanço da participação dos jovens guerreiros. “Apesar do pouco tempo e de não ser um time que treina todos os dias, formos crescendo durante a competição e ganhando confiança. Vimos que tínhamos condição de ganhar. Independentemente do resultado, o objetivo maior era formar jogadores, dar rodagem para o Gui, o Lucas, o André… Conseguimos dar mais minutos de quadra e experiência a eles, que no adulto nem sempre entram em momentos decisivos. No sub-21, eles foram protagonistas e isso acrescenta muito”, comenta.

O ala Weliton (foto), prova concreta do sucesso da parceria (atleta do Regatas absorvido pelo elenco principal do Itabom/Bauru), avaliou a oportunidade. “Estávamos meio escondidos lá em Campinas, disputando a A-2, que não é tão visada. Foi bom, todo mundo pôde aparecer. Durante a competição, pessas vinham perguntar de onde éramos, onde jogávamos. Ninguém conhecia a gente. Foi uma parceria ótima para todo mundo, para Bauru e para nós. Pôde apresentar a capacidade da galera de Campinas”, comemorou.

O ala está ansioso por sua estreia: “É a primeira equipe grande em que estou participando, espero aprender muito com o Guerrinha, que é experiente, e dar o meu máximo quando ganhar uma oportunidade. Espero evoluir muito aqui”.

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Bauru Basket: notas

Durante o evento do Sesc, papos informais aqui e ali renderam algumas notas para os torcedores:

– Ao contrário do que aconteceu na partida contra o Paulistano, quando sentiu muitas dores, Fischer não sentiu incômodo no tornozelo nem durante nem no dia seguinte da vitória sobre Pinheiros, quando anotou 25 pontos. Segundo o ala, o ideal é que ficasse mais tempo parado, mas terá mesmo que continuar o tratamento com a temporada em andamento – ainda mais nesse momento crucial do NBB, valendo vaga para o Interligas.

– O pivô Andrezão não tem preferência sobre como prefere ser chamado. Em sua camisa de jogo está Andrezão mesmo. Em Assis – e por muita gente imprensa afora – era chamado de André Silva. Em Franca, seu apelido era Mamute.

– Guerrinha projeta duas vitórias nas três últimas partidas do primeiro turno. “Contra Sorocaba, que está evoluindo, temos que ganhar em casa. Em casa, nesta temporada, só perdemos dois jogos, e na última bola! Fora de casa, a equipe já vem desenvolvendo bons jogos. Contra o Minas, quinta, é um jogo decisivo. Brasília é mais complicado, mas temos condições de vencer. Se vencermos dois de três, estamos no Interligas!”, crava o treinador.

– O ala Weliton poderá ter condições de jogo já contra o Minas. A papelada está pronta. Há relatos de que tem personalidade e vem treinando bem.

– Como sempre, o jogador mais assediado para fotos foi Larry Taylor. Seu compatriota Jeff Agba não ficou atrás, o pivozão também esbanja carisma.

Durante a semana, postarei entrevista com o ala Weliton, mais recente reforço do Bauru Basket, e também Hudson Previdello e Guerrinha falando dos planos para o time sub-21.