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Bauru Basket

NBB: Bauru Basket em números

Guerrinha analisa scout no intervalo do duelo com Brasília: números são fundamentais (foto minha)

Um passeio pelas estatísticas, que explicam a campanha dos guerreiros no Novo Basquete Brasil 3

(números não incluem a excelente vitória sobre São José)

Fazendo projeções, mais especulativas e adivinhatórias, diga-se, devido ao equilíbrio do NBB, o Itabom Bauru deverá terminar a fase de classificação em sexto ou sétimo. Dificilmente abaixo disso, mas – por que não? – com chances de chegar mais alto. Enfim, deixemos a subjetividade e olhemos para números concretizados, atualizados até 1º de março, com 21 jogos realizados pelo time bauruense (olhando também o desempenho em casa).

O maior destaque: Bauru tem o melhor aproveitamento em arremessos de 3 pontos!
41% dos chutes de longe vão parar na redinha
na Luso: 44,7% (1º)

Média de pontos por partida: 87,2 (4º)
51% desses pontos em bolas de 2
34% em chutes de 3
15% em lances livres
(Flamengo é o primeiro com 88,8)
na Luso: 92,1% (3º melhor pontuador como mandante)

Rebotes por jogo: 33,2 (2º)
69% defensivos
31% deles ofensivos
(Brasília lidera quesito, com 34,6)
na Luso: 31 (8º entre os mandantes)

Assistências: 15,2 a cada partida (4º)
(São José é melhor em passes decisivos, 19)
na Luso: 18 (4º)

É o time que erra menos! 8,3 violações por jogo
(Vitória erra mais, 13)
na Luso: 7,8 (1º)

Penúltimo time em roubadas de bola… somente 6,1
(Brasília rouba 9 por jogo)
na Luso: 7,3 (11º)

4º time menos faltoso: 18,5 infrações por partida
(São José bate mais: 21,8)
na Luso: 19,1 (5º mandante menos faltoso)

DESTAQUE INDIVIDUAIS

Fischer
3º mais eficiente em bolas de 3 pontos: aproveitamento de 54,9%
Entretanto, quem está a sua frente chutou muito pouco. Paulão, de Assis, tem 83,3%, mas chutou apenas 6 vezes em 20 jogos (acertou 5); Lucas (Bauru) acertou 3 de 4 (75%) em 5 jogos

Jeff Agba
5º reboteiro do campeonato (7,5 por jogo)
4 duplos-duplos

Larry Taylor
jogador mais eficiente de Bauru (e o 7º do NBB)
9º ladrão de bolas (1,9 por jogo)
único TRIPLO-DUPLO até agora no NBB3
2 duplos-duplos

Pilar
3 duplos-duplos

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Esporte de Bauru

Entrevista de Batata ao Jornada

Nessa terça-feira (1/3), o secretário de esportes e lazer de Bauru, Batata, esteve no programa Por Dentro do Esporte (diariamente, a partir das 20h30, aqui), da web rádio Jornada Esportiva, respondendo aos questionamentos dos colegas Rafael Antonio e Thiago Navarro e de seus internautas – sempre muito participativos.

Peguei o bonde andando e as perguntas que queria fazer já haviam sido respondidas. Solícito, o Rafa me contou detalhes do papo, que rendeu bastante. Resta-me abrir aspas e reproduzir as impressões do colega, repercutindo a entrevista do secretário.

CEDESP (complexo esportivo para abrigar os Jogos Abertos 2012)
“Existe o projeto da pista de atletismo no Edmundo Coube e das piscinas na região do Jardim Europa, onde o Baroninho chegou a construir alguns campos de futebol. Quanto ao ginásio, senti do secretário e do diretor de esportes [Roger Barude] que a Panela de Pressão será mesmo o grande palco de eventos nos Jogos Abertos.”

SUB-SEDE DA COPA 2014
“Questionei sobre o otimismo que ele demonstrou dia desses entrevistado na TV Tem. Apesar de eu não partilhar este otimismo dele, o Batata quis me convencer que o fato de Bauru possuir um aeroporto coloca a cidade como uma das favoritas. Aí, o questionei: ‘Mas precisamos terminar de verdade o nosso aeroporto’. Ele me respondeu que isso será feito. Não me convenceu muito, mas ele está na dele. Aí já é um ponto de vista meu: estamos muito atrás de outros candidatos.
Sobre os próximos passos, ele explicou que na verdade, o que tem que se fazer é atender os pré-requisitos do caderno de encargos da FIFA, que exige uma boa rede hoteleira e um estádio que atenda algumas exigências, como banheiras nos vestiários e melhores acomodações para a imprensa.”
• A exemplo do Rafa, também não compartilho desse otimismo todo…

BOAS PERSPECTIVAS
“Dois assuntos discutidos na entrevista me chamaram a atenção especialmente. O primeiro deles é que a possibilidade do Max implantar o vôlei masculino de alto rendimento em Bauru está muito próxima, principalmente depois da parceria com a Panela. Outro tema relevante é de que Bauru pode se tornar polo de desenvolvimento do basquete feminino, numa parceria entre a SEMEL e a Confederação Brasileira de Basquete. A princípio a parceria seria efetuada apenas nas categorias de base.”

Da parte que ouvi, achei engraçado Batata falar em ‘soltar foguete’ no dia da assinatura do contrato de locação. Realmente, será um alívio. Agradeço ao Rafa pelo e-mail e parabenizo pela iniciativa. Aliás, não me canso de repetir: ele sempre leva a bandeira de Bauru onde o esporte da cidade estiver.

Foto na homepage: Arquivo/Agência Bom Dia

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Bauru Basket

“Aqui ninguém ganha no grito”

Larry supera Alex: foi mais um show do Alienígena (foto de Sérgio Domingues/HDR Photo/NBB)

Guerrinha dá o recado. Visitantes vieram com marra, mas os guerreiros levaram a melhor

Direto da Luso

“Aqui ninguém ganha no grito”. Dessa forma, Guerrinha resumiu a épica vitória do Itabom/Bauru, na manhã desse domingo (27/2), sobre Brasília, por 92 a 85.

A exemplo do que o Flamengo havia feito aqui no primeiro turno, o time de Brasília veio cheio de marra, pressionando arbitragem e exagerando nas provocações e sopapos dentro do garrafão. Mas Bauru respondeu à altura – até demais, diga-se: Pilar “deu no meio” de Nezinho, a certa altura do jogo, e Jeff deixou o cotovelo algumas vezes carimbado nos candangos. A seguir, a descrição deste jogaço.

Primeiro quarto
O começo não é nada fácil, com um sequência de três faltas técnicas a favor de Brasília – reclamações de Douglas Nunes, Guerrinha e Fischer. Passada a confusão – que vai parar na mesa, com torcedores e diretores enfurecidos -, Larry chama o jogo para si e não deixa Brasília disparar. Bauru fecha o quarto em 28 a 26.

Segundo quarto
O que parecia descontrole, era tática do time de deixar claro para a arbitragem que não engoliria marcações equivocadas passivamente. Explico: antes do início do quarto, o treinador diz aos jogadores para não reclamarem mais dos juízes, que já haviam passado o recado.

Mas os guerreiros recomeçam mal e Brasília faz dez pontos seguidos. A arbitragem segue polêmica, a ponto de a torcida esquecer o jogo e focar seus palavrões aos homens de preto. Larry descansa um pouco e Lucas entra ligado. O moleque ganha espaço a cada dia. É um carrapato na marcação. Apesar dele, o primeiro tempo termina com dez pontos de vantagem para Brasília (50 a 40).

Terceiro quarto
Brasília começa administrando sua vantagem. Bauru segue reclamando, Guerrinha chama a atenção de Douglas e o marrento pivô se irrita no banco, a ponto de não prestar atenção nas orientações do treinador. Enquanto Guerra fala, ele cospe tomate cru. Toda essa pilha tem efeito: na primeira bola, o camisa 13 mete de três. A partir daí, o time inicia uma sequência de contra-ataques e liquida a diferença do adversário.

O lance capital é de Lucas, que recebe de Fishcer após roubada de bola, infiltra, sofre a falta e converte dois pontos em bola chorada. O camisa 19 vibra muito (imagem na homepage – foto de Juliana Lobato/Agência Bom Dia). A síndrome do terceiro quarto vai para o espaço. Atuação impecável dos guerreiros e um ponto na frente (68 a 67).

Último quarto
Com muito calor, começa o período decisivo. E tenso: Larry é agredido no garrafão e logo Pilar dá resposta, mandando Nezinho nas placas de publicidade ao interceptar bandeja. Se a torcida já adora ver o camisa 23 se dar mal, imagine poder zoar a espirrada de Alex ao tentar enterrada: o ginásio vem abaixo! No contra-ataque, Jeff, na humildade, prefere não enterrar.

Em outra jogada empolgante, Larry se joga no chão para recuperar bola. É o sinal de que esse jogo é de Bauru, que gasta o tempo de bola no ataque até o cronômetro zerar. Que vitória!

“Prefiro jogar na Luso”
É o que Guerrinha me responde após eu perguntar sobre a Panela, uma realidade próxima de voltar. “Lá é Panela, aqui é caldeirão. Não podemos abrir mão disso, dessa pressão da torcida. Podemos jogar lá em partidas para maior público ou quando aqui não couber mais”, avisou. Guerrinha ainda disse ser impossível fazer qualquer prognóstico sobre as chances de Bauru no NBB, tamanho o equilíbrio do campeonato.

E quando perguntei sobre a marra de Brasília, ele cravou: “Aqui ninguém ganha no grito. A gente não deixa, a torcida não deixa. Ganha quem jogar o melhor basquete e foi o que a gente fez”. E bem feito.

Ah! Obviamente não tenho ouvido de X-Men. Os tempos de Guerrinha foram ouvidos acompanhando a frequência de retorno da transmissão do Jornada Esportiva.

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Bauru atropela o Minas no NBB

Alex passeou no garrafão mineiro. Foto de Hugo Resende/NBB (inclusive home)

Time bauruense vinga-se da derrota em casa em passeio televisionado

No primeiro turno do Novo Basquete Brasil, depois de três jogos fora (duas vitórias), o Itabom/Bauru Basket finalmente estreava para sua torcida – e com transmissão do Sportv. Mas o adversário, Minas, estragou a festa. Venceu por 82 a 78 um jogo equilibrado e manteve o tabu de nunca ter perdido para o time de Guerrinha no NBB.

Pois o tal tabu se foi. O Bauru Basket passeou em Belo Horizonte (86 a 65) nessa sexta (18/2) e, de quebra, tomou a posição do adversário na classificação. Agora, é o sétimo, com 11 vitórias em 18 jogos, e lança boa expectativa para o confronto com o Flamengo, no Rio, no próximo domingo – às 12h, também com Sportv.

Aliás, boa série de visibilidade para Itabom e cia. Será o quarto jogo seguido do time bauruense na telinha.

Desta vez, a tal ‘síndrome do terceiro quarto’ manifestou-se de forma mais amena. Era natural que o Minas viesse mordido do intervalo após o elástico 55 a 30 construído pelos guerreiros. A verdade é que o time conseguiu manter segura a vantagem, pois Guerrinha pedia tempo sempre que os mineiros ameaçavam uma sequência de pontos.

Olhando para a classificação, é fácil perceber o nivelamento do campeonato e como derrotas bobas fazem diferença. Falar em quarto lugar não é nenhuma loucura. Se o Bauru Basket tivesse vencido pelo menos dois daqueles quatro ‘jogos-cochilo’ (Paulistano, Limeira e Araraquara, no primeiro turno; Pinheiros, no segundo), o time estaria exatamente em quarto, com 72,2% de aproveitamento. Mas, o SE é o monossílabo da inutilidade, é leite derramado. Mas, que o time tem condições de estar nas cabeças, tem.

Com isso, vencer o Flamengo no Rio não deixa de ser surpresa, uma pequena zebra, até. Entretanto, não causará espanto. É possível. Basta os guerreiros deixarem o cochilo para a viagem de volta a Bauru.

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Enfim, Panela de Pressão é nossa!

Rodrigo e Batata recebem chave do Evaldo Armani, do Noroeste: cena do passado que virou mico irá, enfim, se concretizar. Foto de Cristiano Zanardi/Agência Bom Dia

Prefeitura deverá assinar contrato de aluguel do ginásio semana que vem, segundo matéria do BOM DIA

Sim, nossa. Minha, sua, de todos os bauruenses em dia com seus impostos. Segundo reportagem de Gustavo Longo, do Bom Dia Bauru, o departamento jurídico da prefeitura de Bauru finalmente deu parecer favorável para o governo municipal alugar o ginásio Panela de Pressão, do Noroeste. “Até semana que vem acredito que possamos concretizar o negócio”, disse o secretário de esportes e lazer, Batata, ao BD.

A notícia, tão esperada, traz desdobramentos imediatos. Correr contra o tempo (digo, a burocracia). Abrir logo a licitação para a reforma do ginásio. Apesar de a venda da sede social da Luso ter melado, não dá para contar com isso. A qualquer momento, o nobre lote poderá encontrar um novo comprador e o Bauru Basket ficar sem teto de novo.

Espera-se agora que todas as promessas de utilização do espaço vinguem, principalmente as de que a população poderá usufruir. De que forma? Sobretudo com a instalação de escolhinhas de várias modalidades. Além disso, abrigando jogos de futsal (FIB)***, vôlei (será que o projeto do Max ainda está de pé) e basquete (Itabom/Bauru), a Panela se torna uma excelente opção de lazer e uma grande vitrine para a cidade.

*** Atualizado: reproduzo trecho do comentário abaixo do colega Thiago Navarro, do Jornada Esportiva, sobre a impossibilidade de abrigar o futsal da FIB: “Sobre o futsal, a Panela de Pressão não possui as dimensões oficiais exigidas pela Federação Paulista de Futsal (FPFS), que se adequou às novas regras internacionais recentemente, exigindo aumento do tamanho da quadra. Na Panela de Pressão, a quadra não é longe da arquibancada, o que inviabliza o aumento do tamanho da quadra de jogo. A Panela de Pressão só poderá ser usada para basquete e vôlei, o futsal terá que jogar na FIB, o único ginásio de Bauru adequado às novas regras do futsal.”

Que este passo adiante seja firme, não haja reviravolta negativa – o contrato de aluguel está sendo redigido, caprichem! Chega dessa novela.

Foto na home: Reprodução/Wilson Alcaras