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Coluna da semana: Noroeste ameaçado e a reinvenção de Mosso

O Norusca precisa vencer para seguir no G-4; o Bauru Basket começou bem, em grande atuação do pivô Mosso – o que pode ter surpreendido quem não sabia da determinação do jogador. Confira o texto publicado na edição de 20 de agosto de 2012 no jornal BOM DIA Bauru.

 

G-4 AMEAÇADO

Esta coluna alertou na última semana: o Noroeste tem duas tarefas para se manter vivo na Copa Paulista. A primeira delas (vencer um adversário qualificado) não foi concluída no último sábado: derrota para a líder Ferroviária, em Araraquara. Nada anormal, mas sinônimo que o time ainda não deu um salto de qualidade após dois meses de treinamento, sete jogos oficiais e outros tantos jogos-treinos. Agora, vem aí a segunda tarefa: vencer no Alfredão. Uma obrigação. Nem digo jogar bem, nesse momento da Copinha o que vale é anotar três pontos, seja como for. É que a posição no G-4 está ameaçada. E os dois próximos adversários são justamente os clubes que estão no encalço do Norusca (dez pontos) na classificação: Barretos e Marília (ambos com oito).

O momento nem é o de pensar em título. Sobreviver na competição significa mais tempo em atividade e consequentemente oportunidade maior para avaliar os atletas – e entrosá-los para o ano que vem, caso seja mesmo esse o time que brigará pelo acesso.

Serão dois confrontos cascudos, pois o Barretos virá sem responsabilidade, sem pressão. Já o Marília, além de se tratar de um clássico, está desclassificado da Série D e o término precoce da temporada está em jogo – para os dois lados.

Papo de basquete
Grande início de temporada do Paschoalotto/Bauru! Deu gosto de ver a vitória sobre a Liga Sorocabana, sábado. Se esse time vai ser campeão, não sei, mas vai orgulhar o torcedor, pelo empenho, pelo volume de jogo, pelo entrosamento. Guerrinha, permita-me o clichê, tem o grupo na mão. E nela se encaixaram luvas chamadas Ricardo Fischer e John Thomas. O irmão mais novo é craque, vai longe na seleção, pode anotar. O gringo é definidor, aumentou bastante o poder de fogo do Dragão. Essa fumaça cheira a título, mas é bom conter a euforia.

Mosso
Aí está um cara que se reinventou. No dia 4 de março, quando Bauru venceu Araraquara em jogo do NBB (na despedida da Luso), Mosso nem entrou em quadra, apesar de ser um duelo fácil. Na ocasião, Guerrinha disse que não fazia caridade, que só entrava em quadra quem estivesse bem. Tudo caminhava para uma despedida do camisa 25, mas ele correu atrás. Fez bom proveito dos poucos minutos que teve no fim da temporada, treinou sozinho nas férias para chegar forte e conseguiu renovar contrato. Um dia, ainda na incerteza da renovação, disse a mim: “Se eu ficar, eu vou jogar. Você vai ver!”. Dito e feito.

No sábado, depois de grande atuação (18 pontos, nove rebotes e todo o segundo tempo em quadra), Mosso comemorou. “Estou superfeliz. Os dois meses que fiquei treinando valeram a pena. Obrigado aos torcedores que me apoiaram e pediram para que eu ficasse”, disse à coluna.

Guerrinha, que nomeou Mosso para ser capitão ao lado de Fischer, comentou o momento do pivô. “Até brinquei com o Jeff: ‘Tome cuidado!’. No nosso time não tem lugar garantido. Quem jogar bem fica na quadra. O Mosso tem uma lição de vida muito grande, machucou os dois joelhos ao mesmo tempo e hoje está aí, forte. No começo, ele sentiu muito nosso esquema, principalmente na conduta, no entrosamento. Ele sempre achava que alguém queria sacaneá-lo. Mas ele mudou, percebeu a proposta do time, que não tinha grupinho. Aí se integrou e deu uma grande lição na Liga das Américas. Por isso que ele está aí e vai ter muito valor”, contou. Essa lição foi num momento em que Mosso pediu a palavra e cobrou comprometimento aos colegas, numa fase difícil do time (incluindo salários atrasados), relatando as dificuldades que passou na carreira.

Folga? Nem tanto
Larry vai passar uma semana nos Estados Unidos, rever os familiares, mas não exatamente descansar. “Vou fazer meu treino sozinho, todos os dias, para me manter em forma”, avisou o Alienígena. Ele estará de volta para o duelo contra Franca, dia 30, na Panela.

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Coluna da semana: Noroeste ainda está devendo

Apesar da invencibilidade, time precisa fazer mais gols e jogar bem em casa. É disso que fala o texto publicado na edição de 13 de agosto de 2012 no jornal BOM DIA Bauru, que também trata do basquete, da bola da Copa e das cornetas de Londres

AINDA DEVENDO

O Noroeste fechou sua participação no primeiro turno da Copa Paulista no G-4 de seu grupo. Invicto. Mas ainda é pouco. Afinal, é apenas o quarto colocado entre sete times, estando os três restantes bem distantes na pontuação – e dois deles são os únicos que o Alvirrubro conseguiu venceu. Portanto, ainda está devendo.

Para ser possível projetar o Norusca como real candidato ao título da Copinha, Amauri Knevitz e seus comandados precisam cumprir duas tarefas.

A primeira é vencer um adversário mais qualificado. A oportunidade já será no próximo sábado, em Araraquara, contra a líder Ferroviária, no duelo dos únicos invictos. Quer jogo melhor para ganhar moral?

A segunda é uma obrigação: jogar bem em Alfredo de Castilho, o que ainda não aconteceu – por enquanto, só vaias. Obrigação porque os visitantes serão exatamente Barretos e Santacruzense, figurantes na disputa. Além deles, o Marília, combalido por uma eterna crise política e desgastado pela campanha na Série D. Mas clássico é clássico e tudo o que a torcida noroestina quer é ganhar um presente desses, ver o Norusca sacramentar o fim de uma temporada melancólica do rival. Perder, nem pensar!

Para tanto, o Noroeste precisa fazer o que fez pouco até aqui: gols. Foram apenas cinco em seis jogos. Chamado de retranqueiro por boa parte da torcida, Knevitz ousou no último sábado, em Santa Cruz do Rio Pardo. Deixou de lado o meio-campo em losango (um cabeça-de-área, dois volantes que sabem sair para o jogo e um meia de ligação) por um quadrado (dois volantes e dois meias). E os dois da contenção, Johnnattan e Cesinha, têm certa qualidade para o apoio. Resta saber se, com a volta de suspensão do lateral-esquerdo Ralph, Giovanni volta para o meio. Sua permanência na ala concretizaria a titularidade de Romarinho. E afastaria o apelido incômodo que é atribuído ao treinador.

Diego de volta
O atacante Diego teve seu contrato de empréstimo rescindido pelo Bahia. Depois de apenas duas partidas disputadas no Brasileirão, o jogador (que tem contrato com o Noroeste até 2014) deve se reapresentar em Bauru nos próximos dias. É possível inscrevê-lo na Copinha até o dia 30. Ele está se tratando de contusão no púbis (problema que persegue sua carreira). Especula-se que o clube baiano não honrou o compromisso financeiro com o Norusca. Procurado pela coluna, o Alvirrubro não se pronunciou sobre o assunto.

Que bola é essa?
Foram divulgados os três nomes candidatos a bola da Copa do Mundo de 2014. Nem Caramuri nem Gorduchinha – duas ideias muito simpáticas. As opções são um nome composto (Bossa Nova), outro muito longo (Car-na-va-les-ca) e, pior, um com grafia errada (Brazuca). Brasuca é com S, segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras. Que várzea.

Papo de basquete
No próximo sábado começa o Campeonato Paulista de basquete para o Paschoalotto/Bauru. Não se sabe se o ídolo Larry Taylor, depois da disputa olímpica, estará em quadra. Assim que chegar, ele combinará seu descanso com a comissão técnica. O Alienígena pode (e deve) descansar tranquilo, pois Ricardo Fischer encarou com personalidade a oportunidade de armar as jogadas dos guerreiros. Se os outros dois reforços, os norte-americanos John Thomas e DeAndre Coleman, repetirem oficialmente o que renderam nos jogos-treinos, o torcedor pode ficar bem animado. O grupo é forte, entrosado, e a meta é ser finalista. Nada menos do que isso.

Londres 2012
Acabou. Ufa. Meus ouvidos já não aguentavam tanta corneta. Na era das mídias sociais, as besteiras se multiplicaram nessa Olimpíada. E não é exclusividade de torcedores. Muitos colegas de crônica abusaram do direito de falar bobagem – provavelmente eu também, em algum momento. De repente, todo mundo vira especialista em boxe, natação, vôlei de praia, pentatlo moderno! Acham-se aptos a eleger vilões, criam heróis, tecem filosofias sobre a monocultura esportiva o Brasil, mas nesta segunda já estão todos novamente de olho prioritário no futebol.

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Coluna da semana diagnostica má temporada do Noroeste em casa e repercute jogos-treinos do Bauru Basket

Postado originalmente em 1 de agosto de 2012

Texto publicado na edição de 30 de julho de 2012 no jornal BOM DIA Bauru.

SÍNDROME DO ALFREDÃO

Bastou o Noroeste jogar duas vezes (mal) em casa, ao mesmo tempo em que jogou bem como visitante nesta Copa Paulista, que surgiu o questionamento. Por que o Alvirrubro tem jogado tão mal em casa? Em Barretos, vitória convincente e gols bonitos – os únicos marcados até aqui, aliás. Em Marília, apesar do placar zerado, o volume ofensivo foi elogiável, muitas tramas no ataque e a vitória moral no clássico. No Alfredo de Castilho, entretanto, sono e vaias.

Seria a síndrome de Alfredão? Brincadeira à parte (é preciso ter bom humor nessa vida), o assunto é sério: em 2012, o Norusca venceu menos da metade de seus compromissos em casa (apenas sete vitórias em 15 jogos). Empatar como mandante nunca é bom resultado e foram seis vezes que o adversário saiu de Bauru com um ponto. Houve ainda duas derrotas. Se encurtar o prazo, a coisa fica pior: nos últimos dez jogos, foram apenas três vitórias. O time está econômico nos gols jogando em casa. Foram apenas 21 em 15 jogos (1,4 por jogo). Marcou mais de dois em apenas duas ocasiões. E sofreu quase um por jogo (14 em 15).

Não significa que o Noroeste é uma maravilha fora de casa nesta temporada – o retrospecto é ainda pior (apenas duas vitórias em 14 jogos e saldo negativo de dez gols). Esse bom momento como visitante é uma exclusividade desse início de Copinha. Que os vídeos das partidas em Barretos e Marília sejam vistos e revistos para inspirar Amauri Knevitz e seus comandados. A resposta tem que ser dada quarta-feira. Nada mais apropriado do que provar quem manda aqui, no dia do aniversário da cidade.

Vai entender
Conforme a coluna adiantou na última semana, o Noroeste não vai renovar os contratos do goleiro Weliquem e do volante Leonardo. Com quatro goleiros no elenco profissional, além das promessas Léo e Muralha, seria mesmo difícil Weliquem ter oportunidade. Já Leonardo foi testado na Copinha passada e não comprometeu. Mas a saída do lateral-esquerdo Pedro, definida há algumas semanas, é a mais lamentável. Elogiado na base, o jovem teve poucas chances no time de cima, enquanto a diretoria apostou em canhotos do quilate de Roque, Gleidson e Alexandre Aguiar (da segunda divisão de pernambuco!). A bola da vez é Ralph, que foi vaiado no último sábado.

Papo de basquete
Saldo positivo o dos jogos-treinos entre Bauru/Basket e Franca. Uma derrota (68 a 81) e uma vitória (93 a 85) e um ótimo parâmetro para os dois lados. Mesmo visivelmente fora da forma física ideal, os jogadores fizeram confrontos pegados e faltosos, em meio ao duelo tático entre os amigos Guerrinha e Lula Ferreira. “Agendei amistoso com Bauru exatamente porque é uma equipe de pegada forte na defesa. Eu queria que meu time enfrentasse dificuldade”, comentou o treinador de Franca. O técnico bauruense prevê uma temporada de mais cobranças, já que o elenco está mais qualificado. “Bauru é uma equipe favorita, não entra mais para participar. Tem que saber encarar isso, estar preparado para ser cobrado. Isso é legal. Mostra que nossos jogadores não são mais surpresa, são realidade”, concluiu.

Craque
“O moleque é muito bom”, exclamou Guerrinha, elogiando o armador Ricardo Fischer, que teve média de 16,5 pontos nos dois amistosos e chamou a atenção pela liderança. O treinador adiantou que não vai inibir a impetuosidade do rapaz. “O armador é o segundo técnico do time. Eu brigo mesmo, de forma positiva. Darei bronca em quem precisar, esse é o meu perfil”, avisou Ricardo, que deverá jogar com a camisa 5, com a inscrição “R. Fischer” às costas, para diferenciar do irmão mais velho.

Pode anotar
John Thomas terá média de 15 pontos por jogo, é a estatística de toda a carreira dele, desde a faculdade. “Trabalho duro, forte na defesa e no ataque tenho somente que me divertir. Basquete é isso. Estou noventa por cento fisicamente e estarei pronto no início do Paulista”, disse o ala à coluna.

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Coluna da semana diagnostica má temporada do Noroeste em casa e repercute jogos-treinos do Bauru Basket

Texto publicado na edição de 30 de julho de 2012 no jornal BOM DIA Bauru mostra números do mal desempenho alvirrubro em Alfredo de Castilho e traz aspas após os amistosos dos guerreiros contra Franca.

Síndrome do Alfredão

Bastou o Noroeste jogar duas vezes (mal) em casa, ao mesmo tempo em que jogou bem como visitante nesta Copa Paulista, que surgiu o questionamento. Por que o Alvirrubro tem jogado tão mal em casa? Em Barretos, vitória convincente e gols bonitos – os únicos marcados até aqui, aliás. Em Marília, apesar do placar zerado, o volume ofensivo foi elogiável, muitas tramas no ataque e a vitória moral no clássico. No Alfredo de Castilho, entretanto, sono e vaias.

Seria a síndrome de Alfredão? Brincadeira à parte (é preciso ter bom humor nessa vida), o assunto é sério: em 2012, o Norusca venceu menos da metade de seus compromissos em casa (apenas sete vitórias em 15 jogos). Empatar como mandante nunca é bom resultado e foram seis vezes que o adversário saiu de Bauru com um ponto. Houve ainda duas derrotas. Se encurtar o prazo, a coisa fica pior: nos últimos dez jogos, foram apenas três vitórias. O time está econômico nos gols jogando em casa. Foram apenas 21 em 15 jogos (1,4 por jogo). Marcou mais de dois em apenas duas ocasiões. E sofreu quase um por jogo (14 em 15).

Não significa que o Noroeste é uma maravilha fora de casa nesta temporada – o retrospecto é ainda pior (apenas duas vitórias em 14 jogos e saldo negativo de dez gols). Esse bom momento como visitante é uma exclusividade desse início de Copinha. Que os vídeos das partidas em Barretos e Marília sejam vistos e revistos para inspirar Amauri Knevitz e seus comandados. A resposta tem que ser dada quarta-feira. Nada mais apropriado do que provar quem manda aqui, no dia do aniversário da cidade.

Vai entender
Conforme a coluna adiantou na última semana, o Noroeste não vai renovar os contratos do goleiro Weliquem e do volante Leonardo. Com quatro goleiros no elenco profissional, além das promessas Léo e Muralha, seria mesmo difícil Weliquem ter oportunidade. Já Leonardo foi testado na Copinha passada e não comprometeu. Mas a saída do lateral-esquerdo Pedro, definida há algumas semanas, é a mais lamentável. Elogiado na base, o jovem teve poucas chances no time de cima, enquanto a diretoria apostou em canhotos do quilate de Roque, Gleidson e Alexandre Aguiar (da segunda divisão de pernambuco!). A bola da vez é Ralph, que foi vaiado no último sábado.

Papo de basquete
Saldo positivo o dos jogos-treinos entre Bauru/Basket e Franca. Uma derrota (68 a 81) e uma vitória (93 a 85) e um ótimo parâmetro para os dois lados. Mesmo visivelmente fora da forma física ideal, os jogadores fizeram confrontos pegados e faltosos, em meio ao duelo tático entre os amigos Guerrinha e Lula Ferreira. “Agendei amistoso com Bauru exatamente porque é uma equipe de pegada forte na defesa. Eu queria que meu time enfrentasse dificuldade”, comentou o treinador de Franca. O técnico bauruense prevê uma temporada de mais cobranças, já que o elenco está mais qualificado. “Bauru é uma equipe favorita, não entra mais para participar. Tem que saber encarar isso, estar preparado para ser cobrado. Isso é legal. Mostra que nossos jogadores não são mais surpresa, são realidade”, concluiu.

Craque
“O moleque é muito bom”, exclamou Guerrinha, elogiando o armador Ricardo Fischer, que teve média de 16,5 pontos nos dois amistosos e chamou a atenção pela liderança. O treinador adiantou que não vai inibir a impetuosidade do rapaz. “O armador é o segundo técnico do time. Eu brigo mesmo, de forma positiva. Darei bronca em quem precisar, esse é o meu perfil”, avisou Ricardo, que deverá jogar com a camisa 5, com a inscrição “R. Fischer” às costas, para diferenciar do irmão mais velho.

Pode anotar
John Thomas terá média de 15 pontos por jogo, é a estatística de toda a carreira dele, desde a faculdade. “Trabalho duro, forte na defesa e no ataque tenho somente que me divertir. Basquete é isso. Estou noventa por cento fisicamente e estarei pronto no início do Paulista”, disse o ala à coluna.

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Coluna da semana comprova laboratório noroestino e fala com DeAndre Coleman

Texto publicado na edição de 23de julho de 2012 no jornal BOM DIA Bauru comprova que o laboratório ainda existe pelos lados de Alfredo de Castilho; e a coluna também falou com DeAndre Coleman, reforço do Bauru Basket.

Laboratório alvirrubro

Apesar de o Noroeste ter apagado a palavra laboratório de seu vocabulário, os números comprovam que muitos jogadores estão sim sendo observados. São 28 atletas no elenco da Copa Paulista (sem contar o zagueiro Alan, que se contundiu ainda fazendo testes e o clube assinou contrato para ampará-lo). Desses, apenas 12 têm contrato para disputar Série A-2 de 2013 – os outros 16, isto é, mais da metade, estão com compromisso até 31 de dezembro de 2012. Aprofundando-se mais nesses dados, chega-se fácil ao laboratório.

São dez reforços. Cinco deles serão testados até o fim do ano: os zagueiros Daniel Miller e Samuel, o volante Johnnattan, o meia Lauro César e o centroavante Fernando Russi (esse último já mostrou qualidade, mas está emprestado pelo Ituano e fica a dúvida: se arrebentar na Copinha, vão pegá-lo de volta?). Outros cinco já chegaram com moral, com contrato até maio de 2013: o goleiro Walter, o zagueiro Lima e o lateral Ralph são titulares, o meia Cesinha acaba de chegar com status de substituto de Juninho e o atacante Diogo foi classificado como “sonho antigo” do técnico Amauri Knevitz.

Há nove remanescentes que haviam sido contratados para a Série A-2 deste ano e somente três deles estão garantidos para o ano que vem (o lateral Bira, o zagueiro Neto e o meia Velicka). O goleiro William Menezes, o zagueiro Hélio, os volantes Kasado e Léo Nascimento, o meia Leandro Oliveira e o atacante Roberto assinaram até dezembro e terão que mostrar serviço.

Por fim, outros nove atletas já estavam no Norusca em temporadas anteriores, mas somente quatro deles têm contrato mais longo (o goleiro Nicolas, o lateral Mizael e os meias Nathan e Romarinho). Terão que sentar no fim do semestre para renovar (ou dizer adeus ao clube) o goleiro Yuri, o zagueiro Magrão, os apoiadores Giovanni e Juninho e o atacante Daniel Grando.

Concordo com a afirmação de Knevitz: a Série A-2 de 2013 já começou. Afinal, o clube trouxe jogadores já pensando na competição, inclusive com contratos firmados até lá. Mas até por pensar lá na frente, é preciso experimentar agora, errar agora (acertar também, tomara) para chegar em janeiro com uma boa base. E por isso outros tantos terão que convencer o treinador. Podem não chamar de laboratório, mas há em Alfredo de Castilho todos os ingredientes de uma experimentação.

Base subaproveitada
Não há nada de errado em experimentar e dessa vez o Noroeste, em relação a anos anteriores, tem uma base forte, um elenco já entrosado e o mesmo treinador. Entretanto, é preciso lamentar que o clube tenha abdicado de apostar nos garotos. Há pelo menos 18 atletas do time sub-20 à disposição de Knevitz, mas dificilmente entrarão em campo. No plantel principal, há apenas três garotos hoje (Mizael, Nathan e Romarinho).

Esse posicionamento resulta em desperdício: os contratos do goleiro Weliquem e do volante Leonardo vencem dia 1º de agosto e não serão renovados. Com a idade estourada e a falta de chance no profissional, vão buscar oportunidade em outros clubes. “Só tenho a agradecer ao Noroeste. Cinco anos não são cinco meses. É um clube que amo e vou levar sempre comigo. Fiz muitos amigos aqui, é uma pena não ter agradado todo mundo”, disse Weliquem à coluna.

Os compromissos do zagueiro Ruggieri e do atacante Vitor Hugo vencerão em dezembro. E aí? Se não terão oportunidade de serem testados, como provar ao clube que poderão atuar no time de cima? Eles já estão com 20 anos, é agora ou nunca…

Papo de basquete
Último reforço anunciado pelo Paschoalotto/Bauru, o pivô norte-americano DeAndre Coleman deve chegar nos próximos dias. O jogador é de Atlanta, a exemplo de John Thomas, outro reforço – que já está treinando com o elenco. Falei brevemente com ele, que está animado por ter um amigo por perto. “Quando soube que o John estaria no meu time, fiquei aliviado. Ele é um grande jogador e como companheiros poderemos ir muito bem no campeonato!”, contou.