Na tarde deste feriado, o Norusca bateu o São Carlos por 3 a 0, no estádio Alfredo de Castilho, em jogo-treino com clima tenso, com faltas violentas e dedo na cara do juiz. O adversário também disputará a Copa Paulista, no grupo 2.
O que era para ser uma movimentação para últimos acertos táticos – como foi no primeiro tempo -, ganhou ares de rivalidade quando, aos cinco minutos da segunda etapa, Willian Leandro foi derrubado na área. O árbitro foi cercado pelo jogadores de São Carlos e até o treinador Edmilson de Jesus entrou em campo para reclamar. De nada adiantou: Rafael Aidar cobrou alto, no ângulo esquerdo, fazendo 1 a 0.
Aos 25, o lateral-direito Rafael Mineiro cobrou lateral forte na área, a zaga cortou mal e a bola sobrou para Rafael Aidar, que dominou no peito e bateu forte no ângulo direito.
O Trem-Bala fechou o placar aos 37. Roque cobrou falta no bico da área, pela direita do ataque, e Bonfim pegou o rebote.
O Noroeste jogou com Yuri (Alexandre Villa); Rafael Mineiro, Bonfim, Geílson e Roque; Negretti, Lelo, Willian Leandro e Adílson Souza (Leleco); Rafael Aidar (Giovanni) e Paulo Roberto. Segundo o técnico Marcos Roberto, este deverá ser o time da estreia contra o Linense.
Análise tática: o Norusca joga no 4-5-1 (ou 4-2-3-1, se preferir), com apoio tímido dos dois laterais, dois volantes marcadores, um trio de meias (Rafael Aidar, veloz, ajuda na marcação) e o centroavante. Observando a disposição dos jogadores em campo, há momentos em que aparenta ser um 4-2-4, o que foi confirmado pelo treinador: “Treinamos com três meia-atacantes e um centroavante lá na frente, o que caracteriza essa variação tática”. Mas, não se empolgue, torcedor, não é uma formação tão ofensiva assim: somente esses quatro chegam à frente com frequência e os demais guardam posição.
Sobre o clima tenso do jogo, o atacante Rafael Aidar comemorou: “É melhor ser pegado, assim simula um jogo mesmo”. O treinador Marcos Roberto resumiu o que foi esse confronto. “Um jogo muito rápido, truncado, e o importante foi não perder a concentração. Não caímos na provocação deles”, disse.
De molho: no intervalo, enquanto eu circulava pelo complexo do Alfredão, perguntei ao meia Cleverson, de chinelos, se teria condições de jogo para a estreia. Com a expressão nada animada, limitou-se a um “Vamos ver…”. Na coletiva, o técnico confirmou que o atleta precisa de mais duas semanas para entrar em forma.