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O clássico Noroeste x Marília em um momento menos badalado

Encontro do primeiro turno: apesar do zero a zero, bom jogo. Foto: Daniel Rizzo/Agência Bom Dia

Ainda está fresco na memória do noroestino a goleada de 4 a 0 sobre o Marília em 2006, naquele Paulistão de melhor campanha da história alvirrubra. O maqueano tampouco se esquece dos 3 a 0 aplicados em 2009, que praticamente selaram o rebaixamento do Noroeste – apesar de o MAC também ter caído na ocasião. Foi a última vez, aliás, que o dérbi regional foi disputado na elite estadual. Desde então, os encontros se tornaram menos badalados. Na noite dessa quarta-feira (29/8), por exemplo, alvirrubros e alvicelestes irão se enfrentar pela décima rodada da Copa Paulista. Bem longe dos holofotes.

Em 2013, o Marília não irá figurar numa divisão de Campeonato Brasileiro, depois de 11 participações ininterruptas entre as Séries B, C e D. Desclassificado este ano da quarta divisão (caíra da Terceirona ano passado), o Tigre só voltará ao torneio nacional a partir do estadual – e isso vai demorar, pois hoje está na Série A-3 do Paulista. De quebra, o time vive instabilidade política há anos e consequentes problemas financeiros, que culminaram numa greve dos jogadores na semana passada. Fora do G-4 da Copinha, uma derrota para o rival pode complicar ainda mais o MAC, que corre o risco de encerrar a temporada ainda em setembro.

Já o Noroeste, mesmo longe dos holofotes, pelo menos se livrou das piadas rivais sobre não disputar o Brasileiro – e agora está um degrau acima nesse sonho. Antes, tinha que aturar o fato de enfrentar o time B do Marília na Copinha, pois o vizinho estava focado no nacional.

Mas a alegria noroestina não passa disso. Desde que foi campeão da Copa FPF (atual Copa Paulista) em 2005, o time acumula participações ruins, das quais tirou pouco aprendizado ou aproveitamento de jogadores – a ponto de o termo “laboratório” ter sido deletado do vocabulário noroestino, apesar de continuar firme e forte na prática.

Independentemente do momento ruim de ambos, o clássico tem muita história. A corneta já está ligada nas redes sociais e fica a expectativa de atrair bom público para o estádio Alfredo de Castilho. A partida começa às 19h com preço de ingresso bem acessível (arquibancada a R$ 12 – R$ 6 a meia). Quem levar a melhor terá um bom motivo para se animar nesse tempo de vacas magras.

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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