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Coluna da semana: Noroeste sob protestos, descumprimento de leis e ainda Larry e Londres

Começo com uma errata: no texto publicado na edição de 27 de agosto de 2012 do Bom Dia, saiu “mal futebol” e todo mundo sabe que esse mau é com U. Após o ‘desculpe a nossa falha’, acompanhe a coluna que fala do momento noroestino, que tem clássico quarta, veja onde Noroeste e Bauru Basket têm falhado nas leis desportivas e acompanhe um balanço da participação de Larry Taylor em Londres.

 

DE CABEÇA PARA BAIXO

Ufa. O Noroeste venceu no Alfredão. Na quarta, recebe o combalido Marília com chances de se firmar ainda mais no G-4. É que, além da vitória do último sábado sobre o Barretos, a tabela ajudou: o MAC foi goleado pela Santacruzense (que fase!). Assim, quinto e sexto colocados estão a cinco pontos do Norusca, agora terceiro colocado. Apesar da momentânea tranquilidade, o time está sem moral com a galera. Ganhou, mas não empolgou.

Quando o Barretos abriu 1 a 0 logo aos sete minutos do primeiro tempo, a torcida colocou em prática o que vinha planejando há dias nas redes sociais: colocar as faixas de alambrado de cabeça para baixo. A reação em campo veio rápida, a virada ainda no primeiro tempo, mas agora não tem volta. A intenção é que as faixas permaneçam de ponta-cabeça até que o Alvirrubro retorne à Série A-1. E o motivo não se restringe ao mau futebol praticado. Refere-se também à insatisfação com a diretoria – em relação a perda de identidade do clube, contratações ruins e a preocupação com as dívidas.

Segunda tarefa
Falta vencer um adversário de expressão nessa Copinha. Não que o Marília esteja com essa bola toda em campo, pelo contrário, mas clássico e clássico, já disse o poeta. Por enquanto, três vitórias, duas contra o Barretos e uma sobre a lanterna Santacruzense. É pouco, muito pouco. O Noroeste, no papel, um dos melhores elencos. Remanescente de boa campanha na Série A-2, portanto, entrosado. Deveria render mais. Pode deslanchar? Claro, não falta torcida por isso. Até de cabeça para baixo.

Descumprimento
Está escrito na Lei Pelé que agremiações esportivas são obrigadas a “elaborar e publicar, até o último dia útil do mês de abril, suas demonstrações financeiras”. Artigo 46-A da Lei nº 10.672, também chamada de Lei de Responsabilidade do Desporto Brasileiro. Nem Noroeste nem Bauru Basket cumpriram essa letra em 2012. Nada consta sobre o balanço financeiro do ano anterior.

O Bauru Basket ainda descumpre o Artigo 7º do Capítulo II do Estatuto do Torcedor (Lei nº 10.671): “É direito do torcedor a divulgação, durante a realização da partida, da renda obtida pelo pagamento de ingressos e do número de espectadores pagantes e não pagantes, por intermédio dos serviços de som e imagem instalados no estádio em que se realiza a partida, pela entidade responsável pela organização da competição”. Esse estatuto não é exclusivo do futebol, apesar de ter sido formatado para resolver muitos problemas desse esporte. Está claro no Artigo 2º do Capítulo I: “Torcedor é toda pessoa que aprecie, apoie ou se associe a qualquer entidade de prática desportiva do País e acompanhe a prática de determinada modalidade esportiva”. Jogo do Novo Basquete Brasil tem borderô dos jogos publicado no site oficial, mas o mesmo não se pode dizer da Federação Paulista de Basquete…

Papo de basquete
A Olimpíada já se foi, mas faltou trazer impressões sobre a participação de Larry Taylor defendendo o Brasil. A coluna ouviu comentários positivos, como o do experiente treinador Antônio Carlos Barbosa (bronze treinando a seleção feminina, em 1996). “Claro que não poderíamos ter a expectativa do Larry de Bauru, considerando que foi sua primeira participação e cercada de muita expectativa, o que acaba agravando o nível de responsabilidade do atleta. O sistema de jogo da seleção é mais cadenciado e isso descaracteriza e tira o volume do seu jogo. Mas a meu ver foi uma participação muito boa”, avaliou Barbosa. “Ele fez um bom trabalho e soube honrar a condição de brasileiro que agora acumula em seu passaporte”, resumiu Raul Togni Filho, treinador do Minas e ex-armador de Bauru. Guerrinha, seu técnico, acha que ele poderia ser melhor aproveitado como pontuador (como naquele jogaço contra a Rússia) e exaltou o bom relacionamento que Larry teve com os colegas do elenco verde-amarelo.

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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