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Sai que é dele!

Um pouco da trajetória do observador de Dunga na Seleção, um dos heróis da campanha do tetracampeonato mundial em 1994.

Galvão Bueno acabou utilizando o bordão com outros goleiros, mas o ‘Sai que é sua, Taffarel!’ está tão eternizado quanto o ‘Ayrton Senna, do Brasil!’. Segundo o próprio narrador, a fala surgiu em um momento de desespero com a zaga brasileira, mas à medida que a Seleção jogava, o camisa 1 interceptava as bolas cruzadas – e pegava pênaltis.

Enquanto foi o principal camisa 1 do Brasil – titular por cerca de dez anos – Taffarel foi muito criticado, rotulado de frangueiro. Ainda bem que o tempo faz justiça. Hoje, todos se referem a ele da maneira correta: um goleiro calmo, seguro, bem-colocado. Tanto que é o mais lembrado em sua posição pela boleirada que elege seus onze na seção ‘Meu time dos sonhos’, da revista Placar.

Com a camisa do Galatasaray: campeão da Copa da Uefa pegando pênalti na final

Como sou fã dos controversos e dos perseguidos – como Rubinho Barrichello – sempre gostei de Taffarel e o defendia nas discussões da molecada. E olha que sua fase mais espetacular e milagrosa, pelo Internacional, eu pouco vi, pois era pequeno. Fiquei triste quando ele falhou contra a Bolívia, na primeira derrota brasileira da história em Eliminatóiras da Copa, em 1993.

O currículo tem poucos troféus, mas significativos: Copa do Mundo de 1994, Copa da Uefa pelo Parma (na reserva, por ser estrangeiro), Estadual e Conmebol pelo Atlético-MG (grande ídolo da Massa do Galo) e, para mim, o mais importante, por ser na curva final de sua vitoriosa carreira, a Copa da Uefa de 1999/2000, pelo Galatasaray-TUR, pegando pênalti na decisão. Fora isso, reconheçamos que bem antes de Julio Cesar, Doni e Gomes, ele foi atuar na Europa.

Ao vivo, eu o vi jogar uma vez, em 1998, pelo Atlético Mineiro, em partida contra o Cruzeiro, no Mineirão. Fez grandes defesas, mas não evitou a derrota alvinegra por 2 a 1 – gol atleticano de Hernani, o famoso ‘Tiozão’ capitão do Noroeste em 2006 e 2007).

Se Gylmar dos Santos Neves me permite, aqui está o camisa 1 da minha Seleção Brasileira de todos os tempos.

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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