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Coluna da semana: derrota para o União pode custar caro

O Canhota avisou semana passada e agora vem por aí um grupo fortíssimo e a decisão no estádio Primeiro de Mario, onde o Norusca é freguês. Confira o texto publicado na edição de 2 de abril de 2012 no jornal BOM DIA Bauru.

Má escolha, Knevitz

Quando treinador noroestino Amauri Kenvitz decidiu que iria a campo com os reservas contra o União São João, na última rodada da primeira fase da Série A-2, assumiu um risco. O de ficar fora do G-4 e, consequentemente, não decidir em casa, na última rodada da fase decisiva, uma vaga na elite paulista. Focado em poupar jogadores e testar o elenco, o técnico dizia-se pouco preocupado com o chaveamento da segunda fase. Na verdade, ou subestimou o time de Araras ou imaginou ser difícil chegar entre os quatro. O Canhota10.com fez todas as contas durante a última semana e provou que não era uma missão das mais difíceis. Deu no que deu: se tivesse vencido ontem, o Norusca teria terminado em quarto. Mas a derrota para o rebaixado União de pouco serviu para extrair respostas positivas. Apenas revelou um banco de reservas fraco.

Knevitz perdeu a chance de decidir em casa. Em entrevista pós-jogo à TV Preve, disse não ver muita vantagem atuar no Alfredão, pela distância da arquibancada para o gramado. Disse que o adversário não se sente pressionado. Talvez porque nunca viu o estádio noroestino pintado de vermelho, com grande público empurrando o time, como aconteceu nos momentos decisivos dos dois recentes acessos à elite (em 2005 e 2010). E mais: como ignorar o fator gramado, com o qual os jogadores estão habituados?

Enfim, tomara que o Noroeste não precise da última rodada, que suba com uma de antecedência. Que toda a programação do treinador alvirrubro esteja correta e se concretize. Ele que deixou claro que queria a classificação entre os oito, mesmo que no último suspiro, no saldo de gols. No lucro, qualificado de véspera, tirou o pé. Mas vai para a decisão com o ônus de estar com um elenco desacreditado, que vem caindo de produção a cada rodada.

Em queda
Retire o último jogo, com reservas, e divida as outras 18 partidas em três momentos. Tanto no primeiro quando no segudo terço do campeonato, o Noroeste teve 61% de aproveitamento dos pontos. Na reta final, caiu para 50% e diminui seu saldo de gols para somente um positivo c nas partes anteriores, foram dois e quatro, respectivamente. Empatou demais, perdeu muitos gols e viu a condição física de seus atletas minar.

Ataque em crise
Com Boka oscilante, Knevitz esperava obter respostas no teste de ontem para ganhar opções no ataque alvirrubro, afinal, o reserva imediato, Diego, está novamente contundido. O menino guatemalteco Henry Lopez finalmente ganhou sua chance e não agradou. Nena, o centroavante que fez somente 20 gols nas últimas três temporadas, correu, correu e ainda não justificou sua contratação. Enquanto isso, sabe-se lá porque Roberto não ganhou nova oportunidade. Ele que, pelo menos, já fez dois gols no campeonato.

Os adversários
O São Bernardo teve uma arrancada impressionante: depois de começar perdendo os cinco primeiros jogos, venceu 11 dos 14 restantes. Tem em Danielzinho seu homem-gol, além do lateral-artilheiro Renato Peixe – olho nos chutes dele. E o Norusca é freguês em jogos recentes lá no ABC.
O Red Bull fez o caminho oposto do Bernô: começou impossível com sete vitórias consecutivas, depois desceu a ladeira e venceu apenas mais três nas 12 partidas seguintes. Leandro Love, conhecido dos noroestinos de seus tempos de Oeste, Marília e Linense, já marcou oito gols.
O Penapolense é sinônimo de dor de cabeça. Time encardido que complica no Alfredão e dificilmente perde atuando em seu acanhado estádio. Seu destaque é o de sempre: o veloz e ciscador Luciano Gigante.

Papo de basquete
Depois de encerrada sua participação na Liga das Américas, a maratona de jogos do Itabom/Bauru não para… A torcida é pelo breve retorno de Fischer e para que Larry Taylor consiga se recuperar a tempo de disputar os playoffs em boas condições físicas – após seu esforço heroico na partida contra o Pioneros, do México.
Atualizado: Larry jogou normalmente na noite de domingo, na vitória sobre o Bucaneros. Arriscando menos infiltrações, é verdade, mas suportou 35 minutos sem aparentar dor. Boa notícia. 

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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