Chegou a hora, moçada. O desejo do Gocil Bauru Basket de chegar a mais uma final — vamos considerar a decisão como um bônus de expectitva… — passa pelo forte time de Brasília. Os playoffs NBB nestas quartas de final ficaram mais cascudos pelo fato de o Dragão ter terminado a fase de classificação na quinta posição, tendo que encarar as oitavas. Mas o confronto com Macaé (3 a 0) foi bom para aumentar a casca do time, já que o time fluminense valorizou bastante a disputa.
Se no ano passado Alex e companhia varreram os candangos por 3 a 0, desta vez são eles que têm o favoritismo. Mantiveram a ótima base e se reforçaram com Alex Oliveira e, principalmente, Lucas Mariano — e conseguiram terminar no G-4, fechando a fase de classificação batendo no Flamengo fora de casa. Enquanto Bauru trocou bastante peças e precisou se reinventar com perfil mais raçudo para suportar o revezamento mais enxuto.
Números, ah, os números…
Outro fator a favor do Brasília é a estatística. Apenas cinco dos 32 confrontos quartas de final do NBB tiveram como vencedores os times de pior campanha, isto é, 15%. Um alento para Bauru é que duas dessas cinco vezes aconteceram no último NBB, quando Mogi tirou o Basquete Cearense e Brasília derrubou o Paulistano.
Cartas postas, uma reflexão: o Dragão pode se superar sem o peso do favoritismo. Para isso, entretanto, é fundamental vencer a primeira partida em casa. Assim, viajará para a capital federal com 1 a 0 no bolso e em plenas condições de beliscar pelo menos uma vitória por lá — a boa atuação no polêmico jogo da rodada 28 prova isso.
Logo mais saberemos como começa mais esse capítulo da história do Bauru Basket. O sonho do título inédito, apesar de ser uma temporada em que deixou de ser bicho-papão, continua vivo na torcida. E exatamente pelo caminho estar mais difícil, poderá ser mais saboroso.
Atualizado: Brasília venceu o jogo 1 por 88 a 87, na prorrogação. Complicou bastante para o Dragão, mas tão de igual pra igual que é possível ganhar lá no Distrito Federal.