(Direto da Panela) Não que tenha sido zebra, o Pinheiros já havia ganhado na Caverna do Dragão nesta temporada. Mas o Paschoalotto Bauru foi, sim, surpreendido, porque vinha embalado para fechar a série quartas de final deste NBB 8 em casa — que garantiria um bom período de descanso e preparação. Depois desta derrota por 92 a 88, os guerreiros terão que voltar a São Paulo.
Foi uma partida indigesta, a começar pelo horário (de almoço). Domingão, 12h30, e o reflexo foi visto nas arquibancadas, que não lotaram. Nem o setor das cadeiras, todo vendido para sócios-torcedores, estava cheio… Pelo menos, o calor foi suportável, bola dentro do Clima Tempo, que previa sol entre nuvens.
BOLA QUICANDO
Como franco-atiradores, os meninos do Pinheiros jogaram soltos e com confiança desde o início. Ou alguém apostaria que o pivozão Renan Lenz guardaria dois triplos logo de cara? O aviso de que dariam trabalho veio na primeira parcial, vencida por 30 a 27.
No segundo período, Demétrius insistiu com o menino Gui Santos na armação, pois Paulinho fizera precocemente duas faltas. Na prática, entretanto, a condução do time estava com Alex. O Brabo chamou a responsabilidade para a virada, seja dando bronca na defesa ou guardando as bolas lá na frente. Com fração de 19 a 24, o Paschoalotto foi para o intervalo na frente: 49 a 51.
No retorno, um personagem-chave construiu a vitória pinheirense: Humberto. Lembrando Leandrinho tanto física quanto tecnicamente, o camisa 19 (até a camisa…) estava on fire. Seja infiltrando, guardando de fora, ele anotou nove dos 27 pontos que anotou — cestinha do time. O gringo Bennett também foi fundamental. A parcial de 24 a 18 abriu a diferença preciosa de quatro pontos que definiria a partida.
No quarto derradeiro, foram as cestas de Jefferson William quem seguraram o quanto foi possível a diferença a favor dos paulistanos. Com Alex e Léo Meindl revezando na condução da bola, o repertório ofensivo do Dragão ficou comprometido. E vale mencionar que Robert Day saiu zerado, errando os seis triplos que tentou. Ironicamente, coube ao ex-bauruense Andrezão selar o placar nos lances livres — e olha que errou dois dos quatro. Mas não dava mais para alcançar. Quarta-feira (27/abr, 19h) tem mais.
“AUXILIAR”
Ricardo Fischer, com o mesmo uniforme da comissão técnica, ficou no banco apoiando os colegas, dando instruções e trocando ideias com o técnico Demétrius. E respeitando seu cronograma de fisioterapia, fez gelo assim que pôde se livrar da calça jeans.
MEXE COM QUEM TÁ QUIETO…
Uma passagem curiosa, ao final do primeiro tempo: algum membro da comissão técnica do Pinheiros, esquentado com as cornetagens da turma das cadeiras, virou-se para algum torcedor de olhos puxados e saiu-se com essa: “Abre o olho, japonês!”. Pra que… Desceu toda a colônia nissei para a boca dos vestiários para tirar satisfação…
ABRE ASPAS
O técnico Demétrius valoriza a atuação do rival:
O ala Léo Meindl avalia a derrota:
O ala-pivô Jefferson William fala da partida e do filhote que está a caminho:
NUMERALHA
Alex: 28 pontos, 8 rebotes, 6 assistências
Jefferson: 27 pontos, 4 rebotes
Rafael: 12 pontos, 4 rebotes, 2 assistências
Leonardo: 8 pontos, 7 rebotes, 2 assistências
Guilherme: 6 pontos, 2 rebotes, 2 assistências
Wesley: 3 pontos, 2 rebotes
Paulo: 2 pontos
Murilo: 2 pontos, 3 rebores
Robert: 4 rebotes
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