Ele chegou com ótima credencial: melhor reboteiro do Campeonato Paulista, jogando pelo modesto São Bernardo. Em duas partidas disputadas por Bauru, no NBB, já é também o líder no fundamento: 12 rebotes por partida. A contratação de Pilar animou a torcida e ele tem correspondido.

Há menos de um mês em Bauru, Pilar pouco conhece da Cidade Sem Limites. “Ainda estou arrumando a casa, cuidando da mudança. Conhecendo ainda, vendo o que as pessoas fazem, os lugares bacanas”, revela o universitário, que tenta concluir o curso de História. “Estudo há cinco anos, mas não consigo terminar. Começo numa cidade, troco de time, levo créditos para outra cidade, aí não valida todos, é difícil terminar… Mas eu gosto muito de estudar. Se eu terminar minha carreira faltando um ano para me formar, já está bom. O que vale mais é mudar o ambiente, integrar-me mais com a cidade. Ano que vem pretendo retomar a faculdade aqui em Bauru, aí vou me integrar não só com o time, mas com as pessoas da cidade”, projeta.
Sobre o treinador Guerrinha, com quem ainda não havia trabalhado, Pilar diz estar gostando dos métodos. “Ele cobra bastante, o treino é bem forte, estou gostando do trabalho dele. Faz pouco tempo, mas estou conhecendo o Guerrinha melhor e o time está numa fase tranquila, o que facilita”, avalia.
Sobre sua postura em quadra, pergunto o que acha do estilo agressivo e quase individualista de Larry Taylor atuar. O ala/pivô acredita que vai complementar o trabalho do norte-americano. “Joguei com o Marcelinho Huertas, no Paulistano, que chamava muito mais o jogo do que chama hoje. É um jogador que ficava a maior parte do tempo com a bola. E eu me dava muito bem com ele. Tanto fora quanto dentro da quadra. Ele jogava com velocidade e puxava muitos contra-ataques, características parecidas com as do Larry. Acho que vou me entrosar com o Larry, uma hora ele vai ter que arremessar e eu vou estar no rebote. Então, vou fazer o trabalho que for preciso”, avisa.
Polivalente, Pilar disse em sua apresentação que joga onde Guerrinha precisar, mas tem sua preferência. “De um ano para cá, estou mais acostumado a jogar na posição quatro – e acredito levar certa vantagem, porque eu sou veloz, tenho bom corte. No Brasil, não há muitos posições quatro que tenham velocidade de corte e infiltração, minhas maiores qualidades. Prefiro jogar na quatro e serei mais usado nessa posição. Só joguei na três quando o Alex estourou em faltas”, lembra. Mas, se precisar… “Jogo de três, de dois, estou pronto. Posso jogar em qualquer posição”.
Neste domingo (28/11), o camisa 17 fará sua estreia em Bauru, primeira partida do Itabom em casa no NBB, contra o Minas. Está ansioso. “Já conhecia o calor da torcida como adversário, agora quero saber como é estar a favor de Bauru, só quando eu estiver mesmo na quadra. Da arquibancanda [acompanhando os jogos do Paulista], não é a mesma coisa”. Boa sorte, Pilar!
Atualizado: a estreia de Pilar não foi das melhores. Derrota para o Minas (78 a 82), mas o torcedor pode ver de perto ser um jogador raçudo de muito potencial.
