Para quem estava desacostumado com sufoco, foi uma ótima prova de fogo para o Paschoalotto Bauru, que logo receberá o Flamengo e mais adiante irá encarar a Liga das Américas na altitude colombiana. Máquina boa é aquela que é exigida no limite de suas forças. E o timaço sem limites, em seu oitavo compromisso seguido fora de casa, depois de rodar e voar 8,5 mil quilômetros, ainda teve forças para vencer o Paulistano, nos Jardins, por 90 a 89, relembrando as dificuldades de vencer o cascudo time da capital, como era em 2013.
Na última bola, na frieza da mão canhota de Alex Garcia decidiu a 16ª vitória em 18 jogos, igualando a campanha de Limeira, ainda líder pelo confronto direto. Ainda. Próxima parada, Bauru, mais 329km de estrada para completar a vitoriosa turnê de 8.846km. Mesmo sendo um elenco fantástico, terminar essa peregrinação de forma invicta é um incrível feito.
O JOGO
Com sua saída de bola pressionada, Bauru não começou bem e viu o Paulistano abrir vantagem, como sempre puxado pela dupla Dawkins e Holloway. Mas quando Larry e Gui Deodato entraram, o Dragão melhorou e Jefferson comandou a reação com duas bolas de fora, diminuindo o prejuízo: 20 a 26.
No segundo quarto, foi a vez dos visitantes começarem melhor, abrindo uma parcial de 12 a 1 e virando o placar em chute de três de Alex Garcia. Os mandantes se reencontraram pela mão quente de Dawkins e conseguiram terminar o primeiro tempo apenas um ponto na frente: 46 a 45 (franção de 26 a 19).
O terceiro período, finalmente, foi equilibrado. Lá e cá, inclusive com boas contribuições do banco — Pedro pelo lado do Paulistano, Mathias por Bauru. E Hett, como sempre, inspirado. Leve vantagem sem limites (21 a 19), levando fundamental vantagem para o quarto final: 67 a 64.
O Paulistano recomeçou melhor e assumiu a dianteira, mas bolaça de Day virou de novo. E seguiu a alternância até o fim. O minuto final foi palpitante. Dois ataques a partir de bolas roubadas de Pilar colocaram os comandados de Gustavinho na frente a 21s do fim (88 a 89). A turma de Guerrinha trabalhou o ataque, mas o Alienígena errou o chute de fora. Só que o rebote adversário falhou e cedeu posse de bola a 5s do fim: responsa nas mãos do Brabo, que guardou belo gancho. De quebra, o camisa 10 interceptou a última chance do Paulistano. É o cara. Bauru 90, Paulistano 89.
ABRE ASPAS
Declarações ao Papa da informação, João Paulo Benini (Jornada Esportiva/Auri-Verde)
“Jogar no Paulistano é sempre difícil, nossa equipe vem de muitos jogos fora de casa. Então, o time soube se cuidar, sabíamos que essa volta de férias seria importante. A equipe está sabendo muito bem diferenciar um torneio do outro. Agora, foco total no NBB, duas batalhas dentro de casa. Depois mudamos a chavinha e pensamos na Colômbia”, disse o craque Alex.
“A gente já sabia que ia ser assim. Todo mundo joga contra a gente forte, porque andam dizendo por aí que, se entrar mais ou menos, a gente atropela. O Paulistano fez uma bela partida e a gente foi se ajustando. O time teve reação e soube ganhar o jogo. A vitória foi boa porque queremos o primeiro lugar. A derrota até seria boa para aprendermos, mas não podemos perder. Não tem moleza nesse campeonato. Agora é saber dosar jogadores e levar o campeonato adiante”, comentou o técnico Guerrinha.
NUMERALHA
Brabo: 16 pontos, 5 rebotes, 9 assistências, 1 toco
Jé: 16 pontos, 3 rebotes, 2 tocos
Roberdei, o Especialista: 14 pontos, 4 rebotes
Príncipe Balothias: 12 pontos, 7 rebotes
Hett, o Canela: 10 pontos, 3 rebotes
Alienígena: 10 pontos, 8 rebotes, 4 assistências
Ligeirinho: 4 pontos, 4 rebotes, 2 assistências
Murilaço: 4 pontos, 2 rebotes, 1 toco
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