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Paschoalotto Bauru vence Paulistano e fecha turnê de quase 9.000km no topo do NBB

Com atuação de aplaudir de pé de Alex Garcia, Bauru fecha incrível sequência invicta de oito jogos fora de casa

Para quem estava desacostumado com sufoco, foi uma ótima prova de fogo para o Paschoalotto Bauru, que logo receberá o Flamengo e mais adiante irá encarar a Liga das Américas na altitude colombiana. Máquina boa é aquela que é exigida no limite de suas forças. E o timaço sem limites, em seu oitavo compromisso seguido fora de casa, depois de rodar e voar 8,5 mil quilômetros, ainda teve forças para vencer o Paulistano, nos Jardins, por 90 a 89, relembrando as dificuldades de vencer o cascudo time da capital, como era em 2013.

Na última bola, na frieza da mão canhota de Alex Garcia decidiu a 16ª vitória em 18 jogos, igualando a campanha de Limeira, ainda líder pelo confronto direto. Ainda. Próxima parada, Bauru, mais 329km de estrada para completar a vitoriosa turnê de 8.846km. Mesmo sendo um elenco fantástico, terminar essa peregrinação de forma invicta é um incrível feito.

Mathias e Jefferson também foram decisivos. Fotos: Henrique Costa/Bauru Basket
Mathias e Jefferson também foram decisivos. Fotos: Henrique Costa/Bauru Basket

O JOGO
Com sua saída de bola pressionada, Bauru não começou bem e viu o Paulistano abrir vantagem, como sempre puxado pela dupla Dawkins e Holloway. Mas quando Larry e Gui Deodato entraram, o Dragão melhorou e Jefferson comandou a reação com duas bolas de fora, diminuindo o prejuízo: 20 a 26.

No segundo quarto, foi a vez dos visitantes começarem melhor, abrindo uma parcial de 12 a 1 e virando o placar em chute de três de Alex Garcia. Os mandantes se reencontraram pela mão quente de Dawkins e conseguiram terminar o primeiro tempo apenas um ponto na frente: 46 a 45 (franção de 26 a 19).

O terceiro período, finalmente, foi equilibrado. Lá e cá, inclusive com boas contribuições do banco — Pedro pelo lado do Paulistano, Mathias por Bauru. E Hett, como sempre, inspirado. Leve vantagem sem limites (21 a 19), levando fundamental vantagem para o quarto final: 67 a 64.

O Paulistano recomeçou melhor e assumiu a dianteira, mas bolaça de Day virou de novo. E seguiu a alternância até o fim. O minuto final foi palpitante. Dois ataques a partir de bolas roubadas de Pilar colocaram os comandados de Gustavinho na frente a 21s do fim (88 a 89). A turma de Guerrinha trabalhou o ataque, mas o Alienígena errou o chute de fora. Só que o rebote adversário falhou e cedeu posse de bola a 5s do fim: responsa nas mãos do Brabo, que guardou belo gancho. De quebra, o camisa 10 interceptou a última chance do Paulistano. É o cara. Bauru 90, Paulistano 89.

ABRE ASPAS
Declarações ao Papa da informação, João Paulo Benini (Jornada Esportiva/Auri-Verde)

“Jogar no Paulistano é sempre difícil, nossa equipe vem de muitos jogos fora de casa. Então, o time soube se cuidar, sabíamos que essa volta de férias seria importante. A equipe está sabendo muito bem diferenciar um torneio do outro. Agora, foco total no NBB, duas batalhas dentro de casa. Depois mudamos a chavinha e pensamos na Colômbia”, disse o craque Alex.

“A gente já sabia que ia ser assim. Todo mundo joga contra a gente forte, porque andam dizendo por aí que, se entrar mais ou menos, a gente atropela. O Paulistano fez uma bela partida e a gente foi se ajustando. O time teve reação e soube ganhar o jogo. A vitória foi boa porque queremos o primeiro lugar. A derrota até seria boa para aprendermos, mas não podemos perder. Não tem moleza nesse campeonato. Agora é saber dosar jogadores e levar o campeonato adiante”, comentou o técnico Guerrinha.

NUMERALHA
Brabo: 16 pontos, 5 rebotes, 9 assistências, 1 toco
Jé: 16 pontos, 3 rebotes, 2 tocos
Roberdei, o Especialista: 14 pontos, 4 rebotes
Príncipe Balothias: 12 pontos, 7 rebotes
Hett, o Canela: 10 pontos, 3 rebotes
Alienígena: 10 pontos, 8 rebotes, 4 assistências
Ligeirinho: 4 pontos, 4 rebotes, 2 assistências
Murilaço: 4 pontos, 2 rebotes, 1 toco

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Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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