(Direto da Panela) Se possível, vencer bem. Mas, sobretudo, vencer. O placar de 89 a 77 até sugere tranquilidade, mas houve um cochilo no último quarto que quase pôs a perder. Entretanto, mirando o Final Four e o bicampeonato da Liga das Américas, está tudo certo, primeiro obstáculo superado, o uruguaio Malvin. Nesse sábado (20/fev), é a vez de Mogi, que perdeu na abertura do grupo E para o argentino Quimsa (69 a 67) e jogará sua sobrevivência contra o Dragão. Partida marcada para 21h, mas quem for ao ginásio antes, vai curtir Quimsa e Malvin.
BOLA QUICANDO
O Paschoalotto construiu boa diferença logo de cara, que se mostrou ser fundamental no fim. Alex e Hettsheimeir fizeram as honras iniciais e dois triplos de Day colocaram Bauru dez pontos na frente. Houve também chutinho certeiro de Murilo, que mais tarde trombaria com Tischer (ele mesmo), provocando cortes nos dois cabeções. O camisa 21 precisa se benzer. Final de primeiro quarto tranquilo e favorável (né, Lanzoni?), 26 a 14.
No segundo período, a joia Wesley Sena, que anda devendo, teve um lampejo de encher os olhos, ao dar um baita prego em Calfani e, depois, cravar a partir de bela assistência de Boracini. Dominante no garrafão, Hett colocou suas canelas de ouro pra dançar antes de um ajeitado jump. Mas também teve air ball de Léo Meindl. E Roberdei cavando duas faltas de ataque. 22 a 20 na fração (somando 48 a 34) e vestiário sem bronca.
O terceiro período foi de “manutenção”, com a defesa atenta e o ataque explorando o jogo interno, que gerou dez lances livres (oito convertidos). De fora, só o camisa 30 guardou, duas vezes. Do lado uruguaio, o perigo se resumiu a Martinez e ao ianque Hoskin. Parcial pró-Dragão de novo (24 a 19), indicando um fechamento tranquilo do caixão, 72 a 53.
Só que não. O técnico Pablo López apostou em três moleques (Souberbielle, Santiso e Serres), que injetaram energia para tirar os uruguaios das cordas e golpear um Bauru na zona de conforto. A diferença, que chegou a ser de 19 pontos, caiu para cinco a 1min do fim. Foi quando um belo triplo de Jefferson retomou a normalidade, abrindo vantagem de novo. Consenso pós-jogo: último quarto merece atenção, pois um adversário mais forte poderia ter complicado a situação. Período uruguaio (17 a 24), vitória bauruense, 89 a 77.
MANDANTE E VISITANTE
Uma curiosidade, para quem estranhou o Dragão jogando de azul em casa e usando o banco de reservas que não é seu lado habitual: apesar de sediar o grupo E, Bauru jogará as três partidas como visitante. É que consta no regulamento da Fiba que anfitrião que não dispõe de placar eletrônico dos dois lados não tem o mando, o que acarreta em jogar o segundo tempo de costas para o único placar.
ABRE ASPAS
Jé, o Definidor (e foi mesmo, na bola importante a 1min do fim), comenta o resultado e fala de sua escolinha:
Day, o Especialista, lamenta a queda de rendimento do time no final:
Fala, Hett, seu figura:
O técnico Demétrius Ferracciú estava satisfeito com o resultado:
NUMERALHA
Rafael: 22 pontos, 9 rebotes
Garcia: 22 pontos, 3 rebotes, 2 tocos
Robert: 16 pontos, 2 rebotes, 3 assistências, 2 roubos
Andrade: 10 pontos, 4 rebotes
Becker: 6 pontos
Berger: 5 pontos, 2 rebotes
Sena: 4 pontos
Ricardo: 3 pontos, 10 assistências
Paulo: 1 pontinho, 2 rebotes
O time somou 6 roubos de bola e 4 tocos
Confira os melhores momentos da partida: