
BOLA QUICANDO
O Dragão não começa pilhado. Vê o Flamengo abrir o placar e pouco pontua passada metade do período. Cariocas igualmente sem empolgar, mas com cestas suficientes para descobrir-se o barulho de um miolinho rubro-negro na arquibancada, acrescido de alguns poucos marilienses anti-Bauru. Mas basta caírem os triplos de Robert Day pra se ouvir quem está em maioria. O Paschoalotto consegue desgarrar um pouquinho e fechar a parcial em 19 a 14.
No segundo quarto, o Flamengo erra menos, vira o jogo, mas logo se rende à onipresença de Hettsheimeir. O camisa 30 usa todo seu repertório, embaixo, de fora, chamando a galera pra jogar junto. Seu antagonista, JP Batista, é o destaque do outro lado. E os visitantes iriam para o vestiário em vantagem, não fossem as infiltrações de Paulinho e Alex nos segundos derradeiros: 39 a 38 (fração de 20 a 24).
No recomeço, o então sumido Olivinha, notório carrasco, começa a incomodar. O Urubu toma a dianteira, sua torcida se anima, a ponto de ser mais ouvida num certo momento, até que o time e a galera bauruense acordam, sempre no compasso de Hett, mas com bolaças de Jefferson e uma providencial participação de Murilo, que empolga Demétrius. Aos trancos e barrancos (parcial de 23 a 22), o Dragão se mantém na frente, 62 a 60.
No derradeiro período, o Bauru começa mal, perde bolas bobas, a cabeça e toma 13 pontos seguidos. Num piscar de olhos, Flamengo na frente em dois dígitos de diferença, até Hett (sempre ele) pontuar pela primeira vez no quarto a 5min54 do fim. Devagarinho a torcida se anima de novo, graças ao também inspirado Jé. Com paciência, insistindo com seu camisa 30, diminui a diferença, chegando colado no minuto final. Paulinho desperdiça investida, mas ainda bem que Rafael Mineiro erra dois lances livres, ao contrário de Hett, que diminui para dois pontos a 19s do fim. Mas para por aí… Falta daqui, erro dali, parcial (15 a 23) e vitória rubro-negra. O povo já estava indo embora antes de o cronômetro zerar. Na Panela, ninguém piscaria.

ABRE ASPAS
Áudio das entrevistas pós-jogo, a começar pelo técnico Demétrius:
Jefferson comentou a derrota e comentou o fator quadra:
Fala, Hettsheimeir:
NUMERALHA
Rafael: 25 pontos, 7 rebotes
Jefferson: 24 pontos, 4 rebotes
Alex: 10 pontos, 3 rebotes, 3 assistências
Robert: 8 pontos, 3 rebotes, 2 roubos
Murilo: 4 pontos, 2 rebotes
Paulo: 4 pontos, 6 assistências
Léo M.: 2 pontos, 3 rebotes, 4 assistências, 2 roubos, 1 toco
EM TEMPO
Ninguém tem culpa de nada. O regulamento é esse, não poderia ter sido a Panela, a cidade de Marília foi acolhedora e o público compareceu. Independentemente dessa falta de “química”, Bauru poderia ter vencido. Assim como pode ganhar uma no Rio, provocar o jogo 4 e ter mais uma chance de contagiar o Neusa Galetti.
