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Bauru Basket vive momento mais complicado na temporada

Dedé (em lance contra Douglas) foi um dos destaques dos joseenses

Em menos de três dias, o Itabom/Bauru deixou a condição de potencial líder para quinto colocado. Perdeu um jogo que não estava nas contas (para Joinville) e outro – este sim, previsto – para São José. Pilar está novamente lesionado, Jeff Agba pode pegar um gancho pela exclusão na quinta-feira e jogadores importantes do revezamento, como Gaúcho e Gui, não têm mantido a regularidade. Entre os titulares, Douglas e Fischer também alternam partidas brilhantes com outras discretas. Só Larry e Jeff têm sido regularmente decisivos.

Ainda bem que de vez em quando há surpresas: na derrota e ontem (4/2) para São José, o pivô Mosso anotou 16 pontos. Ele que estava praticamente encostado, que fora preterido (com Alex Passilongo) nas viagens para conter despesas de hotel e alimentação, que andava bronqueado. Tomara que essa reação não seja um lampejo.

Ao repórter Chico José, do Jornada Esportiva, Guerrinha comentou a atuação de Mosso: “Lógico que passo a olhar o Mosso com outros olhos. Não tenho nada pessoal contra nenhum jogador, o relacionamento é bom. Ele não vinha jogando bem, não estava treinando bem. Teve várias chances e não aproveitou. Hoje aproveitou. Se continuar mantendo o nível, vai ganhando a credibilidade com o treinador, que sempre está pensando o melhor para o time.”

O treinador também comentou o momento difícil dos guerreiros: “Agora é o momento de administrar os problemas, voltar para casa e ver se o time se comporta melhor. Se a gente quiser se manter no grupo da frente, entre os seis primeiros, temos que vencer em casa”, decretou, sobre os confrontos contra Flamengo e Tijuca, no ginásio da Luso.

Nota-se que Guerrinha está com um discurso mais calmo, conciliador. Em outros tempos, já estaria esbravejando sobre a falta de grana do time e a lentidão da Semel. Mas ele reconhece o enorme esforço da diretoria para manter a casa em ordem, assim como sabe que, agora, depende de um bom relacionamento com o poder público para usar a Panela de Pressão. Mesmo assim, lembrou na entrevista ao Jornada que não foi por falta de aviso que a Panela atrasou a reforma – ele, vigilante, esteve lá várias vezes.

O certo é que o Bauru Basket vive o momento mais complicado da temporada, com uma tabela difícil pela frente na reta final do returno do NBB, além do desafio da Liga das Américas, mais à frente o Interligas… O time vai depender muito da parte física e sobretudo da emocional. E mais uma vez lutar contra o estigma de que ainda não tem bagagem para momentos decisivos.

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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