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Bauru Basket: pacotão de otimismo

Incertezas deram lugar a boas notícias no time de guerreiros

Jeff Agba: avolta do que não foi

Incertezas deram lugar a boas notícias no time de guerreiros

Confesso: não consegui atualizar o Canhota 10 na velocidade com que o Itabom/Bauru acumulou boas notícias. Terminado o NBB 3, uma nuvem de incertezas se formava sobre o time, mas a maré virou. Panela de Pressão, novos patrocinadores, reforços… A seguir, comento cada um desses ótimos episódios (não necessariamente em ordem cronológica), para ajustar contas com minha periodicidade, já que o Campeonato Paulsista está chegando.

Larry e Douglas na Seleção
Foi uma publicidade e tanto para o Bauru Basket e creio ter colaborado para atrair novas empresas para o projeto. Sobretudo o chamado do norte-americano Larry, que gerou muita polêmica e outras tantas manifestações positivas. O resultado disso é que o público tinha uma certeza: o ótimo armador que foi requisitado para ajudar o país, joga no Bauru. Nem o fato de deixar a Seleção por causa da impossibilidade de sair a naturalização agora diminui o brilho da convocação, ainda mais depois que o Alienígena se prontificou a continuar treinando com o grupo de Rubén Magnano – mas Guerrinha precisava dele aqui… Douglas Nunes continua lá, representando o Itabom – e tem boas chances de disputar o Pré-olímpico. Logo saberemos quem serão os cortados.

Patrocinadores
A diretoria do Bauru Basket sempre adotou uma postura meio ‘chororô’ para falar da falta de apoio do empresariado – até justificável, diga-se. Agora, pode guardar os lenços. Conseguiu bons apoios e ainda espera resposta da Claro. Saíram os co-patrocinadores Confiança e Nutrisaúde, mas entraram Rodoserv, SuperBom, Mezzani e Multicobra, que se juntam à  Z Incorporações, Expresso de Prata e Unimed. Com esses novos aportes, foi possível trazer o ala Gaúcho e manter o pivô Jeff Agba, depois de difícil negociação. Por falar em reforços…

… elenco renovado
Ok, o ala Alex vai fazer falta, mas há boas opções para a ala. Além de Gaúcho, que deverá ajudar bastante no rodízio, chegou a hora de Gui estourar – o garoto tem personalidade e talento. Após perder Jeff num primeiro momento, o clube foi atrás de três nomes para o garrafão: o experiente Mosso e os jovens André e Alex Passilongo. Os dois últimos dentro da aposta de que Guerrinha consegue extrair o máximo do potencial de atletas em formação. Já Mosso, vindo de uma temporada quase inativa, é uma incógnita. Entretanto, com o ‘retorno’ de Jeff, os três se tornam importantíssimos nomes para o revezamento e, se corresponderem, Bauru contará com um garrafão monstruoso. Com todo o respeito a Ricardo e Renato, não deverão fazer muita falta – tiveram seus melhores momentos em temporadas anteriores, no início do projeto, mas não conseguiram se firmar e foram perdendo espaço.

Variações táticas
Ao avisar que poderá aproveitar Larry na posição 2, Guerrinha dará mais experiência para Thyago Aleo e Lucas – o Paulista é um ótimo momento para isso. Já Pilar, provavelmente titular nesse início de trabalho, poderá mostrar todo o seu potencial defensivo, mas precisará render mais no ataque – e assim Alex fazer menos falta. Quando voltar da Seleção, Douglas não precisará mais assumir a posição 5, já que Jeff segue no time. Assim, caso os novos pivôs rendam, poderá até atuar de 3 em algum momento das partidas, posição em que se daria bem, por ser bom chutador. Enfim, opções não faltam para o treinador variar jogadas e adaptar-se a diferentes situações de placar.

Mais um gringo?
O sonhado ala pontuador, norte-americano,  não deverá chegar agora. Aposto que para o NBB 4, até porque só podem jogar dois estrangeiros no Paulista – e a nacionalidade brasileira de Larry, como se sabe, ainda não saiu. E é claro que um ou outro nome do elenco não vai vingar, abrindo espaço para reforços, como aconteceu na temporada passada, quando  Eddy e Júlio Toledo saíram e Pilar, Lucas e Castellón chegaram. Segundo o colega Rafael Antonio, do Jornada Esportiva, um nome cogitado para chegar no fim do ano é o do ala Teague, ex-Flamengo. Hoje, uma especulação, mas certamente um baita sonho – todos se lembram que ele arrebentou no jogo 4 do playoff das quartas do NBB, aqui em Bauru.

Panela de Pressão
Finalmente a reforma vai sair! Foi aprovada na Câmara Municipal e o texto da licitação foi publicado no dia 22/7 no Diário Oficial do município. Agora, dedos cruzados para a burocracia não dar um toco no processo. Se tudo der certo, no final deste ano o palco estará pronto para receber partidas do Bauru Basket, para alegria da comunidade basqueteira.

Atualizado: como é que eu me esqueci da vaga na LIGA DAS AMÉRICAS?! Enquanto Pinheiros e Flamengo preferiram ter mais chances de levantar a taça da Liga Sul-Americana, o Bauru Basket foi para as cabeças! O nível de dificuldade servirá para desenvolver ainda mais o time, pensando nos playoffs do NBB 4 – além de colocar os patrocinadores em evidência internacional. Ah! A escolha do Pinheiros está diretamente ligada a uma diretriz da Sky, patrocinadora que quer aliar sua imagem a troféus.

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

2 respostas em “Bauru Basket: pacotão de otimismo”

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