Pronto. Acabou a espera. O Paschoalotto Bauru anunciou a contratação do ala Alex Garcia, que deixa Brasília depois de sete temporadas. Especulado a partir das comemorações do Campeonato Paulista, quando foi citado como sonho de consumo para as ambições da Associação, desde então o atleta da Seleção Brasileira esteve na pauta. Era questão de tempo, de agitados bastidores e, claro, sigilo de todas as partes.
O Brabo tinha contrato por mais uma temporada em Brasília, mas o desejo de ficar perto da família pesou na decisão — ele é de Orlândia, a cerca de 270km de Bauru, e tem muitos parentes em Ribeirão Preto (210km). “A distância estava atrapalhando. Ficar longe da família por tanto tempo é complicado”, disse no comunicado da assessoria do Uniceub, divulgado nesta quarta. Em reconhecimento pelos serviços prestados por seu ex-capitão, a diretoria candanga não cobrou a multa rescisória.
Multa, aliás, que foi muito comentada nas última semanas como empecilho para o desfecho. Mas que não estava, em nenhum momento, nos planos da diretoria bauruense. Talvez por isso o desfecho, apesar de bastante evidente, ter demorado um pouco. Com um histórico tão significativo em Brasília, um capitão cheio de títulos e com contrato em vigor, a saída tinha que ter queda de braço, até como satisfação à torcida do Lobo-guará. O Uniceub tentou cobrir a proposta do Dragão, mas prevaleceu a vontade de Alex.
O assunto esquentou na sexta-feira (16/mai), quando o Papo com o Papa publicou que o camisa 10 estaria se desvinculando. Complementei que uma reunião na terça, entre jogador e Uniceub, selaria o adeus ao Distrito Federal e que tudo indicava, realmente, que não haveria multa — e que Alex esteve mesmo em Bauru na sexta. Ainda na terça, veio o ultimato do jogador ao Correio Braziliense: “Quero definir logo”. De fato, o anúncio veio no dia seguinte, sem multa. E o atleta será apresentado na tarde desta quarta, na sede da Paschoalotto Serviços Financeiros, patrocinadora máster do Bauru Basket.
Com contrato assinado para as próximas quatro temporadas, são grandes as chances de Alex Garcia encerrar a carreira na Cidade Sem Limites. Mas, como é um touro fisicamente, pois se cuida muito, talvez 38 anos não seja o fim da linha. Até lá, o que interessa é que ele terá muita fome de bola — e de títulos — a serviço do Dragão.
Números
Alex Garcia disputou todas as seis temporadas do Novo Basquete Brasil por Brasília. Foram três títulos, um vice e várias conquistas individuais: melhor ala (NBBs 1, 2 e 3), melhor defensor (em todas as edições!) e presente em todos os Jogos das Estrelas. Suas médias por partida: 17,1 pontos, 5,2 rebotes e 3,3 assistências, com eficiência 19. Prova de sua grande forma: seu desempenho no NBB6 foi superior: 18 pontos, 5,8 rebotes, 3,4 assistências, eficiência 22!