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Apesar da má fase, Gui Deodato segue evoluindo

Números estão a favor de Gui Deodato para ajudar o Bauru Basket nos playoffs do Paulista

Ele é, incontestavelmente, o grande talento revelado pelo Bauru Basket desde a retomada da modalidade na cidade, no final de 2007. Com o acréscimo de ser bauruense de nascimento. Em resumo, o xodó. Guilherme Deodato, o Gui, acumula prêmios individuais na liga nacional, é campeão brasileiro sub-22 e já vestiu a camisa da Seleção. Por tudo isso, a cobrança é proporcional ao entusiasmo que se criou ao seu redor.

Apesar de ter apenas 22 anos, o ala atuou em todas as edições do Novo Basquete Brasil, portanto, já não é nenhum “juvena”. Ainda mais depois de ter conquistado a titularidade com Guerrinha a partir da última edição do NBB, quando foi bastante badalado com o bicampeonato do torneio de enterradas. O salário também deu um salto significativo, num belo e estável contrato de três anos. Tudo isso numa cabeça de, repito, 22 anos. Talvez por isso ele não tenha reagido bem às cobranças, a ponto de ter um destempero em pleno jogo na Panela, quando foi para cima do colega (e amigo) Ricardo Fischer. Aceitou e assimilou a bronca, nunca deixou de reconhecer que precisa voltar a ser o Gui de antes, tudo certo. Ele está devendo, mas segue evoluindo. Os números comprovam. E é com eles que o camisa 9 pode se animar a arrebentar nos playoffs do Paulista. Confira o quadro:

 

Médias por jogo Paulista 2012 NBB5 Paulista 2013
Pontos 9,4 11,1 12
Aprov. % 3PT 40% 40% 34%
Aprov. % 2PT 71% 60% 61%
Assistências 1,1 1,5 3
Rebotes 1,7 2,4 2,9
Roubadas de bola 0,8 1,1 1,6
Minutos 21 30 32

 

Gui cabisbaixo: cena comum nos últimos jogos deve dar lugar ao sorrisão habitual
Gui cabisbaixo: cena comum nos últimos jogos deve dar lugar ao sorrisão habitual

Resumindo: Gui fica mais tempo em quadra, pontua mais, dá mais assistências, pega mais rebotes e rouba mais bolas. A única regressão é que tem chutado mais para marcar, pois o percentual de acerto diminuiu — se fechar os números nos últimos cinco jogos do Paulista, cairiam ainda mais. Portanto, é uma questão de confiança, de mentalizar o acerto, treinar ainda mais pesado os chutes. Taticamente, o Batman tem cumprido seu papel. Conta com o carinho e o apoio do time e da torcida para avançar com aqueles olhos esbugalhados, com fome de cesta, pra cima dos adversários. Muitos acreditam em você, Gui! Fogo neles!

Abre aspas
“O que a gente mais faz é apoiar o Gui. Hoje, ele é um dos maiores fisicamente, tem um arremesso bom. Ele pode não estar bem no ataque, mas ajuda na defesa. É só uma fase, todos os jogadores passam por isso. Mas ele tem uma cabeça boa, vai voltar bem pra caramba nos playoffs e ajudar nosso time”, disse Ricardo Fischer.

“O Gui não está pensando só nele. Está evoluindo e daqui a pouco vai voltar aquela confiança e ele não vai perder essa mentalidade. O Gui é um jogador em formação. Tem hora que vai bem, hora que cai. O próximo passo é a maturidade e, com essa humildade que ele está tendo, ele vai se ajeitar para ter o volume de jogo certo. Ele está contribuindo com o time”. comentou o técnico Guerrinha.

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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