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Entrevista com Josimar Ayarza, reforço do Paschoalotto Bauru

Falamos com o panamenho Ayarza, reforço do Dragão para a Sul-Americana e o NBB6

Anunciado ontem (14/out) como novo reforço do Paschoalotto Bauru, o ala panamenho Josimar Ayarza chega para aumentar o leque de opções do técnico Guerrinha, que sofreu na reta final do Novo Basquete Brasil 5 com contusões. Com números honestos* na liga argentina e pela seleção de seu país, Josimar Abdiel Ayarza Tours, 26 anos, chega para a Sul-Americana e para o NBB. E falou com o Canhota 10, confira.

Josimar é um nome comum no Brasil. Você gostaria de ser chamado assim ou prefere Ayarza?
“Já fui chamado de muitas maneiras e eu realmente não me importo se me chamarem pelo nome ou sobrenome. Entretanto, seria melhor ser chamado de Ayarza, Joe ou até Panamá. Mas o time pode decidir isso.”

Em ação pelo Panamá: 2,03m e muitas cravadas. Foto: José Jiménéz/Fiba Americas
Em ação pelo Panamá: 2,03m e muitas cravadas. Foto: José Jiménéz/Fiba Americas

Qual é o seu estilo na quadra, seus melhores atributos?
“Não sou o tipo que qualifica a si mesmo… Mas tenho algumas habilidades na manga. Tenho um tiro de três decente, sou rápido e não tenho a tendência de ser um jogador egoísta. Não tenho que fazer todos os pontos para o time ganhar. Contanto que eu possa fazer outro jogador brilhar na execução de uma jogada, tudo bem. Basquete é um esporte coletivo.”

Será sua primeira vez no Brasil. Como sua experiência vai ajudar Bauru e o que espera da nossa liga?
“Um jogador estrangeiro sempre pode trazer novidades para a equipe. Da mesma forma que eu aprendo e melhoro meu jogo. O que torna o basquete emocionante e diferente são as habilidades e os movimentos de cada jogador na quadra, o que os torna únicos. O que espero da liga é que seja organizada, pois assim o jogador pode se preparar em todos os aspectos – emocionalmente e fisicamente. Espero ganhar experiência no Brasil não somente esportiva, mas cultural também.”

Preocupa-o formar o quinteto inicial? Ou seu objetivo é atuar quantos minutos forem possíveis?
“Meu objetivo principal é jogar basquete. Como estrangeiro, acredito que serei capaz de mostrar diferentes habilidades que adquiri com o tempo. Qualquer atleta quer ser titular, mas vou deixar isso para o treinador determinar como e quando usar minhas habilidades. Vou para jogar e gosto de jogar forte pela minha equipe.”

Os torcedores de Bauru são muito apaixonados. Você gosta de “jogar junto” com a torcida?
“Como qualquer atleta, gosto de me superar e mostrar amor à torcida. Da mesma forma que eles são apaixonados, eu sou apaixonado pelo basquete. Acredito que temos que torná-los parte do nosso jogo, sem perdermos o foco do jogo em si. Uma grande parte de uma equipe é a torcida.”

*Atuando pelo 9 de Julio, na liga argentina 2012/2013, teve média de 13,7 pontos e 3,8 rebotes em 26min em quadra. Em jogos Fiba pela seleção do Panamá (Pré-Olímpico 2011 e CentroBasket 2012), números parecidos: 13,7 pontos e 4,4 rebotes. Na temporada 2011/2012 na terra dos hermanos, também pelo 9 de Julio, 14,6 pontos e 4,4 rebotes. Esteve recentemente na Venezuela, com números mais tímidos, mas em apenas nove partidas — e ninguém se firma no volátil basquete de lá.

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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