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Análise do GP da Alemanha de F1

Sem essa de título antecipado

Por Renato Diniz

O equilíbrio na disputa pela vitória em Nürburgring me faz bater novamente na tecla que venho pressionando há algum tempo: Vettel não é campeão antecipado. Estamos na metade do campeonato e (desculpem o clichê) muita coisa pode acontecer.
Além de Hamilton, o primeiro a cruzar a linha de chegada na Alemanha, Mark Webber e Fernando Alonso tiveram plenas condições de vencer. Mostra de que o trabalho das equipes no meio da temporada pode ser tão ou mais importante do que aquele do começo de ano.

Vettel teve problemas no seu carro e isso pode acontecer quantas vezes os deuses da Fórmula 1 quiserem. Ele tem como fortes adversários um bicampeão Alonso lutando pela sua honra diante dos espanhóis e ferraristas, um estabanado Hamilton tentando fugir da pecha de campeão decadente e um racional Button tentando provar que não venceu uma temporada só porque tinha o melhor carro.

Por falar nisso, Jenson é quem mais poderia ajudar Sebastian com algumas dicas. Em 2009, ano em que o inglês reinou na primeira metade da temporada com seu Brawn GP, foi preciso segurar as pontas com o crescimento visível da Red Bull sob comando de um alemãozinho atrevido, para chegar ao fim do ano com mais pontos.

Além dos três citados, Vettel também precisa conter dois pilotos sem aquela áurea de campeões, mas com muita vontade de se superar: Massa e Webber. O brasileiro deu trabalho no fim da corrida germânica e o australiano pode até chutar o balde, deixar pra lá a renovação de contrato com a equipe dos energéticos e pelo menos lutar por alguma coisa mais honrosa do que a função de escudeiro.

Enfim. Não digo que Vettel não será campeão. Mas ele vai precisar encarar todos esses adversários e, se vencer, virará um jovem bicampeão e um piloto completo.

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A Ferrari errou na última parada de Massa sim, mas não é perseguição.O prejudicado não foi o piloto brasileiro, mas Alonso, que lucraria mais alguns pontinhos de recuperação no campeonato caso Vettel permanecesse na quinta colocação. E, diga-se de passagem, nada garante que naquela volta final o atual campeão não fosse passar Felipe.

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Está cada vez mais interessante a disputa entre as equipes medianas. A pontuação mostra Mercedes e Lotus Renault na quarta e quinta posições do Mundial de Construtores com folga (78 e 66 pontos, respectivamente), mas Sauber (35) e Force India (20) têm dado trabalho às duas escuderias nos treinos e na pista.

Na briga, a Mercedes leva vantagem pelo trabalho de sua dupla. Mesmo que Schumacher ande atrás de Rosberg , sempre luta por pontos. Já as outras três têm contado com o bom trabalho de apenas um de seus pilotos: Petrov (Lotus), Kobayashi (Sauber) e Sutil (Force India).

@RenatoDiniz_ é estudante do quarto ano de Jornalismo da Unesp Bauru e atua na rádio Jovem Auri-Verde. Conheça seu blog

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GP da Malásia: Red Bull e Vettel sobrando

Por Renato Lopes Diniz

Neste momento algum jornal de um país tropical está publicando uma análise criteriosa sobre porque um alemão, correndo com o mesmo carro, consegue vencer as duas primeiras corridas do ano enquanto o piloto local não alcança o pódio. Parece um repeteco de Schumacher-Barrichello, mas se trata de Vettel-Webber.

Se na primeira corrida eu hesitei em ratificar a força da Red Bull, agora não tenho dúvidas. Outra aparente surpresa da primeira corrida se confirmou neste domingo na Malásia: a Lotus Renault terá uma grande temporada pela frente. E o pódio de Nick Heidfeld cala as críticas quanto ao seu desempenho na primeira corrida. Dessa vez, com tempo para se adaptar ao carro da equipe francesa, o alemão alcançou a terceira posição. O que Bruno Senna faria no lugar continua uma incógnita, pois o brasileiro ainda não tem experiência com o ritmo de corrida no pelotão da frente.

Ferrari e McLaren começam o ano com papel de coadjuvantes – têm muito trabalho pela frente nessa temporada. Ao pessimista Felipe Massa, um quinto lugar veio em boa hora (claro, com uma forcinha do toque entre Hamilton e Alonso, o brasileiro subiu duas posições).

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A cada corrida, me convenço de que Schumacher ganha um salário absurdo pela Mercedes. Difícil imaginar outra razão para o piloto aceitar correr no pelotão do meio (terminou no nono lugar). Aliás, a equipe alemã ainda não passou de promessa de pré-temporada.

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Faltou chover para a corrida ficar emocionante. Da metade para o fim, até que o Grande Prêmio de Sepang ganhou emoção, mas a FIA não está ajudando muito. A regra que permite alterar a asa traseira para facilitar ultrapasagens é genial, mas não faz sentido ela vir aliada a pneus pouco resistentes. Pilotos e equipes se preparam para parar três e até quatro vezes e não se programam para lutar por posições. Para quem assiste fica uma confusão, como foi a corrida deste final de semana.

Renato Lopes Diniz é estudante do quarto ano de Jornalismo da Unesp/Bauru, estagiou na 94FM e hoje atua na rádio Auri-Verde.
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