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Coluna da semana: e agora, Noroeste?

Texto publicado na edição de 7 de novembro de 2011 do jornal BOM DIA BAURU

Coluna aborda a grande interrogação noroestina e atualiza sobre o que se tem dito do Bauru Basket

Incerteza alvirrubra

A interrogação toma conta do Noroeste como uma gigante bola de neve: o presidente Damião Garcia não se manifesta, o diretor executivo Beto Souza vai buscar a bênção do mecenas em São Paulo e fica indisponível, deixando os bauruenses ansiosos por definições para o clube em 2012. É sempre assim: quando o diretor vai atrás do presidente, o Norusca se muda de Bauru…

Enquanto isso, o treinador Jorge Saran fala muito, em tom de ultimato sobre sua situação – já avisou pelo BOM DIA que não volta a comandar a base e quer uma definição hoje. Ele deixou no ar a possibilidade de Damião sair do clube – ou pelo menos a fonte do patrocínio master da Kalunga secar. Pode sim haver fogo onde há fumaça, pois Saran é funcionário do clube, deve ouvir rumores aqui e ali.

O certo é que a luz amarela se acendeu no Alfredo de Castilho. Se a coluna defende que anunciar reforços é precipitado agora – deve, no máximo, apalavrar acordos – acha por outro lado que o planejamento está atrasado. Quem será o treinador? Como será o aproveitamento da base no elenco principal? Onde ocorrerá a pré-temporada?

Outro questionamento importante: o gramado do estádio vai ser reformado? No último final de semana, recebeu competição envolvendo os garotos da parceria com a Semel. Louvável, mas, quando o judiado palco noroestino vai descansar? Não é porque o clube está na Série A-2 que precisa atuar em um campo de várzea, todo remendado de areia.

A pauta é extensa, janeiro é logo ali. Que esta segunda seja mesmo o “dia D”, não só para o futuro de Jorge Saran, mas para se conhecer os rumos que o Noroeste vai tomar para dar início a mais uma subida do ioiô. E, convenhamos, está passando da hora do presidente Damião Garcia reaparecer no clube e se manifestar – para acabar com a instabilidade ou botar mais lenha na fogueira…

Kalunga
O gerente comercial da Kalunga, Hoslei Pimenta, negou em entrevista ao jornal Valor Econômico que a rede varejista esteja à venda, conforme a revista Exame publicou em sua edição de outubro – que os irmãos Beto e Paulo Garcia estariam dispostos a vender a empresa por cerca de R$ 700 milhões. No mundo dos negócios, desmentir e despistar faz parte do jogo de mercado. Uma possível venda da Kalunga decretaria o fim da era Garcia no Noroeste? Acho que não há essa ligação direta. O que me preocupa é se a pessoa jurídica “D. Garcia Gráfica Brasil” (que não é a razão social da Kalunga) faria parte do pacote – pois aí o novo dono poderia cobrar os cerca de R$ 6,1 milhões que o Alvirrubro deve.

Papo de basquete
Precipitado especular se Guerrinha pode ser convidado a comandar Franca, que vive instabilidade após o presidente Luís Carlos Teixeira marcar a despedida do técnico Hélio Rubens para o fim do NBB 4 – o que o treinador francano desmentiu. Mais precipitado ainda é especular se Guerrinha aceitaria, focado que está na preparação do time para o nacional. Não seria a primeira vez que o treinador do Itabom/Bauru receberia uma proposta tentadora, mas é difícil imaginar que deixe o time de guerreiros, pelos menos enquanto a atual diretoria permanecer – e ela sinaliza continuar por um bom tempo. Guerrinha é a alma do Bauru Basket, é quase impossível imaginar o projeto sem ele.

Papo de basquete 2
O Canhota10.com publicou em primeira mão na última semana – e o BOM DIA multiplicou em seu portal – que o ala Weliton (do Regatas de Campinas), que defendeu Bauru no NBB sub-21, irá disputar o NBB pelo Itabom. Conforme escrevi na ocasião, a formalização é uma questão de tempo. Até o fim do ano, o jogador tem que concluir os estudos e a diretoria, levantar os recursos para sua chegada. Assim, é provável que venha compor o grupo a partir de janeiro.