Em virtude do encontro entre Milan e Auxerre pela Champions League, o jornal francês L’Equipe entrevistou Ronaldinho Gaúcho, que estreou no futebol europeu, jogando pelo Paris Saint-Germain exatamente contra o Auxerre.
Entre outras afirmações – que Leonardo o resgatou no Milan e que a cobrança é muito grande pelo alto nível em que atuou no passado, que garante ter voltado agora – o camisa 80 rossonero, ao comentar sua ausência na Copa do Mundo, saiu-se com essa: “Nenhum outro brasileiro foi melhor do que eu na Europa. Merecia ser chamado”. Aqui no Brasil, a interpretação carrega na tinta da polêmica, como se a frase falasse de todos os tempos. Somente o próprio Ronaldinho pode decifrá-la. Eu acho que ele quis dizer naquele momento, no semestre passado – quando teve lampejos, não foi regular, mas realmente ninguém da Seleção estava arrebentando.
O dentuço pode mesmo se colocar entre os melhores brasucas na Europa em todos os tempos, mas divide essa honra com Evaristo de Macedo, Julinho Botelho, Romário, Ronaldo e Roberto Carlos, entre outros.
Seus lances geniais pelo Barcelona entre 2004 e 2006 eram de emocionar. O ápice ocorreu no Santiago Bernabéu, quando a torcida do Real Madrid o aplaudiu de pé, após dois golaços na casa do rival.
Sou fã de Ronaldinho e irei torcer por ele até que se aposente. Talvez por isso eu me conforme com os raros momentos de magia que nos proporciona hoje.