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Opinião sobre o polêmico jogo em Assis

Time atende solicitação da Liga e deixa de jogar com Paulistano na Luso

Time atende solicitação da Liga e deixa de jogar com Paulistano na Luso

Ao final da partida contra Limeira (derrota por 97 a 94 na Luso, dia 25/1), Guerrinha foi questionado pelo repórter Thiago Navarro, do Jornada Esportiva, sobre a alteração de datas e horários das partidas contra Pinheiros e Paulistano – este para 11/2, às 16h, em Assis – em acordo logístico entre clubes, Liga e TV. No dia anterior, Assis virá jogar em Bauru contra o mesmo Paulistano, fazendo a preliminar de Bauru x Pinheiros (19h).

O treinador aprovou a mudança pensando na visibilidade das duas partidas televisionadas pelo Sportv. Em seguida, o diretor financeiro Eder Poli comentou que, financeiramente, por causa da renda, o time sai perdendo, mas que entendia que um não, nesse momento, poderia significar menos jogos na TV adiante. Para compensar, afirmou que tentará patrocínio de ocasião na camisa de Guerrinha para trazer verba para o clube – que fique claro.

Entendo o posicionamento de torcedores, obviamente lesados por ter sido subtraído deles o direito de apoiar o time contra o Paulistano. Também é forte o argumento do Rafael Antonio, do Jornada, de que os clubes precisam se valorizar mais perante as exigências da TV. Mas há um outro lado: talvez o momento seja de ceder agora – dar um passo para trás que renda dois para frente no futuro.

Por mais que os clubes não recebam cotas de TV, não se pode esquecer de que a Globo é a gestora da marca NBB e, não fosse ela, talvez o campeonato – que está reerguendo o basquete nacional -, não existisse. Foi ela, Globo, quem fechou os patrocínios de Caixa e Eletrobras, fundamentais para a sobrevivência da Liga – e, não se iluda, não é muita grana para alguém questionar um rateio entre os clubes. Mal pagaria o salário do Ronaldinho Gaúcho no Flamengo…

Por mais que não haja significativa audiência às 16h de uma sexta-feira, certamente o patrocinador tem retorno de mídia (minutos em que a marca aparece correspondem a significativa economia em gastos com publicidade – o que a Itabom gasta por mês com o time de Bauru é irrisório perto do que gastaria com tempo semelhante em publicidade na TV, mesmo a paga). E, é claro, o patrocinador investe no time para ter retorno, que vem dessa visibilidade. Elementar…

Se os clubes avaliarem ser um mau negócio, que não repitam. Mas não vejo a experiência como danosa para o Bauru Basket. E é isso mesmo: experiência. Só fazendo para ver se dá certo.

Repito: os torcedores têm todo o direito de reclamar. Mas, de tão apaixonados que são pelo Bauru Basket, acabarão por compreender. Afinal, a Itabom sai ganhando com a rodada dupla. E sem a Itabom, nada feito, certo?

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

4 respostas em “Opinião sobre o polêmico jogo em Assis”

Acho que é complicado pra nós torcida um jogo da nossa equipe em Assis. Sabemos que devido a rivalidadee, ao invés de um jogo em casa, será um jogo fora, pq a torcida de Assis será 100% Paulistano, assim como qdo eles jogarem aqui. Ma realmente visando patrocinadores a idéia é boa… 2 jogos seguidos sendo televisionados.
e Se é bom pro Bauru é bom pra nós… apesar dos apesares.

acredito que essa rodada dupla vai ser boa embora o mando em casa do bauru basquete fica prejudicado pois a torcida aqui faz o time jopgar como mais vontade ok by

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