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Larry reencontra torcida do Bauru e enfrenta Guerrinha: “Foi difícil me despedir dele”

Armador Larry Taylor ‘desaposenta’ a camisa 4 hoje, contra o Mogi das Cruzes, time do treinador com quem mais trabalhou na carreira. Confira entrevista do Alienígena ao CANHOTA 10.

retranca-bauru-basketHoje é dia de festa. 1 de agosto. Aniversário de Bauru (122 anos). Dia de um bauruense ilustre — afinal, sua versão brasileira “nasceu” aqui — voltar a vestir a camisa do Dragão. A sua camisa, número 4, só dele. Para esse momento (a partir das 18h, contra o Mogi das Cruzes), o ginásio Panela de Pressão estará cheio . Os ingressos das arquibancadas se esgotaram — parabéns à diretoria pela iniciativa do preço popular. Todos querem ver o novo elenco de perto, mas, sobretudo, querem ver LARRY TAYLOR novamente em ação pelo Bauru Basket. Falei com o Alienígena sobre seu retorno, seu entusiasmo e também como foi a despedida de seu ‘pai’, Guerrinha, com quem esteve nos últimos anos em Mogi — e tantos outros na Cidade Sem Limites — e que hoje será oponente.

Quando é que você decidiu voltar? Como foi esse contato e como encara essa nova oportunidade de defender a cidade onde você ‘nasceu’ no Brasil?
Eu sempre quis voltar para Bauru, a cidade onde comecei a jogar no Brasil. Quando acabou o campeonato [NBB 10], os caras entraram em contato comigo — Beto, Joaquim, Vitinho, Dema… Marcamos uma reunião e estávamos com a mesma vontade. Foi o momento certo de retornar para casa. Dei minha palavra a eles e hoje estou aqui.”

E como foi avisar ao seu ‘pai’ Guerrinha sobre sua saída?
Foi difícil. Porque o Guerrinha não foi só meu técnico. Temos um relacionamento muito bom, tanto que as pessoas brincam que ele é meu pai. Nossa relação é especial, foi difícil me despedir dele, mas eu falei que era minha vontade voltar, ele entendeu. Conversamos de boa e isso não vai atrapalhar em nada nossa amizade.”

Na última temporada, você esteve muito acima, técnica e fisicamente, da anterior. Foi um desafio pessoal, uma resposta? E é esse alto nível que podemos esperar aqui em Bauru?
Eu queria fazer uma temporada melhor, era meu décimo NBB e nunca fui campeão. Isso ficava todo dia na minha cabeça, ‘quero ser campeão’. Desde o Paulista, comecei a treinar mais e de forma diferente, mudei minha dieta… Acabamos batendo na porta, mas não aconteceu. Eu vejo toda a força que fiz nos treinos e valeu a pena. Vou continuar no mesmo caminho e fazer o possível para ser campeão.”

Como foi a primeira visita de seu filho Joshua ao Brasil? Imagino o tamanho da sua felicidade por ele conhecer o seu mundo…
Ele ficou comigo aqui duas semanas. Ficou viciado em paçoquita! Toda noite ficava jogando videogame comigo comendo paçoquita e tomando aquela bebida de Nescau [tipo Toddynho]. Ele também gostou bastante de ir a churrascarias. E conseguimos ir a Brotas, foi minha primeira vez lá também, muito bacana. Fui levá-lo de volta aos Estados Unidos e já estou sentindo falta dele, de quando eu chegava do treino e ficávamos conversando, jogando videogame — estou bravo porque a última vez que jogamos ele ganhou e não tive revanche! Mas ele gostou bastante e fiquei muito feliz.”

 

Foto: Victor Lira/Bauru Basket

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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