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Itabom/Bauru vence na estreia do NBB 4 sem empolgar

Direto da Luso

O placar até que foi folgado (91 a 77), mas o time não jogou bem contra Vila Velha – a ponto de irritar tanto o técnico Guerrinha que ele deu uma baita bronca no vestiário após a partida.

Por enquanto, digo que foi frustrante não poder ver a estreia de Nathan Thomas, que teve problemas na documentação. Que Larry anotou um triplo-duplo (dez pontos, dez rebotes, 12 assistências).

Outra nota bacana do jogo foi a volta de Thyago Aleo, recuperado de lesão no púbis. “Senti a falta de ritmo de jogo e não podia perder aquela bola sozinha. Mas tudo isso é vontade, treinei a semana inteira e queria mostrar alguma coisa nesses cinco minutos. Acho que fui bem, fui para cima e quero melhorar”, disse o camisa 5.

A seguir, entrevista com Guerrinha sobre a estreia:

Apesar da vitória tranquila, o time não empolgou…
“A vitória não acrescentou nada. Não gostei do jogo e conversei com os jogadores. Dificilmente entro em vestiário após jogo… Se a gente quer algo mais no campeonato, temos que mudar muita coisa. Melhorar a parte defensiva, principalmente os pivôs, o revezamento está muito fraco. Apenas Larry, Fischer e Douglas jogaram bem, os demais ficaram devendo. O Alex mostrou qualidade, mas entrou como décimo-primeiro homem… E alguns até ‘mamaram’ em cima do time. O placar mostrou um time sem força, sem pegada. Esse não é o nosso time. Tudo bem, é uma estreia, mas só pode errar como o Thyaguinho errou, por excesso, mas não por falta.”

Não se pode falar em falta de ritmo do time, com exceção do Aleo, por causa da saída do Paulista. Estão sobrando fisicamente…
“Sim… Falta atitude! É jogador que acha que já é jogador, que olha para o outro time e acha que pode ganhar quando quiser. Quem paga o ingresso e vem aqui quer ver o máximo. O torcedor tem razão de não gostar. Eu saio frustrado daqui hoje. Falei para eles: se tiver que elogiar alguém, é o o time de Vila Velha,. montado há um mês. O importante foi a vitória e vamos ver se a gente aprende com esse jogo.”

Com o início do campeonato, podemos considerar que Brasília e Flamengo estão acima, Pinheiros forte também, e Bauru num miolo de forças médias?
“Isso tudo na teoria. Ano passado o Flamengo estava melhor e Franca fez a final; Brasília foi campeão, mas terminou a classificação em quarto. Acho que, na prática, muita coisa vai mudar. Não existe zebra no basquete, mas existe jogador machudado, time que se encaixa… Nós mesmo sempre crescemos na virada do primeiro para o segundo turno. As equipes se prepararam e nosso time é modesto. Ano passado ficamos em quinto na superação. Ficamos em terceiro no Paulista, com gostinho de ir à final, mas também na base da superação. Na realidade, era para termos ficado em quinto ou sexto lugar. Mas a gente sempre se supera e surpreende.”

Ficou a frustração de não ver o Nathan Thomas, mas também não podemos criar muitas expectativas sobre ele, certo?
“De forma alguma. Ele não tem a capacidade do Larry ou o arremesso do Fischer. Mas é um jogador voluntarioso e disciplinado, que pode acrescentar muito. Mas não é um Shamell, um Marquinhos… Pode fazer outras coisas boas, pra motivar o time, mas… Se perguntar porque trouxemos, digo que é o que temos. Estamos trocando seis por meia dúzia devido a nossas dificuldades, de vender o almoço pra comprar o jantar.”

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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