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Paschoalotto Bauru x Flamengo: um dia que vale por sete anos

Paschoalotto Bauru tem um encontro marcado com seu sonho de decidir o NBB, contra o Flamengo

NBB-finalChegou a hora. A sonhada final do Novo Basquete Brasil para um time que buscou esse momento por sete anos. Que tem uma trajetória calejada, por mais que desavisados pensem ser um fenômeno recente — nas provocações feicebuqueanas, flamenguistas falam de Bauru como se fosse uma pancada de chuva. Não, senhores. É uma garoa perene que, de tanto regar, gerou colheita de troféus.

Nesta terça-feira, às 21h (transmissão Sportv e Auri Verde 760AM/Jornada Esportiva), a Associação Bauru Basketball Team, que em outros tempos já viajou para o Rio de Janeiro de busão e com elenco reduzido para economizar na hospedagem, tem um encontro com seu sonho. O leitor/torcedor há de perguntar: o campeão sul-americano e das Américas sonha tanto com esse degrau abaixo? E como. Porque o DNA do time é a Liga. É um dos fundadores e encarou o desafio de disputar um nacional com estrutura para Torneio Novo Milênio… O renascer do basquete brasileiro coincide com o retorno da modalidade na Cidade Sem Limites.

O torneio está maduro, o Bauru idem. Projeto que engatinhou com GRSA, aprendeu a andar com a Itabom e virou gente grande com a Paschoalotto, que embarcou pesado porque chegou a sua mesa uma estrutura consistente — e convincente. De pessoas que gostam de basquete, gostam de Bauru, mas não agem como amadores. Pelo contrário, o profissionalismo e o comprometimento, mesmo de diretores voluntários, é a marca da Associação.

Esse sonho do NBB, que fique claro, já está concretizado nessa decisão. Ganhar ou perder é do jogo, ano que vem tem mais e esse timaço de contratos longos estará em novas finais. E não é papo de “importante é competir”, vá falar isso para o Brabo… É só uma constatação que precisa de registro. O Paschoalotto Bauru Basketball Team é exemplo que merecia muito mais manchetes. E que mesmo à sombra de um gigante chamado Flamengo, o inevitável chamariz dessa decisão, vai deixando seu recado. Até porque, agora, Bauru não é Davi. Golias vai ter um Dragão pela frente.

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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