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Paschoalotto Bauru recupera autoestima em boa vitória sobre Franca

Alienígena Larry Taylor ataca Franca novamente e Paschoalotto Bauru volta a vencer no NBB 6

O campeão voltou? Pelo menos no último quarto da vitória por 87 a 72 sobre Franca, certamente. Para quem teve que correr atrás do placar durante boa parte do jogo, o sprint final dos bauruenses foi de encher os olhos, com direito a atuação de gala de Larry Taylor. Após quatro derrotas seguidas, o Paschoalotto Bauru deixa a zona de rebaixamento do NBB 6 e, tomara, inicia a retomada rumo aos playoffs. Agora, são quatro vitórias em 12 jogos, mas há muita pedreira pela frente. Pelo menos, o peso saiu das costas. No primeiro tempo, dava para perceber que a bola pesava uma tonelada, que não faltava vontade, mas os vacilos estavam lá, minando as unhas da torcida. Até que Larry e Ricardo, até então sumidos — não só na partida, mas nas últimas semanas — entraram em ação. Franca foi advesário duro, mas novamente sucumbiu na Panela. Agora, os guerreiros vão ao Centro-Oeste, encarar Brasília (16/jan/qui, 20h) e Goiânia (18/jan/sáb, 17h). Dá para voltar com pelo menos um triunfo de lá… Por enquanto, vale celebrar, mandar a zica pra longe.

O jogo
Foram três ataques errados até que Larry abriu a contagem do jogo, a primeira bola das muitas que ele faria morrer na redinha. O time começou ligado, com crava de Tischer, vibração de Guerrinha, roubo de bola do Alienígena. Mas logo começaram os chutes precipitados do lado bauruense, enquanto os francanos não desligaram, nas mãos certeiras Léo Meindl e Lucas Mariano — que guardou no estouro do cronômetro e colocou os visitantes na frente: 21 a 22.

No segundo período, Bauru só foi pontuar a 6min56. Com chute de três de Fischer, tentou encostar, mas perdia muitas bolas. Ao pedir tempo, Guerrinha poupou os pupilos de bronca, eram nítidos os erros pela má fase, não por relaxamento. Larry se desdobrou nas roubadas, Tischer recuperou bola deitado no chão. Mas o esforço não foi suficiente para evitar nova derrota parcial (16 a 20) e a ida para o intervalo com cinco pontos a buscar: 37 a 42.

Assim que começou o terceiro quarto, Tischer desperdiçou passe e Figueroa, em noite inspirada, fez mais uma de três e Franca abriu 11 pontos. E foi outro erro que ajudou a inflamar a torcida e o time. Mathias perdeu bola boba, mas voltou à defessa e deu lindo toco. A galera acordou com o time, que começou a tirar a diferença e virou a 2min10, em cestas Tischer, Murilo e Larry, sempre assistidos por Ricardo. Aos gritos de “o campeão voltou”, o Paschoalotto venceu a fração (29 a 22) e foi para a hora H na frente: 66 a 64.

Aí, começou o show. A defesa funcionou e Franca ficou intermináveis minutos sem pontuar. O Dragão imprimiu uma sequência forte, primeiro com cinco pontos de Tischer, depois só deu a dupla de armadores. Com nove pontos de Larry e sete de Ricardo no período, a 5min do fim a vitória se configurava, mas a apreensão só se transformou em alívio no minuto final, aos gritos de “olé!”. E dá-lhe arerê para extravasar e celebrar o quarto perfeito, vencido por 21 a 8, que fechou a vitória por 87 a 72.

Números
Larry Taylor: 28 pontos, 5 rebotes, 4 roubadas
Ricardo Fischer: 17 pontos, 11 assistências
Lucas Tischer: 11 pontos, 6 rebotes
Murilo Becker: 10 pontos, 10 rebotes

Fala, Guerrinha
“Hoje, a gente teve uma resistência mental muito grande, no sentido de continuar trabalhando, acreditando. Franca fez excelente partida, chegou a abrir 11 pontos. Mas a gente não se perdeu, foi revezando, trabalhando e conseguiu essa vitória com mérito da defesa. A gente sabia que ia sofrer por esse tempo parado, pelo descanso que tivemos que dar depois dos 48 jogos no semestre passado, o que teve um peso grande na parte física, mas na mental, foi ótimo. O mais importante foi jogar contra um adversário em bom momento e um resultado desse dá mais confiança para continuarmos trabalhando. Foi aquele carimbo de que os jogadores estão trabalhando certo. Vamos melhorar parte física e tática. Os únicos que estão cem por cento fisicamente, hoje, são o Gui e o Ayarza. O Murilo ficou 20 dias sem treino e há dez dias está dormindo mal em cama de hospital, com a mulher com problema na gravidez. Ele fez uma doação muito grande para o time, que está todo com ele. Não deu para fazer uma minipré-temporada, mas com a sequência dos jogos, e o espírito que o time está, isso vai se traduzir numa melhora. Vai melhorar muito ainda para chegar bem no playoff”, comentou o treinador.

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Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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