Meninos a conta-gotas
Há muito tempo o torcedor noroestino não sabia o que era vencer partidas consecutivas. Desde abril do ano passado, pra ser exato, na reta final da Série A-2. A diferença é que aquele time que conquistou o acesso não tinha um futebol vistoso, enquanto este Norusca do segundo semestre de 2011 tem, pelo menos, boas intenções com o espetáculo.
Atualmente, é muito difícil dizer o que é jogar bonito, pois a referência é cruel: o Barcelona. Mas, na minha convicção, a beleza está na objetividade e no volume ofensivo. Quem ataca, quem busca o gol tem compromisso com o bom futebol. E o Alvirrubro atual vai pra frente – pelo menos no Alfredão, quando o vi jogar, pois sei que passou sufoco em Santa Cruz do Rio Pardo na última quarta-feira. Mesmo assim, fez uma pintura de gol, o segundo, na bela tabela entre os garotos Vitor Hugo e Felipe Barreto – quem não viu no YouTube (disponível no site oficial do Noroeste), veja!
Desde que assumiu o Noroeste, o treinador Jorge Saran deixa as pistas de como o time deve se comportar para vencer, além de buscar o gol: comprometimento, brio e pegada. Aos poucos, com a confiança das vitórias, o elenco vai ficando mais ligado em campo, o famoso “sangue nos olhos” que não se via no Paulistão. Atribuir toda essa vontade à molecada que está chegando? Também. Mas não se pode descartar a disposição de Marcelinho, Gustavo, Altair e Adilson, quatro canhotos que são a referência para os que estão subindo – em especial os dois últimos, jogando pela redenção. E estou ansioso para que o volante Tales complete sua recuperação física.
Está claro que as chances aos meninos formados na base serão cada vez mais frequentes, isso é bacana, mas o esquema conta-gotas de Saran parece mais prudente. Na última partida, contusões o obrigaram a acelerar o processo e, que bom, Mariano e Vitor Hugo corresponderam. Os próximos da fila: o lateral-direito Mizael, o zagueiro Magrão e o meia Dwann.
Já os reforços ainda precisam mostrar serviço. O zagueiro Bruno Lopes vai se firmando, mas ainda gera sustos; o meia-atacante Renam, machucado, corre contra o tempo para mostrar que pode continuar em 2012; e o centroavante Anderson Cavalo, que vive de gols, precisa logo desencantar.
Colheita tardia
Felipe Barreto, joia da base noroestina, saiu daqui quando Fernando Garcia ficou com os direitos federativos de alguns jogadores do clube como contrapartida do dinheiro que investiu em 2009 (ano de rebaixamento). Sem espaço no Palmeiras, o meia precisava de uma vitrine e o Noroeste era o lugar mais óbvio. Sorte alvirrubra. O menino joga cadenciado, tem visão de jogo, bom passe e pontaria na bola parada.
Devagar e sempre
O título de capitalização “É Goool!” do Noroeste vendeu mais 30 bilhetes desde a última apuração da coluna. Até a noite de sexta-feira, constava no site do jogo uma arrecadação de R$ 765. Sigamos acompanhando a lenta evolução dessa fonte de receita para o clube. No total, uma conta simples: 255 adesões até o momento. Bem menos do que os famosos “mil e poucos” noroestinos fiéis.
No Oriente
O atacante Diego já foi apresentado oficialmente como reforço do Suwon Bluewings, da Coreia do Sul. Apareceu no site oficial do clube e no da Confederação Asiática de Futebol, além de vários noticiários esportivos por lá. O cabeludo será o único brasileiro no elenco, após a rescisão de contrato do centroavante Marcel (ex-Vasco e Santos).
Papo de basquete
Não é mero otimismo de torcedor, acho mesmo que o Itabom/Bauru vai para as cabeças nessa temporada, a começar pelo Paulista. Trazer troféu são outros quinhentos, mas certamente os guerreiros serão ainda mais respeitados e temidos. Olho em Pilar e Luquinha: vão encantar a torcida com sua entrega em quadra.
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Parabéns, Bauru! E obrigado por me acolher há 12 anos.