O que era inimaginável no início do campeonato, agora está perto de se realizar: o Bauru Basket terminar a fase de classificação entre os quatro primeiros. E não é por fragilidade dos adversários, pois esta quinta edição do NBB5 está muito disputada. Se levarmos em conta o desdobramento de um elenco reduzido, a façanha é ainda maior. Gosto de ponderar antes porque, se não conseguir, merece elogios do mesmo jeito.
Lá no Espírito Santo, vitória daquelas obrigatórias, mas não sem dificuldades, pois Vila Velha já aprontou algumas em seu ginásio. Mas foi um triunfo maduro, comandando o placar o tempo todo. Quando os capixabas encostavam, Guerrinha pedia tempo e recobrava o foco.
O cestinha bauruense, Gui, voltou a pontuar em dois digítos depois de três jogos. Ótima notícia, pois a equipe precisa muito que todo o cinto de utilidades do Batman funcione. Ele vinha bem na defesa, mas tímido no ataque. Hoje, voltou a arrepiar, guardando cinco bolas de três (de sete tentadas).
O Dragão encerra sua participação na temporada regular do nacional jogando em Belo Horizonte, contra o Minas, dia 11. Páreo duro, mas novamente vencer é única condição para perseguir o inédito quarto lugar — que virá, além de passar pelos mineiros, se Franca perder um de seus três últimos jogos.
Números, além dos 23 pontos de Gui
– Larry Taylor: 18 pontos, 4 rebotes
– Ricardo Fischer: 13 pontos, 4 rebotes, 5 assistências
– Coleman: 11 pontos, 6 rebotes
– Pilar: 10 pontos
– Andrezão e Jeff Agba: 7 pontos cada
Aspas (entrevistas ao onipresente Rafael Antonio, do Jornada Esportiva)
“A gente treinou a semana inteira forte. Eles não têm mais objetivos, mas nós temos. Focamos o jogo inteiro e conseguimos sair com essa vitória importante”, comemorou Ricardo Fischer.
“Falta mais um jogo. Queremos terminar no G-4 e temos que ganhar do Minas. O jogo não foi fácil, eles ganharam de Uberlândia e Brasília aqui…”, comentou Larry Taylor.
“Consegui fazer minha função e ajudar o time a ter tranquilidade no último quarto. Agora é trabalhar forte para vencer em Minas e torcer para Franca perder um”, disse o pivô Andrezão.
“Foi uma vitória tão importante quanto ganhar do Flamengo no Rio. Quem tem uma derrota nesse momento, paga caro. Se não abríssemos 15 pontos no segundo quarto, teríamos dificuldades. Eu acredito muito que podemos sair com uma vitória de Minas. Se vamos ficar em quarto ou não… Vamos cuidar da nossa casa e deixar os vizinhos com os problemas deles. Essa briga mostra o equilíbrio do campeonato”, avaliou o técnico Guerrinha.
Clínica
Guerrinha passou sua experiência à molecada do clube Cetaf, em clínica realizada na tarde dessa quinta. O projeto “Arremessando para o futuro” já havia contado com a colaboração de Lula Ferreira, treinador de Franca. Mais uma iniciativa pelo futuro do basquete.