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Coluna Papo de Futebol da semana

Texto inclui entrevista exclusiva com Washington, o Coração Valente

Texto inclui entrevista exclusiva com Washington, o Coração Valente

Publicado na edição de 10 de outubro de 2011 do jornal BOM DIA BAURU

Dois pontos perdidos

A conta é simples. O Noroeste tem que recuperar, fora de casa, os dois pontos perdidos na estreia da segunda fase do Copa Paulista. De preferência, contra o próprio Paulista, quando for a Jundiaí. Antes, há o desafio de voltar a Itu (palco do recente rebaixamento…) e duas partidas seguidas contra a Ferroviária.

Logo de cara, o Norusca sentiu que as babas da primeira fase ficaram para trás. Daqui em diante, só pauleira. Os adversários não vão cochilar enquanto o árbitro não apitar o final da partida – ao contrário do apático XV de Jaú, que se arrastou em campo na última rodada da primeira fase, torcendo para o jogo acabar logo.

O curioso é que o gol noroestino saiu em jogada de dois jogadores que, a princípio, disputam posição: Altair e Da Silva. O primeiro joga mais cadenciado, prioriza o passe; já o segundo é mais veloz e finalizador. Com o menino Vitor Hugo ainda tentando encontrar a forma ideal de jogar no ataque, Saran poderia experimentar Da Silva fazendo dupla de frente com Cavalo, devolvendo a Altair a posição de titular no meio.

Leite derramado
Injusta ou não, a expulsão de Tiago Ulisses é passado, bola pra frente. Aliás, revi dezenas de vezes o lance do gol do Paulista e nada vi, só mesmo uma falta inexistente na jogada original justifica a reclamação noroestina, que será formalizada junto à Federação. O máximo que o clube conseguirá é um “sinto muito”, como ocorreu no Paulistão. A ouvidoria de arbitragem da entidade, em fevereiro último, reconheceu que o árbitro Flávio Guerra errou ao não marcar dois pênaltis para o Alvirrubro na partida contra o Corinthians. Nem por isso o juiz deixou de ser escalado em outras duas rodadas: nas derrotas para Palmeiras e Oeste.

Mais rubro
Semanas depois de a coluna estranhar que o uniforme oficial do Noroeste é todo branco, o time estreou nova vestimenta no último sábado. Agora há uma faixa vermelha na altura do peito, seguida de outras listras mais finas na mesma cor. E no lugar dos calções e meiões brancos, vermelhos. A nova camisa não foi lançada, sequer em comunicado à imprensa.

Papo de basquete
A rodada final da chave B do Campeonato Paulista será nesta terça-feira, mas já está definido o adversário do Itabom/Bauru nas quartas-de-final: Mogi, que não pode ultrapassar o Paulistano, terceiro. Na prática, um duelo com mais cara de playoff, com maior tensão, já que Mogi tem uma torcida apaixonada, enquanto o Paulistano, a exemplo de Pinheiros, tem audiência reduzida.

De goleador a vereador
A coluna entrevistou o ex-centroavante Washington, que se aposentou no início deste ano após ser campeão brasileiro com o Fluminense. O Coração Valente se prepara para entrar na política – pretende se candidatar a vereador em Caxias do Sul-RS – enquanto toca a vida de empresário da construção civil e de palestrante motivacional. Mas já sente saudade dos gramados. “Por incrível que pareça, sinto até saudade da concentração [risos]. O que mais sinto falta é da energia da torcida nos estádios e, é claro, da emoção única que é marcar um gol. Ainda sonho com esses momentos, são coisas que nunca esquecerei”, conta.

Diabético e com histórico de problema cardíaco – já fez procedimento para desobstruir uma artéria –, o maior goleador de uma única edição do Brasileirão (34 gols, em 2004) avisa que está muito bem. “Jogo meu futebol sempre com os amigos, frequento a academia e jogo tênis. Controlo minha alimentação como todos deveriam fazer e posso dizer que minha rotina é bastante saudável”.

Perguntado sobre o zagueiro mais complicado que enfrentou, Washington cita Fábio Luciano e Thiago Silva. Já os melhores companheiros de ataque foram Dodô e Dagoberto.

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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