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Pra não esquecer: Gocil Bauru sofre dura derrota para o Paulistano

Atuando na capital e perdendo precocemente Alex e Meindl, Gocil Bauru Basket cai feio na capital

retranca-bauru-basketEu já escrevi isso outras vezes: é um jogo para se lembrar. Certamente, menos do que gastam o clichê “uma noite para esquecer”. Tem é que lembrar, rever os erros, atacá-los, ter a consciência de que mesmo a ausência de dois titulares (os alas Alex Garcia e Léo Meindl, contundidos durante a partida) não pode ser suficiente para explicar uma derrota tão categórica. O Paulistano bateu o Gocil Bauru Basket por inapeláveis 90 a 66.

Parêntese: o Brabo sentiu um incômodo no pé direito no primeiro minuto da partida; Meindl sofreu um entorse no tornozelo direito. Eles serão avaliados nesta quinta-feira, em Bauru.

Justo na noite em que o time acertou todos os lances-livres que tentou (13), o jogo interno não funcionou. Foram apenas 27 pontos tentados na zona de dois pontos e incríveis 37% de aproveitamento… Sintoma dessa noite infeliz: apenas seis pontos de Hettsheimeir, Jefferson pontuou apenas nos triplos e Shilton e Maicão saíram zerados. Gui Deodato destoou, provando seu novo momento nessa segunda passagem pelo Dragão, buscando protagonismo. Valtinho também acumulou números honestos.

A sacudida na poeira será na marra mesmo: Bauru visita a Liga Sorocabana na sexta (18/nov), às 20h. E a LSB, nesta mesma quarta-feira, superou Franca por 87 a 66 (!) jogando em casa. Barbas de molho, desde já. Este NBB 9, aliás, será de muitos times cascudos atuando em casa. Quem for a Salvador achando que vai bater o Vitória, por exemplo, vai ter que suar muito!

Então, guerreiros, hora de muita conversa, treino dobrado, porque o NBB já começou.

ABRE ASPAS

“É pra gente lembrar desse jogo, ver o que a gente está errando e evoluir. [Alex e Meindl] são dois jogadores titulares da equipe que fizeram muita falta para nós”, disse o ala-pivô Jefferson William, em entrevista ao repórter Chico José (Auri-Verde 760AM/Jornada Esportiva).

Gui: boa atuação destoou
Gui: boa atuação destoou

“Infelizmente, ficamos devendo fisicamente, foi o que fez a diferença. Faltou disposição, correr mais. Tomar 22, 23 pontos no quarto é muito. Sentimos sim a falta do Alex e do Léo, mas se nosso time jogasse um pouco mais fisicamente, ganharia o jogo. O Paulistano teve mérito, agora vamos seguir nossa caminhada. Eu estou treinando, vou dar meu melhor para Bauru, seja fazendo 21 pontos ou zerando e defendo uma bola importante”, falou o ala Gui Deodato.

“É uma derrota que não estava prevista, difícil de digerir. Temos que juntar tudo o que aconteceu nesse jogo, ver as condições dos jogadores que se lesionaram e fazer uma análise muito fria para já reverter na sexta-feira uma situação que incomoda a gente. O resultado fala mais do que eu: o time se abalou, sentiu, sabe que são dois jogadores de confiança, mas não podemos ficar lamentando isso. Temos que assumir os erros, melhorar, não adianta ficar lamentando”, comentou o técnico Demétrius Ferracciú, com voz nitidamente abatida, mas com análise lúcida, sem chorumelas.

“Foi um lance diferente, eu estava com os dois pés no chão, e senti uma dor estranha no pé. Vamos fazer exame amanhã cedo para ver se tem alguma lesão para já tomar providências para a recuperação”, relatou o contundido Alex Garcia.

“O pé inchou um pouco, eu pisei no pé do menino do Paulistano. Mas acho que não vai ser nada muito grave e logo estou e volta. Derrotas assim não podem acontecer, mas são acasos do basquete. Agora é treinar e correr atrás”, disse o ala Léo Meindl, outro a princípio de molho.

NUMERALHA

Gui Deodato: 21 pontos, 7 rebotes, 2 tocos
Valtinho: 10 pontos, 7 rebotes, 5 assistências
Jefferson: 9 pontos, 3 rebotes, 2 assistências
Gegê: 9 pontos, 2 rebotes, 3 assistências
Hettsheimeir: 7 pontinhos, 8 rebotes, 2 roubos
Gui Santos: 6 pontos, 2 rebotes, 1 assistência
Léo Meindl: 4 pontos
Shilton: 6 rebotes
Maicão: 3 rebotes
Stéfano: 1 assistência

 

Fotos: Caio Casagrande/13 Comunicação/Bauru Basket

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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