Categorias
Noroeste

Raio-X de Da Silva

Zagueirão de 29 anos é canhoto e disputou os últimos quatro Paulistões

Nos últimos dias, a CBF tirou do ar, de seu site oficial, a informação acumulada de contratos individuais de jogadores. A consulta do BID, agora, apenas por movimentação diária. O que isso tem a ver com o zagueiro Da Silva, reforço noroestino para a zaga? Comprometeu minha pesquisa para dar um exato panorama de sua carreira. Ok, isso não vai mudar o preço do dólar, mas deixa o raio-X do Canhota 10, habitualmente tão detalhado, impreciso.

Enfim, vamos ao canhoto defensor Jedson da Silva Macedo, paulistano de 29 anos (nascido em 16/2/1981) que mede 1,88m e pesa 86kg.

Até 2000
Formado na base do Corinthians, ganha alguns torneios sub-17 e sub-20.

2001
Disputa a Taça SP de Juniores, sua última antes de se profissionalizar, pelo São Paulo.

2002 e 2003
Emprestado pelo São Paulo, passa pelo futebol goiano. Pesquisando aqui e ali, o destino parece ter sido o Vila Nova, apesar de seu procurador afirmar que Da Silva jogou no Anápolis em 2003 e foi campeão goiano – na verdade, o Goiás venceu o Estadual daquele ano.

2004
Ainda atleta do Tricolor paulista, vai para o São Paulo Liaoning – uma espécie de filial do clube do Morumbi -, para disputar a terceira divisão da China. O elenco, treinado por Nei Pandolfo (ex-zagueiro do Brangatino nos anos 1990), conta somente com Da Silva e o atacante Ethie provenientes do clube; os demais são garimpados em peneiras.

2005
Passa pelo Internacional de Santa Maria, que disputa a segunda divisão do Campeonato Gaúcho.

2006
Novamente no Vila Nova. O clube goiano chega à semifinal do Estadual e escapa do rebaixamento para a Série C nacional, ficando em 15º lugar na Segundona.

2007 a 2009
Começa um período longevo defendendo Bragantino. De cara, em 2007, chega às semifinais do Paulistão e conquista a Série C do Brasileiro.
Em 2008, ajuda o Braga na 13ª posição do Estadual e na boa sétima colocação na Série B.
Em 2009, atua 23 vezes pelo Massa Bruta (cinco no Paulistão e 18 na Série B), marca dois gols e termina a temporada com 13 cartões amarelos e duas expulsões.

2010
Algumas estatísticas o confundem com zagueiro homônimo (ex-Juventude-RS), que vai para o Anapolina-GO no início do ano. Nosso Da Silva segue firme e forte na estreia do Bragantino no Paulistão – atua dez vezes, faz um gol no Rio Branco (sexta rodada) e lesiona o tornozelo na 12ª rodada. Volta a atuar na Série B e, duas partidas depois, é emprestado ao Sport Recife em julho.
Sua permanência no Leão da Ilha é meteórica. Atua apenas quatro vezes (três amarelos, uma expulsão), não agrada a exigente torcida e tem seu contrato rescindido no início de setembro.

Opinião do Canhota 10: não me lembro de vê-lo jogar. O currículo não ajuda muito. Entretanto, por ter sido aproveitado pelo treinador Marcelo Veiga – notório armador de retranca, isto é, entende de zaga – por tanto tempo no Bragantino, merece um olhar apurado. Mas, no fundo, dá aquela sensação de que será o jogador que causará arrepios na torcida. Oremos.

Abaixo, vídeo com lances selecionados do zagueirão canhoto:

Categorias
Noroeste

Raio-X de Halisson

Confira a trajetória do terceiro zagueiro contratado pelo Noroeste, que nasceu em Bauru

Marcando o colorado Nilmar, em ação pela Lusa, no Brasileirão 2008

O Noroeste anunciou na quinta-feira (9/12) mais um reforço na posição mais carente, a zaga. Halisson chega com a credencial do vice-campeonato estadual de 2010, pelo Santo André – mas também o recente rebaixamento para a Série C. Agora, o Norusca conta com três zagueiros (além dele, Cris e Matheus) e a situação de Bonfim segue indefinida. Conheça a trajetória de Halisson Bruno Melo dos Santos, 1,82m, 92kg, de 25 anos (nascido em 28 de junho de 1985, aqui na Cidade Sem Limites).

Até 2004
Formado na base do Santos (junto com Matheus), coleciona títulos, como o Paulista sub-17 (2001). Pelo time B do profissional, conquista a Copa Federação Paulista de 2004. Apesar de contabilizar o Brasileirão de 2004 em seu currículo, não atua em nenhuma partida na campanha do título santista – embora, certamente, tenha treinado no elenco.

No Peixe em 2005 (é o primeiro, em pé, a partir da esquerda): colega de Zé Elias, Giovanni e Deivid.

2005
Atua bastante pelo time de cima do Santos, no Paulistão, na Libertadores e no Brasileirão. Somente pelo campeonato nacional, são 22 jogos. Em alguns deles, atua ao lado de Matheus, agora seu colega de Noroeste.

2006
Defende o Ipatinga, time emergente à época, que chega à final do Mineiro, às semifinais da Copa do Brasil e conquista o acesso para a Série B do Brasileiro.

2007 e 2008
Contratado pela Portuguesa, coleciona dois acessos em 2007: campeão da Série A2 do Paulista e terceiro colocado na Série B.
Em 2008, atua em 20 jogos da Lusa no Brasileirão (17 como titular) e faz um gol (sobre o Ipatinga, na 13ª rodada). Termina o ano com duas expulsões.

2009
Participa de cinco jogos da milagrosa campanha do Mogi Mirim, que se livra do rebaixamento no Paulista na última rodada, vencendo o Noroeste no Alfredão por 5 a 2 – marca um dos gols. Também deixa sua marca na penúltima rodada, no empate de 2 a 2 com o Bragantino.
Terminado o Paulistão, retorna à Portuguesa, que rescinde seu contato em julho. Halisson passa o segundo semestre fora do país, sem, contudo, encontrar um time para jogar.

2010
Pelo Santo André, sagra-se vice-campeão paulista participando de 12 jogos – titular nas duas partidas finais contra o Santos. Na Série B, são 14 participações na fracassada campanha que culminou com rebaixamento. Finaliza a temporada com oito cartões amarelos e dois vermelhos.

Opinião do Canhota 10: Bom zagueiro que, entretanto, ainda não se firmou no futebol. Tem boa presença de área e pode ter bom entrosamento com Matheus, por terem sido formados juntos no Santos. Preocupa a informação do repórter Bruno Mestrinelli, do Bom Dia, que publicou em seu twitter uma possível cirugia no joelho, que dará condições físicas para Halisson treinar só daqui a 30 dias. “Ele teria até acertado com o Linense, mas não passou nos exames físicos. Se começar a treinar em 30, só joga em 45, 3ª ou 4ª rodada do Paulista”, afirmou o jornalista em seu twitter.

Abaixo, um ‘pout-porri’ do zagueiro, postado no YouTube:

Categorias
Noroeste

Raio-X de Francis

Conheça um pouco mais da carreira do novo volante noroestino

Nome de maior peso anunciado até o momento pelo Noroeste, por sua bagagem com a camisa do Palmeiras, o volante Francis vem de um ano relativamente produtivo pelo Bragantino. Apresentado nessa segunda (6/12), está animado com mais um Paulistão em sua carreira e dá a fórmula. “O Noroeste precisa aproveitar o começo da competição para obter uma boa classificação no final. É muito importante a dedicação e a aplicação de todos”, ensina, via assessoria.

Conheça a trajetória de Francis José da Silva, 1,80m, 75kg, 28 anos (nascido em 30/4/1982 em São Vicente de Minas-MG):

Até 2002
Formado no Palmeiras, ganha em 2002 o Paulista sub-20 e a Taça BH de futebol júnior. Pelo profissional, disputa a Série A3 do Paulista pelo time B.

2003
Durante o purgatório da Série B do Brasileiro, ganha chance no time principal, atuando em três partidas na campanha do título, que recoloca o Verdão na elite nacional.

2004
Em ano discreto, não atua pelo time principal do Palmeiras no Paulistão e faz apenas duas partidas pelo Brasileirão.

2005
Faz apenas duas partidas pelo Palestra no Paulistão, contra Ponte Preta (17ª rodada) e Guarani (19ª).
No segundo semestre, após três jogos no Brasileirão, é emprestado ao Ituano, para a disputa da Série B – o clube do interior fica em décimo lugar.

2006
Em seu melhor ano com a camisa alviverde, firma-se como titular e faz 30 partidas no Brasileirão. Em uma delas, contra o Fluminense (19ª rodada), faz um golaço (assista abaixo) que se torna seu cartão de visitas.

2007
Não repete o ano anterior, mas atua em 19 partidas (dez pelo Paulistão, duas pela Copa do Brasil e sete pelo Brasileirão). Faz um gol na rodada 25 do Nacional, sobre o Goiás (veja abaixo também).

2008
Na campanha do título paulista do Palmeiras, contribui com duas aparições, ambas entrando no decorrer das partidas: contra Noroeste (sexta rodada) e Guarani (oitava).
Pouco aproveitado por Vanderlei Luxemburgo, transfere-se para o Atlético Mineiro. Pelo Galo, disputa apenas cinco partidas no Brasileiro.

2009
Após transferência frustrada para o Náutico, fecha como Marília. Faz 11 jogos no Paulistão (oito como titular) e recebe dois cartões amarelos na campanha do rebaixamento do Tigre. No segundo semestre, segundo a asssessoria de imprensa do Noroeste, passa pelo Vegalta Sendai, do Japão.

2010
Contratado pelo Bragantino, se contunde na terceira rodada e desfalca o time por um tempo. Mesmo assim, joga 11 partidas no Paulistão, todas como titular (substituído em quatro delas) – faz dupla de volantes com Paulinho, hoje no Corinthians.
Na Série B, atua em apenas nove jogos (titular em oito) e é solicita rescisão de contrato em agosto. Na apresentação ao Norusca, conta que os salários estavam atrasados em Bragança. Soma nove atuações na Segundona nacional e finaliza o ano com sete cartões amarelos e um vermelho.

Opinião do Canhota 10: bom nome, com certa experiência e qualidade na saída de bola. A princípio, deve ser o parceiro de Júlio César na meia cancha, mas a sombra do experiente Hernani estará logo ali.

Golaço contra o Flu, em 2006 (ver a partir de 1min08)

Gol sobre o Goiás, em 2007 (primeiro lance do vídeo)

Fotos na homepage: Diogo Carvalho/Nororeste

Categorias
Bauru Basket

Will: o pulmão que o Bauru/Basket precisa?

Will em treino: boa sorte! Foto de Gabriel Pelosi/Bauru Basket

Até a parada para as festas de fim de ano, o Bauru Basket terá um “reforço”. Entre aspas porque ele participará somente dos treinamentos. O ala/armador Will, há algumas temporadas no XV de Piracicaba, passará por fase de testes e poderá compor o elenco para a sequência do NBB, a partir de janeiro 2011. Tudo dependerá de seu desempenho e, claro, de um aval financeiro da diretoria. Atualizado: Will tem 26 anos, como bem indagou o leitor Leonardo.

Marcando Thyago Aleo, no Paulista deste ano. Foto de Cristiani Simão/Jornada Esportiva

O jogador agradou Guerrinha por seu jeito vibrante de jogar e por ter se destacado na marcação, sobretudo sobre Larry Taylor, nas vezes em que enfrentou Bauru.

Will conquistou recentemente a medalha de bronze, por Piracicaba, dos Jogos Abertos do Interior. Em 2009, ganhou prêmio FastWork (Melhores do ano no esporte) como destaque do basquete na cidade.

Números de Will no Campeonato Paulista 2010:
24 jogos • 9,2 pontos por partida •
27,4% em tentativas de três pontos • 65,4% em tentativas de dois pontos • 78,8% de aproveitamento em lances livres • 1,17 rebote por jogo • 1,75 assitência por partida • 2,08 roubadas de bola por jogo (quinto melhor da primeira fase)

Opinião do Canhota 10: reforço nunca é demais. E baseando-se no grande achado que foi Pilar, talvez uma das melhores contratações do NBB (em relação a “encaixe” de peça no elenco, não a investimento), pode ser mais uma grata surpresa. Esperemos que Will se dê bem nos treinamentos. Quem sabe ele não corrige os vacilos de marcação e dá fim aos cochilos do time no último quarto?

Atencioso com a molecada, Will irá gostar do Projeto Cesta Mágica. Foto (reproduzida) de Adriana Passari
Categorias
Noroeste

Raio-X de Ricardinho

Bom na bola parada, meia do Marília, por empréstimo, é sexto reforço do Norusca

Após quase um mês de negociações, o Noroeste finalmente anunciou o meia Ricardinho, do Marília. A contratação, por empréstimo, demorou porque o MAC não aceitou os jogadores que o Norusca ofereceu (Geílson, Roque e Negretti). Pelos lados de Marília, diz-se que o Alvirrubro liberou o meia Doda, mas o jogador não quis sair de Bauru, disposto a atuar na Série A1. Mesmo assim, o Tigre liberou o atleta para  suavizar sua folha de pagamento – segundo o repórter mariliense Guilherme Maia, o salário de Ricardinho é de cerca de R$ 15 mil.

A seguir, a trajetória de Ricardo de Souza Silva, 1,74m, 72kg, nascido há 25 anos (10/6/1985) em Votuporanga-SP:

Até 2006
Pesquisando sua carreira, não está claro se foi revelado pelo Ulbra-RS ou pelo Ituano (hipótese mais provável). O certo é que Ricardinho não jogou no Ituano após sair do Ulbra, como vem sendo dito na imprensa. Consta, segundo dados da CBF, contrato com o clube gaúcho de fevereiro de 2005 a dezembro de 2007 – e nada sobre o Ituano. Em 2008, já estava no Rio Preto.

2007
Pelo Ulbra, disputa o Campeonato Gaúcho no primeiro semestre e o Brasileiro Série C no segundo (o time gaúcho chega à terceira fase).

2008
Disputa o Paulistão pelo Rio Preto, faz quatro gols, mas acaba rebaixado.
Contratado pelo Marília, disputa a Série B, faz cinco gols, mas termina o ano com um novo rebaixamento.

2009
Mais um Paulistão, mais um rebaixamento. Faz três gols com a camisa do MAC – inclusive um de falta, sobre o Noroeste, na penúltima rodada.
Na Série C, faz dois gols na campanha do Tigre, que não se classifica para a segunda fase. Ainda no segundo semestre, é emprestado ao Joinville, a tempo de ser campeão da Copa Santa Catarina e da Recopa Sul-Brasileira (faz, de falta, um dos gols da finalíssima, na vitória sobre o Serrano).

2010
Ao contrário de outros contratados do Noroeste, tem um ano de plena atividade – disputa, ao todo, 44 partidas.
No Catarinense (22 jogos, cinco gols), destaca-se por fazer o gol do título do primeiro turno, nos acréscimos do segundo tempo. O Joinville termina o Estadual com o vice. É eleito o melhor jogador de sua posição, na premiação promovida pela Federação local.
Na Copa Santa Catarina (12 jogos, três gols), disputada antes do início da Série D, também termina como segundo lugar.
Na Série D (10 jogos, dois gols), o JEC para nas quartas de final, mas aguarda decisão do STJD sobre escalação irregular de jogadores pelo América-AM – e ainda pode subir para a Terceirona no tapetão.

O colega Guilherme Maia, da rádio Itaipu, de Marília, descreve o meia, destro, bom cobrador de faltas:
“O Ricardinho é um meia que atua pelo lado direito e pode atuar também como terceiro volante. O forte do jogador é o bom passe e o aproveitamento em bolas paradas. O ponto fraco do jogador é a inconstância, onde em uma partida é eleito o melhor em campo e, na seguinte, o pior da partida. Outro fator negativo do jogador são os consecutivos rebaixamentos em sua carreira. (…) De qualquer forma, uma boa contratação do Noroeste. Entrentanto, Ricardinho precisa jogar com um meia canhoto e habilidoso ao seu lado, para auxiliá-lo”.

No blog do repórter, em resposta a questionamento meu, o dirigente Eduardo Mayo (filho do presidente Beto), também dá sua versão sobre o meia:
“Vai uma opinião pessoal minha, de torcedor. O Ricardinho é nota 8 na bola parada… Bom nos escanteios, nos cruzamentos, melhor ainda na bola parada na frente da área. Nada de excepcional… mas um jogador acima da média. (…) Com a bola rolando, chamo-o de Ricardinho “Cansado” (…) Será útil ao Noroeste, mas precisa cuidar da sua canseira congênita… “Guenta” até os 20 do segundo tempo, daí para frente, esqueça…”

Opinião do Canhota 10: apesar do “currículo de rebaixamentos”, pode ser uma grata surpresa. A princípio, briga por posição, mas sua especialidade na bola parada deverá fazer a diferença na hora de escalar. Vendo vídeos seus no YouTube, percebe-se que pega na bola de chapa, bonito, e poderá ser útil para desempatar ou virar um jogo truncado. A princípio, eu o vejo à frente de Cleverson e Doda. Resta saber os planos de Luciano Dias para o meia.

Como de costume, segue vídeo do jogador. Há outros tantos lá no YouTube.