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O lado bom e ruim da convocação de Larry Taylor para a Seleção

A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) anunciou ontem a lista de 20 convocados para o período de preparação para a Copa América (que será disputada de 30 de agosto a 11 de setembro). O armador Larry Taylor, do Bauru Basket, estará entre eles.

Até chegar aos 12 nomes, haverá dispensas, sobretudo de atletas ligados à NBA, além de alguns cortes. Mas tudo indica que o Alienígena ganhou a admiração do técnico Rubén Magnano e deverá compor o grupo no torneio continental, que será disputado na Venezuela. Há um lado bom nisso, claro, além do sucesso individual do armador: atrai visibilidade para o Bauru Basket e gabarita o elenco, cheio selecionáveis, pois Gui e Andrezão estão na Seleção de novos e Murilo, apesar de esquecido desta vez, é sempre um nome em potencial — aliás, não duvide que ele apareça futuramente na lista, após as dispensas.

Por outro lado, Larry ficará longe de Bauru por muito tempo. Deverá se apresentar a Magnano já no dia 18 de julho e só volta em setembro — antes da Copa América, haverá quatro torneios amistosos. Prevendo essa dificuldade ao time, abordei o tema recentemente com o técnico Guerrinha (texto original aqui).

“Tivemos muito trabalho com o Larry. Foi ótimo para o projeto, para o Brasil, mas para nós… Eu já tive essa experiência como jogador, sei que quando se vai sem férias, quando volta demora dois meses para se recuperar. Na Seleção, o atleta entra numa pilha, num nível muito elevado, hora que volta, relaxa. E taticamente o Larry voltou descaracterizado e levamos tempo para reativá-lo”, disse Guerra. O único atenuante é que o gringo-brasuca tem jogado bastante na posição 2 em Bauru, a mesma em que é aproveitado por Magnano. Além disso, Ricardo Fischer tem personalidade e qualidade para conduzir o time nesse período inicial do Campeonato Paulista. Enfim, o Bauru Basket colhe também o ônus de ser um time cada vez mais forte e protagonista.

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Bauru Basket, temporada 2013/2014: numeração definida!

Atualizado: Fábian Ramírez vai mesmo jogar com a 11, era o reforço que faltava confirmar. E, ao contrário do que imaginei – ponto negativo pra mim, que não chequei –, um jogador que já estava no elenco pediu pra trocar de camisa: Luquinha vai com a 23. O trecho abaixo, enter parênteses, fica como registro, mas pode ser ignorado… rs
(O provável fica por conta da camisa do argentino Fábian Ramírez. Não consegui contato com ele, que ainda não informou ao Bauru Basket que número pretende vestir. Mas, por dedução, deve ser a 11, que vestiu no Ciclista Olímpico, na última liga argentina, e na seleção de base de seu país.  A numeração dos demais reforços está confirmada. Alguma coisa diferente disso, somente se algum jogador que já estava no elenco quiser trocar de camisa, pois terá prioridade — o que não deve acontecer.)

Tischer vai usar sua habitual 99, que o acompanha há tempos. Murilo, grande reforço para a próxima temporada, também segue com seu número preferido. “Não largo, já faz parte da minha vida”, conta o camisa 21. Já o ala Scaglia, que usava a 8 no Palmeiras, pediu para vestir a 6. “Desde que eu comecei a jogar, sempre que tenho a oportunidade, jogo com a 6. Porque meu irmão, quando jogava, usava a 9. E o número 9 ao contrário é 6. Então, é meio que uma homenagem e pra mim um número da sorte”, conta o novo ala do Dragão, que ainda não foi anunciado oficialmente. O pivô Mathias (77 em Joinville) solicitou a camisa 12, entre outros motivos, pela influência cabalística desse número. “É carregado de vibrações”, resume o cincão.

Na temporada passada, havia camisas coringa para os meninos da base se revezarem no banco, durante o Campeonato Paulista. É esperado que Rafael e Radamés componham o elenco no início do estadual.

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Ricardo Fischer fora da Seleção de novos: entenda

Causou estranheza a ausência do nome de Ricardo Fischer na mais recente lista divulgada pela Confederação Brasileira de Basquete, dos jogadores que compõem a Seleção Brasileira de novos. É o seguinte: além de um torneio amistoso na França, esse time irá representar no Brasil na Universíade, que será disputada na Rússia de 6 a 17 de julho. E o armador do Bauru Basket não é universitário. Portanto, não faria sentido ele compor o elenco para apenas um torneio. O próprio Ricardo comentou o caso com o Canhota 10:

“O comitê organizador não aceitou, pois trata-se de campeonato de universitários. Isso ocorreu comigo e mais dois atletas. Mas nada impede convocações futuras”, conta Ricardo, que foi muito jovem jogar na Suíça. “Saí com apenas de 16 anos para o basquete europeu e depois disso não consegui mais concluir meus estudos, pois o dia a dia dos treinos e viagens me impediram. Mas isso não é desculpa para meu erro!”, conclui, resignado.

No Brasil, prosperar no esporte invariavelmente exige sacrifícios. Fosse uma seleção de futebol de universitários, raríssimos craques profissionais figurariam numa equipe dessas. Se Ricardo assume ser um erro, é porque tem a dimensão da importância dos estudos. Ele é jovem, dá tempo de correr atrás — sobretudo para seu futuro, pós-carreira. Perdeu uma grande oportunidade agora, mas seu basquete graduado o manterá como selecionável.

O Ligeirinho foi convidado a treinar junto com o time, mas pediu dispensa ao treinador José Neto. “Conversei com ele e ficou decidido não me apresentar e fazer uma boa pré-temporada no meu clube”, revela.

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Bauru Basket, novo elenco (10): “Vou fazer o jogo sujo”, avisa Mathias

O Bauru Basket oficializou a contratação do pivô Mathias, ex-Joinville,  nome adiantado pelo Canhota 10 há 13 dias. O novo cincão bauruense começou no basquete gaúcho, passou por Rio Claro, disputou os NBBs 1 e 2 pelo Paulistano e depois atuou no Campo Mourão, do Paraná, antes de chegar ao Joinville para disputar o NBB5. Falei com o atleta de 2,08m, que vai completar 26 anos em julho. Confira:

Expectativa de atuar com Larry e companhia
“É muito grande. Poder jogar ao lado do Larry, que é jogador de Seleção Brasileira, é muito bom. Poder estar também ao lado Ricardo e do Gui, que são jogadores de grande nível, o futuro do basquete brasileiro, é muito gratificante. Tenho muito o que aprender com eles…”

Parceria com Tischer e Murilo
“Poder renovar o garrafão de Bauru ao lado do Tischer e do Murilo vai ser muito bom, pois são jogadores de muita experiência. Tenho muito o que aprender ainda e, tendo professores como eles, só vai somar à minha carreira e ao time de Bauru.”

Papo com Guerrinha e função em quadra
“Tive o prazer de conversar com o Guerrinha. Meu papel no time vai ser fazer o que eu fazia em Joinville: jogar com a defesa força, dando toco e ajudando nos rebotes. E fazendo o ‘jogo sujo’ no time…”

Fotos: Jacksson Nessler/LNB

Oportunidade em Bauru
“Com certeza, é o melhor momento da minha carreira. Poder jogar numa equipe que está cada ano crescendo mais no cenário do basquete brasileiro e poder fazer parte disso…”

Aqui é trabalho!
“Eu devo chegar em Bauru para a pré-temporada. Estou bem fisicamente, treinando diariamente nas férias.”

A força da Panela
“Uma diferença que Bauru tem jogando em casa é sua torcida, que não para de apoiar a equipe e incomoda bastante os adversários… Quero dizer à torcida que podem contar comigo. Estou com sangue nos olhos para representar Bauru aonde estiver. Não posso garantir a vitória sempre, mas posso garantir que vocês vão ter sempre cem por cento de mim dentro de quadra.”

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Bauru Basket, novo elenco (9): Fabián Ramirez e alguns pitacos

Antes de começar, sejamos justos: quando eu publiquei em primeira mão a negociação com Lucas Tischer, o anúncio oficial do Bauru Basket chegou horas depois. E nenhum dos jornais me creditou no dia seguinte. Para mim, release tem que ser a última das fontes. Crédito a quem o tem. Quem publicou primeiro a sondagem ao ala argentino FABIÁN BARRIOS foi o colega João Paulo Benini, do Papo com o Papaaqui.

Crédito dado, vamos ao reforço. Bom nome. É jovem promissor (23 anos, 1,93m), com números honestos (médias de 10,4 pontos, quatro rebotes em 24min em quadra, em 45 jogos na fortíssima liga argentina) — não há estatísticas de sua participação na Super Copa Brasil, pelo Universo-GO.
Atualizado: encontrei escondidinho no site da CBB: Barrios foi o cestinha na final da Super Copa Centro-Oeste, com 16 pontos, que valeu o título ao universo. Na Super Copa Brasil, teve média de 14,8 pontos.

Parte da torcida, nas redes sociais, acredita que Fabián Barrios chega para ser titular. Não vejo assim. O quinteto inicial deve ser Ricardo, Larry, Gui, Murilo e Tischer. Mas isso é irrelevante no basquete. No segundo seguinte do início da partida, o cara pode ser substituído. A rotação será fundamental e ter um elenco numeroso e qualificado é o que interessa numa temporada que será desgastante — até em cima desse raciocínio, Fernando Fischer será importante quando retornar, se entender seu novo papel, um reseva de luxo para entrar contra defesas cansadas e penduradas e converter suas bolas certeiras.

Idas e vindas
Fechado o elenco — Mathias e Scaglia serão anunciados em breve –, vale esclarecer: a prioridade era o ala-pivô Jefferson. Murilo era uma incerteza que acabou (felizmente) se concretizando. Como a dupla joseense demorou a dizer sim, a diretoria partiu para o plano B: fechou com Ramirez e fez proposta ao porto-riquenho Ricky Sánchez. Definida a vinda de Murilo, sabidamente com alto salário, houve o recuo com Ricky — também porque já seria um nome que atrapalharia o crescimento de Gui e Andrezão.

Scaglia
Imprensa local sabendo há tempos — eu soube pelo Rafael Placce, do Jornada Esportiva –, mas respeitando o contrato em vigor do jovem ala-armador com o Palmeiras, até que ele próprio se entregou no Facebook, postando estar em Bauru! — como observou o Papa (aqui). Tem números de iniciante (afinal, tem 20 anos), com 3,6 pontos, 0,8 rebote e 0,9 assistência em 11min em quadra no NBB5. Com a mesma idade, no NBB3, Gui teve médias de 1,6 ponto, 0,9 rebote e 0,4 assistência em 5min. A temporada 2013/2014 será de aprendizado e garimpo de minutos para o ex-alviverde — e de afirmação na Liga de Desenvolvimento.

Elenco
Fica assim, então: Ricardo Fischer, Larry Taylor e Luquinha (armadores); Gui, Scaglia, Rafael* e Fernando Fischer (alas); Fabián Ramirez, Kesley e Radamés* (alas-pivôs); Murilo, Lucas Tischer, Andrezão e Mathias (pivôs)
* garotos da base que certamente treinarão com o time adulto — e irão compor o banco até Luquinha e Fischer voltarem