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Noroeste: treino é treino?

Coluna da semana aborda maus resultados em jogos-treino do Norusca

Todas as segundas, no BOM DIA BAURU

Texto publicado na edição de 4 de julho de 2011 do jornal Bom Dia Bauru

Treino é treino?

Tudo o que o torcedor do Noroeste espera é que o popular “Treino é treino, jogo é jogo” seja a mais pura verdade. Afinal, os resultados dos amistosos disputados até agora são pouco animadores. O Norusca venceu apenas um combinado amador de Iacanga (3 a 0) – que serviu de sparring para o time, que fazia seu primeiro jogo-treino. Depois, empate sem gols com o Novorizontino (sub-20), novo empate (1 a 1) contra o Comercial, em Ribeirão Preto (bom teste), derrota em São Carlos por 3 a 0 e, no último sábado, mais um placar igual (0 a 0), contra a Ferroviária.

Pode parecer desculpa o discurso de que o que vale é a movimentação, mas está claro que o técnico Jorge Saran está aproveitando essas partidas para experimentar, pois mexeu muito na escalação. Conforme a coluna contou na última semana, o treinador pretende variar o time entre os esquemas 3-5-2 e o 4-4-2. A tática com quatro no meio foi usada pela primeira vez no último sábado. Outro teste contra a Ferroviária: Saran lançou os reforços Bruno Lopes (zagueiro) e Renan (atacante) para observá-los, o que obviamente comprometeu o entrosamento. Fica a dúvida se o técnico ainda não definiu a posição de França e Marcelinho – zagueiros ou volantes? – ou se aposta exatamente na versatilidade dos dois.

O próximo jogo-treino, no dia 9, será novamente contra o São Carlos. Falar em revanche é exagero para um período de preparação, mas é claro que uma boa vitória fará bem ao elenco – ao mesmo tempo em que nova derrota aumentará a desconfiança do torcedor.

Fala, galera
Os torcedores que estiveram sábado em Iacanga – como Gustavo Longo contou ontem, no BOM DIA – comentaram na comunidade da torcida, no Orkut, o que acharam do Noroeste. Jogo fraco, poucas chances de gol criadas. Exaltaram a atuação de França, pela entrega em campo.

Diego
A semana foi movimentada em relação à saída do atacante Diego. Após negativas por parte da diretoria de que o jogador iria para o Shakhtar Donetsk, como revelou o jornalista Rafael Antônio, do Jornada Esportiva, eis que o atacante apareceu em imagens do site oficial do clube, descobertas pelo Canhota10.com. Mas, com dez brasileiros no elenco – a maioria deles meias e atacantes –, o clube ucraniano deverá emprestar Diego. O provável destino é um clube alemão. Como a história ganhou ares de novela, uma reviravolta não está descartada. Mas o certo é que, para Bauru, ele não volta.

Tradutor
O curioso dessa busca por informações foi que, após destacar Diego – ao melhor estilo “Onde está Wally?” – na pré-temporada do Shakhtar, o Canhota10.com foi citado na imprensa ucraniana. Vários sites reproduziram a fotomontagem. Para decifrar aquelas letras esquisitas, só mesmo com a (bendita) ferramenta de tradução do Google

Papo de basquete
Nesta segunda, o pivô Douglas Nunes e o armador Larry Taylor iniciam o período de treinamentos com a seleção brasileira. A coluna ouviu os dois jogadores, muito animados com a oportunidade. Douglas tranquiliza o torcedor do Itabom/Bauru a respeito de sua ausência ao enaltecer as qualidades do colega Alex Passilongo (reforço), com quem jogou há pouco na excursão à China. E avisou que, ficando entre os 12 escolhidos para o Pré-Olímpico, vai brigar para ficar bons minutos na quadra.

O badalado Larry, mesmo com a possibilidade de a naturalização não sair até lá, mostra entusiasmo em colaborar com a preparação brasileira. Disse ainda que quer coroar sua passagem por Bauru com títulos, por isso decidiu ficar na cidade. Brinquei com ele sobre a possibilidade de seu amigo Dwyane Wade (Miami Heat) vir para cá durante a greve na NBA: “Estou esperando a resposta dele!”, divertiu-se Larry, que “convidou” o amigo famoso via Twitter.

Fernando BH é jornalista,  editor de esportes da Editora Alto Astral e do site Canhota10.com. E-mail do autor: fernandobh@canhota10.com

Foto na homepage: Thiago Navarro/ECN

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Jornalista esportivo prestando contas

Coluna da semana revê opiniões durante o Paulistão 2011

Texto publicado na edição de 6 de junho de 2011 no jornal BOM DIA BAURU

Prestação de contas

O Paulistão já vai longe, mas enquanto esteve entre nós, afirmei ao microfone dos colegas do Jornada Esportiva que, publicamente, prestaria contas das afirmações desta coluna sobre o Noroeste. Afinal, jornalista esportivo costuma bancar o vidente justamente porque conta com o esquecimento do público. Aqui, não. Eu sou meio pé frio mesmo, ruim de palpite e não nego. E mais: como o futebol é uma ciência nada exata, quando tudo parece bem, logo desanda. Eu realmente acreditava no Norusca, sem paixão. Mas, não deu.

Na coluna de 24 de janeiro, fui categórico: “Nem de longe parece um time que vai brigar para cair”. Argumentava, após três rodadas, que a equipe tinha produção ofensiva – não sabia que o calibre iria diminuir dali em diante… Na semana seguinte, após a sapecada do Americana no Alfredão, cravei bem: “Está na hora de o zagueiro Halisson entrar”. Ele entrou no time e não saiu mais, realmente foi bem, apesar de tudo. Em 7 de fevereiro, ainda defendendo o Alvirrubro, falei o óbvio: “Não é questão de bancar o ‘eu já sabia’. Eu não sei de nada. É que somente a rodada 19 saberá”. Ainda avisei que contratação, só se fosse de cara que chegasse para resolver. Veio o sofrível Victor Júnior e deu no que deu…

Dia 14 de fevereiro, a coluna apontou pela primeira vez as incoerências dos pacotes promocionais de ingressos do Noroeste, que se apoiava no tal preço mínimo fixado pela Federação Paulista. Entrei em contato com a FPF e disseram que bastava um ofício do clube para praticar preços menores. Na semana seguinte, apontei que o argumento noroestino de que o torcedor “primeira pele” sempre pagaria mais barato não colava, tanto que a promoção em prol do lar Rafael Maurício, dias depois, provou isso.

Quanto tudo parecia perdido, afirmei – não aqui, mas no Canhota10.com – que Otacílio Neto, voltando de contusão, seria o cara contra a Ponte Preta. Dito e feito: 1 a 0, gol dele. Minha bola fora, entretanto, foi confiar a ele a sobrevivência noroestina. Ele nada fez depois daquilo. Naquela época, pelas experiências que tive em entrevistas com ele, defendi seu caráter, pois era apontado como “chinelinho” do elenco. Hoje, ouvindo histórias de bastidores aqui e ali, sinto-me advogado do diabo. Mas é preciso checar. Um dia essa história vem à tona.
Em 28 de março, após o Noroeste ser goleado em Itápolis (4 a 0 para o Oeste), joguei a toalha – fui um dos últimos a fazê-lo. Antes desse vexame, o time havia empatado, em casa, como Prudente, então lanterna da competição. Não tinha mais jeito.

Terminada a participação do Alvirrubro no Paulistão, um raio-X do desempenho noroestino diagnosticou que Ricardinho não deveria ter sido sacadao – participou de quase um terço dos gols do time – e que Aleílson poderia ser melhor aproveitado – artilheiro do time na competição, ele foi titular em apenas quatro ocasiões.
Entre bolas foras e acertos, foi um exercício e tanto. O aprendizado de que, se a bola pune dentro de campo, pune também os afoitos na opinião. Por outro lado, comentar em cima de fato consumado é fácil.

Ciência inexata
Petkovic, ontem, em jogo oficial do Flamengo, apresentou-se fininho, correu bem, mas passou em branco. Como o futebol gosta de contrariar, é possível que Ronaldo, mesmo gordo, faça um gol amanhã, em sua despedida da Seleção.

Papo de basquete
O BOM DIA já repercutiu minha presença na festa de premiação do NBB 3, na última terça-feira, mas reforço aqui o papo que tive com o técnico Guerrinha, do Itabom/Bauru. Ele até falou em tom afirmativo, otimista que é, mas publiquei na condicional: a chegada do pivô André, ex-Assis, e a permanência de Jeff Agba. Os agentes do norte-americano afirmaram no Twitter que ele está cada vez mais longe de Bauru. Entretanto, ninguém deu lance certeiro nesse leilão – fala-se do interesse de Franca. Esse falatório é do jogo da negociação. Aguardemos. Guerrinha ainda mostrou preocupação com o tema Panela de Pressão, lembrando que empresários de Campinas seguem assediando a diretoria bauruense para receberem um time que já vem com franquia do NBB na bagagem.

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Coluna da semana: todos no Alfredão

Haja amendoim!

A maioria deve concordar: assistir a futebol no interior é um barato. Menos trânsito, nada de violência, as divertidas manifestações dos torcedores – muitos ainda com aqueles típicos rádios “tijolo” no ouvido – e, claro, muito amendoim e pipoca. Uma pena alguns não se comportarem com cerveja na cabeça, o que fez com que a venda da bebida fosse proibida e, consequentemente, a maioria fosse penalizada pela má conduta de meia dúzia de manguaceiros. Porque uma cerva gelada combina com futebol, como não? Por isso os botecos estão mais lotados do que as arquibancadas. Por isso e porque ingresso está muito caro. Por aqui, ainda bem, estava.
Depois de patinar demais durante o Paulistão em relação a valor de ingressos e pacotes promocionais confusos, o Noroeste simplificou. Com R$ 36, o torcedor terá direito a acompanhar os oito jogos da primeira fase da Copa Paulista no Alfredão. Isto é: R$ 4,50 por partida. Uma merreca, convenhamos. Torço desde já para que pelo menos mil alvirrubros façam essa adesão e empurrem o Norusca. “Ah, mas é Copinha!”, dirão alguns. Eu retruco: “É Noroeste!”.

Olho na taça
Se o elenco montado para o Paulistão foi ineficiente, a base que ficou é de bom nível para a disputa da Copa Paulista, isto é, o Alvirrubo pode brigar pelo título – desde que, nessa caminhada, não perca o foco de dar chance à molecada da base. Se o time engrenar na competição, será mais um motivo para a galera gastar pouco e se divertir muito no Alfredo de Castilho.

Que fase!
Bem lembrou o amigo de BOM DIA na Arquibancada, Júlio Penariol: alguns atletas que o Norusca dispensou se deram bem. Cleverson foi o maestro e camisa 10 do título estadual da Chapecoense e, segundo a imprensa catarinense, seguirá por lá no segundo semestre. Adílson Souza foi vice-artilheiro e campeão da Série A-2 pelo XV de Piracicaba – Jorge Saran quer contar com ele, que volta ao Noroeste. Willian Leandro, depois de boa passagem pelo Corinthians Paranaense, foi contratado pelo Coritiba. E todos foram mal enquanto estiveram aqui. Coisas do futebol…

Garimpo
Usar o glorioso e centenário (como diz Jota Martins) escudo do Esporte Clube Noroeste em escolinhas de futebol nos quatro cantos de Bauru e em outras 19 cidades da região foi uma grande sacada, como o BOM DIA contou ontem em primeira mão, na reportagem de Gustavo Longo. Tomara que o projeto, em fase embrionária, vingue.

Itinerante
Na próxima sexta-feira o Grêmio (ex-Prudente) volta a mandar partida em Barueri. A torcida local tem todo o direito de acolher novamente o time, mas seria bacana que, num primeiro momento, levassem narizes de palhaço, virassem-se de costas, vaiassem a equipe. Para mostrarem que não têm memória curta, após serem abandonados no início de 2010, como foram recentemente os torcedores de Guaratinguetá e Ituiutaba.

Papo de basquete
A coluna manteve contato, via e-mail, durante toda a semana passada com o técnico Guerrinha, do Bauru Basket, que enviou notícias direto da China, onde comanda um combinado brasileiro (reforçado por três estrangeiros). Já tem na bagagem o título de um quadrangular em que bateu chineses e croatas. Até aqui, foram disputadas cinco partidas (três vitórias, duas derrotas) e Douglas Nunes é o destaque da excursão, com média de 19,6 pontos por jogo. Desconfio que, além do ala Gaúcho, o pivô Alex Passilongo (2,12m de altura) voltará de lá anotado na lista de reforços desejados pelo treinador para o Itabom/Bauru.

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Papo de Futebol da semana: raio-X do rebaixamento

Raio-X do rebaixamento

Texto publicado na edição de 25 de abril de 2011 no jornal Bom Dia Bauru

O time profissional do Noroeste só volta a jogar no segundo semestre, mas há muito o que falar do clube até lá. Além das mudanças e da preparação para a Copa Paulista, ainda dá tempo de repercutir o rebaixamento. E de cabeça fria, pós-ressaca.

Pra começar, é fácil identificar elementos comuns que acabam em descenso. O primeiro deles, troca de treinador. O Norusca teve três comandantes em 19 partidas: Luciano Dias (cinco jogos), Lori Sandri (11) e Jorge Saran (quatro). Desse entra-e-sai resulta um sintoma fatal: inconstância nas escalações. Foram utilizados 28 jogadores durante a campanha e nada menos do que cinco esquemas táticos! A saber: 4-4-2 (nove vezes), 3-5-2 (seis), 3-6-1 (duas), 4-5-1 e 4-3-3 (uma vez cada).

O diagnóstico mais gritante, entretanto, estava a olho nu: a fragilidade da defesa noroestina, que sofreu 35 gols, sendo que 12 deles foram de jogadas de linha de fundo do adversário. Isso mesmo. Mais de um terço dos gols sofridos pelo Noroeste foi em cima dos laterais e com a conivência da zaga. E com o finalizador de todos os jeitos: na primeira trave, na segunda, no meio dos defensores, chegando de trás… Outros sete gols sofridos foram em avanços verticais, em velocidade, dos adversários. Por fim, o Alvirrubro cometeu cinco pênaltis, todos convertidos. Matheus derrubou os atacantes na área três vezes…

Outro problema foi a quantidade de gols perdidos pelo Norusca. Além de errar dois pênaltis, Zé Carlos desperdiçou alguns na cara da meta, com a bola rolando. Mas não foi só ele. O elogiado Diego também perdeu os seus, Otacílio Neto idem. Essa quantidade de chances jogadas fora resultou em muitos empates, oito, e o rebaixamento comprova que, com vitória valendo três pontos, empatar não é bom placar. Não se ganha um ponto, perde-se dois.

Nesse próximo quesito, imagino pregar no deserto, mas morro abraçado com a tese: Ricardinho não poderia ter sido sacado do time. Mesmo não tendo sido brilhante articulador, foi protagonista de uma das únicas armas ofensivas do time: a bola aérea. Dos 21 gols marcados pelo Alvirrubro no Paulistão, sete foram de cabeça. Cinco com assistência de Ricardinho (um de cabeça foi dele mesmo). Outro jogador mal aproveitado foi Aleílson. Artilheiro do time na competição, com quatro gols, jogou 14 partidas, mas apenas quatro como titular.

Para finalizar, fiz uma breve conceituação dos 19 jogos do time. Atuação boa, média ou ruim. Jogou bem em quatro (contra Botafogo, Mogi, Santos e Portuguesa), médio em seis (Santo André, Bragantino, Paulista, Mirassol, Palmeiras e Prudente) e mal – ou péssimo! – em nove (Corinthians, Americana, São Bernardo, São Caetano, Linense, Ponte Preta, Oeste, São Paulo e Ituano). Se olhar os placares, verá que perdeu jogando bem aqui, ganhou jogando mal ali. O futebol tem dessas coisas. Mas ter quase 80% das partidas com conceito ruim ou médio é como dois e dois são quatro. Degola na certa.

Papo de basquete
Impossível não falar do partidaço de ontem, a vitória do Itabom/Bauru sobre o Flamengo (87 a 85). Os bauruenses dominaram o jogo, foram donos da situação durante quase todo o tempo, mas quase deixaram a vitória escapar. Merecidamente, os guerreiros abriram 1 a 0 no playoff das quartas de final do NBB. Segundo o técnico Guerrinha relatou à coluna, contra um time experiente como o Flamengo nenhuma vantagem é cômoda. O treinador ainda contou que precisou de três pedidos de tempo no final do último quarto para corrigir dois erros recorrentes da equipe: a insistência em delegar a Larry Taylor momentos decisivos e o exagero em chutar de três, mesmo com vantagem no placar. Valeu, guerreiros!

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Papo de Futebol da semana: o baile tricolor

Fora o baile

Um linda tarde de domingo, com a colaboração de São Pedro para o show do colega São Paulo. Foi um passeio tricolor no Alfredão. E é exatamente isso que incomodou. Porque perder estava na conta, mas não colocado na roda, deixando ainda mais evidente a fragilidade do Noroeste e a dificuldade que terá para vencer o Ituano, domingo que vem, em Itu.

Empatar com o clube do Morumbi pouco adiantaria. O Norusca estaria na mesma 17ª posição e continuaria com a necessidade de secar Linense e São Bernardo. Pensando friamente, foi melhor assim: estivesse com um ponto a mais, a possibilidade (remota) de permanecer na elite com um empate (desde que um dos concorrentes perdesse) entraria em jogo e criaria uma indesejável zona de conforto.

Portanto, jogadores do Noroeste, não há outro jeito: é obrigatório vencer o Ituano e ainda secar os outros. Vencendo, o Alvirrubro torce por um empate de Linense (contra o São Caetano, fora) ou São Bernardo (contra a Portuguesa, fora) para continuar na Série A-1. Iria a 20 pontos e um adversário direto ficaria com 19. Simples assim. Simples? Só para a matemática. Para a boleirada, jogo duro. Para o pobre torcedor, um sufoco…

Inofensivo
O Noroeste inexistiu no ataque. O bonito gol de Aleílson foi um lampejo. Antes, duas cobranças de falta de Otacílio Neto que levaram perigo. E só. Diego passou batido, o próprio Otacílio não incomodou com a bola rolando e Vandinho não foi eficiente na armação. Os laterais, mesmo com a liberdade de terem três zagueiros e dois volantes como retaguarda, foram nulos na frente. Assim, seria mesmo impossível aprontar alguma.

Aliás, time pequeno gosta de se agigantar contra grande em partida de TV aberta, mas o Norusca, na verdade, encolheu. Em momento algum atacou em bloco, não fez tabelas. Era sempre um solitário alvirrubro lutando contra o trio de defesa tricolor.

Perguntar não ofende
Por que o lateral-esquerdo Gustavo Henrique, um dos melhores em campo na vitória sobre a Portuguesa, não foi escalado como titular? Por que o público no Alfredão aparentava ser muito maior do que os 7.658 pagantes anunciados?

Chororô
Rebaixado ou não daqui uma semana, o Noroeste precisará definir o que quer da vida. Espero que o presidente Damião Garcia não venha, de novo, ameaçar renúncia. Até porque imagino que não haverá a comoção de outros tempos. Se ele pedir pra sair, que o deixem partir. Novelinha, de novo, não.

Dagoberto
Sempre me perguntei porque Dagoberto nunca caiu nas graças do torcedor são-paulino. No clube desde 2007, sempre deixou seus golzinhos. Sempre, porém, levou cartões, deu entrevistas polêmicas e reclamou de momentos na reserva. Deve ser por isso. Este ano, porém, está jogando o fino e foi o melhor em campo em Bauru. Participativo, mexeu-se por todo o setor de ataque, bateu falta, recuou, pressionou a saída de bola. E fez um golaço: da entrada da área, tinha liberdade para dominar e escolher o canto, mas, confiante, sapecou a bola no ângulo, pegando de primeira. Depois dessa, foi merecidamente aplaudido em sua substituição.

Falcão
Novidades no futebol são sempre bem-vindas. O retorno de Falcão à função de treinador, no seu querido Internacional, será acompanhado com curiosidade e entusiasmo. Em seus tempos de técnico da Seleção, em 1991, foi boi de piranha como Leão, dez anos depois: Ricardo Teixeira aconselhou convocar jogadores que atuavam no Brasil, mas não os bancou depois de insucessos. Falcão merece uma nova avaliação. Boa sorte.

Texto publicado na coluna Papo de Futebol da edição de 11 de abril de 2011 do jornal BOM DIA BAURU

Foto na homepage: Cristiano Zanardi/Agência Bom Dia