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Noroeste encara o Prudente pela afirmação

A vitória no clássico contra o time B do Marília não animou a galera alvirrubra. Pudera: o time tomou sufoco no Alfredão, Yuri saiu como herói. Na noite desta quarta (4/8), outro elenco reserva vem a Bauru testar a força da equipe do Noroeste: o Grêmio Prudente, que empatou duas vezes na Copa Paulista, contra Linense (fora) e Penapolense (em casa). O fato curioso é que o time principal estará, no mesmo instante, jogando contra o Atlético-MG pela Copa Sul-Americana.

Com elenco numeroso, o Trem-Bala continua tentando se encontrar, com o técnico Luciano Dias comandando treinamentos e seu auxiliar, Marcos Antônio, atuando à beira do campo nos jogos – sem desgrudar do celular, ouvindo as impressões do chefe.

Para a partida desta noite, Cleverson volta de contusão e disputa posição com Willian Leandro para a vaga deixada pelo machucado Marcus Vinícius. Almir Dias, que entrou bem e criou a jogada do gol noroestino sobre o MAC, pode ganhar a posição de Giovanni, que voltou no sacrifício no último sábado.

A expectativa é que o público, novamente, não chegue aos mil pagantes. Ainda mais com o prometido frio, segundo o IPMet. Para quem quiser dar aquela força ao centenário Norusca, dá tempo de pegar o primeiro tempo em andamento da final da Copa do Brasil, entre Santos e Vitória.

Abaixo, as prováveis escalações. Segundo o site Futebol Interior, dois jogadores do Prudente (o lateral Edvan e o atacante Izak) desfalcam o time por terem tirado férias atrasadas! A média de idade dos prudentinos beira os 22 anos.

Noroeste Grêmio Prudente Copa Paulista 2010 futebol BauruFoto Adilson: Erlington Goular/Evegntos Assessoria/AI Noroeste

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Moleques da Vila

O assunto já é sabido da maioria e não preciso introduzir mais do que um resumo antes da reflexão: após a vitória sobre o Grêmio Prudente, alguns jogadores do Santos se reuniram num mesmo quarto da concentração e se conectaram ao Twitcam. Expostos a milhares de torcedores, falaram mais do que deviam.

Com palavreado chulo, malandro e até suspeito – como o gesto com o nariz do atacante Zé Eduardo -, e desconhecendo a regrinha de como se portar em público, rebateram ofensas de internautas e, pior, expuseram o que antes era boato: Robinho não goza de total admiração na Vila Belmiro – Zé Eduardo disse que ele, que está voltando ao Manchester City, não fará falta.

Eu sempre digo que o que jogador faz fora de campo não me interessa. O que ingere, quem pega na noite, a que horas dorme, se tem bom ou mau caráter… tudo isso é problema dele. Cada um colhe o que planta e é claro que, no futuro, homens de bem como Zico é que se tornam referência. Por isso separo: Garrincha, Almir Pernambuquinho e Paulo César Caju não deixaram de ser craques – e encantar multidões – por causa de suas trajetórias errantes.

O problema está quando o comportamento começa a respingar no dia a dia do clube. Quando o consumo de álcool e as poucas noites de sono minam o condicionamento físico, como aconteceu com Ronaldinho Gaúcho -revelação de Leonardo ao Bem, Amigos!, do Sportv, meses atrás. Quando um pega a mulher do outro e racha um elenco – caso Terry/Bridge na Seleção Inglesa. Ou quando uma molecada se reúde para falar m… e tirar o foco de um time às vésperas de uma final de campeonato, como aconteceu no Santos.

Antigamente o esquema não saía da sinuca e do baralho. Hoje a oferta de lazer é grande para o boleiro gastar sua grana: celular, iPod, notebook… todos eles conectados ao mundo. Estão embriagados de poder e arrogância. Sentem-se acima do bem e do mal. Dirigem seus carrões em alta velocidade – hoje o volante Anderson, do Manchester United, sofreu grave acidente saindo de uma balada em Portugal – tratam as maria-chuteiras como objetos e agem como se seus atos não tivessem consequência. Resumindo, para deixar claro que não me perdi em meu argumento: gente ruim tem em todo o lugar, de todas as profissões, não cabe a nós patrulhar cada um, julgar cada um. Polícia e Justiça existem para isso. A diferença para a boleirada, agora, é que nesse novo século tudo está exposto, é muito difícil não ser notado e qualquer atitude reflete na profissão e no ambiente de trabalho, o time. Aí, não pode.

Por fim, os jogadores voltaram ao Twitcam para se retratarem. Pediram desculpas, disseram que foi apenas um mal-entendido. “Eu estava brincando com o Robinho e ele sabia disso. Quem sou eu para dizer que ele não faz falta?”, disse Zé Eduardo. Não é a primeira vez que jogadores do Santos têm que se retratar – lembra do episódio da visita a uma instiuição de caridade?

Se eu fosse treinador, daria essa recomendação a um boleiro: se for beber, não dirija (e vice-versa); se for farrear, seja discreto em público; e não comprometa a integridade física e moral de ninguém. Faça mal apenas a você mesmo.

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Norusca não desiste de amistoso com Boca Juniors

Ao final do clássico contra o Marília, no último sábado (31/7), o repórter Diogo Carvalho, do Jornada Esportiva, apurou em conversa com o gerente de futebol do Noroeste, Ricardo Occhiuto, que o clube não realizará amistoso festivo contra o Boca Juniors.

No dia 21 de julho, quando o Norusca enfrentou o Estoril-POR, o consultor de marketing do clube, Evaldo Armani, contou à 94FM que o clube negociava com o Boca. O time argentino, entretanto, pediu muito caro para aceitar o convite.

“O Boca pediu 250 mil dólares”, revela Diogo. Um gasto desnecessário.

Atualizado às 11h12: segundo o site Webesportiva, o consultor de marketing Evaldo Armani segue negociando com o Boca Juniors e enviou contra-proposta. Segundo apuraram, esse valor é de R$ 62 mil mais adicionais de publicidade e bilheteria.

Dá para organizar uma boa festa com muito menos grana. Continuo achando que os reservas do Corinthians (Tcheco, Defederico, Souza, etc) já seriam suficientes para uma comemoração decente. O peso da camisa do Corinthians, aniversariante do mesmo dia 1 de setembro, já seria um atrativo. E sem separação de torcidas. Todos misturados, camisas alvinegras, alvirrubras, clima de confraternização.

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No sufoco, Noroeste derrota o Marília

Direto do Alfredão
(não, eu não fiquei em casa vendo pela Rede Vida…)

A festa pelo aniversário de Bauru começou mais cedo. Durante a agradável tarde de sábado, a Esquadrilha da Fumaça rasgou o ar da cidade. Eu, desavisado, fui abastecer o carro àquela altura do Aeroclube e perdi muitos minutos em um verdadeiro engarrafamento, sem exagero. Para chegar ao Alfredão, entretanto, tarefa folgada. Não é o clássico dos sonhos e, para “ajudar”, transmissão ao vivo na TV (Rede Vida) para deixar o torcedor no conforto do sofá.

O pequeno público que foi ao estádio parecia conformado com o zero a zero, quando o Noroeste criou boa jogada para fazer o gol da vitória, que dá os três primeiros pontos do time na Copa Paulista e o coloca na terceira colocacação do Grupo 1. O próximo comprisso é contra outro time B, agora o do Grêmio Prudente, também no Alfredo de Castilho, dia 4, quarta-feira, às 19h30.

O jogo
Como deveria ser, o Noroeste começa pressionando. Logo aos três minutos, o primeiro de muitos vacilos da zaga do Marília na partida, que permite que a bola, de mansinho, aproxime-se até ser tirada sobre a linha do gol. Aos 11, Giovanni cobra falta da intermediária, daqueles cruzamentos que ninguém alcança e complicam o goleiro – Juninho se estica todo.

A molecada do MAC nem parece ter jogado há cerca de 48 horas e imprime velocidade ao jogo. Aparece aos 19, em chute de Gabriel de fora da área. Yuri pega firme. Chute de longe, aliás, é tarefa para o volante alvirrubro Juninho. Com a criação deficiente, ele arrisca sempre que a zaga adversária permite: aos 25, obriga o goleiro alviceleste a encaixar após quique na péssima grama do Alfredão. Um minuto depois, o arquirrival perde gol feito. Jogada ensaiada, bola na área ajeitada para Dhonathan, na pequena área, chutar por cima.

Aos 28 minutos, Rafael Mineiro faz ótima arrancada pela direita, costurando a zaga maqueana, que por fim consegue desviar para escanteio – o lateral-direito noroestino, minutos antes, havia caído desacordado após dividida pelo alto.

Segue a correria do jogo, de muita movimentação e pouca técnica. Aos 37, Bonfim dá uma furada que assusta a torcida alvirrubra. No minuto seguinte, Juninho chuta novamente de fora para a defesa de seu xará. Na última trama relevante do primeiro tempo, Dhonathan faz firula pela esquerda e centra na meia-lua. Willian ajeita e Kennio chuta forte. A bola desvia na zaga.

O segundo tempo começa com uma alteração no Trem-Bala: Mizael no lugar de Rafael Mineiro, provavelmente não refeito da pancada na cabeça. A primeira chegada alvirrubra é aos quatro: Marcus Vinícius faz sua primeira – e única – boa jogada, dribla na direita e cruza. A bola desvia na zaga e, no rebote, Lello limpa o adversário e bate de canhota, sem perigo.

O menino Mizael começa a justificar, aos oito, os apelos da crônica por uma chance a ele. Dribla três maqueanos e rola para a entrada da área, de onde Juninho – sempre ele! – chuta para a defesa do goleiro. O Noroeste tem mais posse de bola e chega mais, porém, é o MAC novamente quem chega com perigo. Dhonathan é lançado em velocidade e tenta tocar por baixo de Yuri, que faz ótima defesa.

Giovanni, sumido, arranca pela esquerda aos 16, mas cruza mal. Esperava melhor atuação dele, que não se impôs na armação das jogadas.

Novamente o Marília assusta, aos 22, quando Léo, que acaba de entrar, chuta de longe e Yuri, de mão trocada, defende em linda ponte. A essa altura, as cheerleaders, impedidas de se apresentarem antes e durante a partida – por falta de envio de ofício do Noroeste à Federação – começam a se aquecer para dançarem após o fim da partida.

Quando Almir Dias entra no lugar de Giovanni, aos 26, a torcida vaia – mais pelo carisma do jovem jogador do que pelo seu mal futebol na noite. E o futebol é maravilhoso exatamente por ser contraditório, pois o substituto entra muito bem no jogo. Primeiro, cobra falta perigosa, defendida por Juninho. Outra falta no minuto seguinte, novamente Almir Dias, que dessa vez cruza para perigoso cabeceio de Bonfim. O meia volta a calibrar o pé aos 28, cobrando escanteio fechado, tentando olímpico sem sucesso.

Na escassez de criação, o Norusca começa a chegar na base do atropelo. Divididas, bate-rebate, bola se oferecendo na área até sobrar para Rafael Aidar, que chuta de canhota para fora aos 30 minutos. Aos 33, após bola rebatida, Bonfim arrisca bela bicicleta, mas sem força para surpreender o goleiro Juninho.

Finalmente! Aos 36 minutos, Almir Dias limpa na entrada da área e surpreende a zaga rival – no lugar de chutar, passa para Adilson na marca do pênalti. O camisa 11 domina e fuzila. É o primeiro gol noroestino na Copa Paulista.

Para quem achava que o jogo estava definido, mais um sufoco. Aos 44, o cruzamento vem da direita e Dhonathan cabeceia na trave. A bola ia entrando, mas Yuri faz o terceiro milagre da noite. Nos acréscimos, o último ataque maqueano: Willian chuta raspando a trave.

A partida termina, o Noroeste tira o atraso e as cheerleaders se apresentam para a respeitosa torcida, que adiou sua saída para aplaudi-las. Mas o pessoal do som não estava em sintonia, aumentado o mico da noite. Por fim, encontraram a música e elas – e havia eles também – conseguiram ganhar seus merecidos aplausos.

O CRAQUE: Yuri foi brilhante, mas é necessário fazer menção a Juninho, que desde que entrou no meio-campo noroestino se tornou o motor do time. E não tem medo de arriscar chutes a gol.
O PEREBA: Marcus Vinícius chegou com pedigree de Seleção Brasileira de base, mas ainda não mostrou esse potencial.
RESUMO DO JOGO: ao sair do campo, em entrevista ao repórter Diogo Carvalho, do Jornada Esportiva – quem quiser ouvi-los no Alfredão basta procurar o retorno na FM do seu radinho – o lateral-esquerdo Rick usou sabiamente o clichê: “Quem não faz, toma”.

Noroeste Marília Copa Paulista 2010

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Parabéns, Bauru!

A partir de entrevista do jornalista e historiador Luciano Dias Pires com o político/médico que inspirou a criação de Casimiro Pinto Neto, não foi difícil juntar as peças e descobrir que o legítimo Sanduíche Bauru não foi criado em 1934, como afirma equivocadamente o site oficial do sanduíche, nem em 1937, como consta em quadro no Museu Histórico Municipal. Essa reportagem a quatro mãos foi publicada na edição 17 da 94FM Revista, do final de 2007, mas não ganhou o eco merecido. Uma descoberta histórica da qual me orgulho. A foto em destaque na home é do competente Luís Cardoso.

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