Todo time almeja o topo. Esse é o horizonte no esporte. Mas, baqueado pelos tropeços no Paulista e nos Jogos Abertos, seria pretensioso imaginar o Bauru Basket almejando o G-4 do Novo Basquete Brasil 2012/2013. De repente, o time se reinventou, voltou a jogar bem — ou a vencer mesmo jogando mal, como foram os 87 a 84 sobre Mogi nesse sábado (2/2). E está entre os quatro melhores, consolidando-se nessa briga de pular as oitavas de final. E é possível, basta ver os jogos que restam ao Dragão. Faltam 15 partidas e é possível prever mais 11 vitórias, fechando a fase de classificação com 70% de aproveitamento, um número confortável para o G-4.
A vitória sobre Mogi era prevista com certa facilidade, mas não um passeio como foi contra Suzano — pois, nos encontros anteriores, deram trabalho, com prorrogação e tudo. O que não se esperava era o sufoco do fim, ainda mais pelo excelente início. Bauru oscilou um quarto avassalador (33 a 14) com outro sofrível (11 a 24, nenhuma bola de dois dos guerreiros). Com provável bronca no intervalo, o Dragão voltou aceso e deu novo passeio (21 a 23) para depois, de novo, vacilar (12 a 23). No fim das contas, a vitória é que interessa, consolidando o Bauru Basket na busca pelo G-4.
Empatado com o terceiro colocado Uberlândia, por aproveitamento (desempate pelo confronto direto), a luta dos bauruenses será por aí, acrescentando-se Franca e Pinheiros e talvez uma reação de São José.
DESTAQUES
Depois de zerar contra o Minas dia desses, Larry Taylor retomou a liderança da pontuação do time nos últimos jogos. Sobre Mogi, 21 pontos, além de cinco assistências; Gui fez 16 pontos e deu quatro assistências; Pilar anotou 13 pontos, Jeff fez 11 e Jason Detrick tentando reagir ao ultimato que deve ter recebido, fez 11 pontos, pegou três rebotes e deu duas assistências. Vale ainda destacar os seis rebotes de Coleman e outros quatro de Mosso.
ASPAS
“Ganhamos dois jogos importantes essa semana, tivemos dificuldades, mas o importante foi vencer. Esperamos fazer bons jogos semana que vem”, resumiu o craque Larry Taylor ao repórter Marcelo Rocha (Jornada Esportiva/Auri-Verde).
“Os jogadores perderam a concentração. Nossa proposta de defesa para hoje ficou perdida. Não era para o Mogi fazer 84 pontos aqui… Cortar no fundo e enterrar na cara do Jeff! Nós viemos de barriga cheia do jogo de São José. Os jogadores têm que perceber que isso é ruim para eles, não para o time. Que passam a perder respeito do adversário e do público. Temos que vir para o jogo com o dever de que tem que render mais. Lógico que tem cansaço mental e físico, mas é para isso que existe superação. Essa competição é séria, não dá pra descansar, pôr na banguela, tem que estar sempre acelerando”, ensinou Guerrinha.