Itabom/Bauru já está em contagem regressiva. Cidade pode realmente perder seu time de basquete pela segunda vez. Confira entrevista com Guerrinha.
Depois de gravar o Bom Dia na Arquibancada dessa terça (18/1), o colega Júlio Penariol me conta da entrevista do técnico Guerrinha, do Itabom/Bauru, à Unesp FM. Ao repórter Guilherme Azevedo, no programa Unesp Notícias 1ª edição, Guerrinha alertou mais uma vez sobre o imbróglio da Panela de Pressão – diante da iminência da desativação da Luso, atual casa do basquete bauruense. Criticou as autoridades e admitiu que o time pode deixar Bauru.
À noite, após o treino do Bauru Basket, entrevistei Guerrinha, que detalhou o que existe de concreto hoje com Campinas, principal cidade de olho no nosso basquete. Antes de ler a conversa abaixo, sugiro que leia a excelente matéria de Bruno Mestrinelli (clique aqui), com colaboração de Gustavo Longo, do Bom Dia Bauru. Bastante contextualizada, atualiza toda a situação da novela Panela de Pressão e traz uma fala preocupante do secretário de esportes, Batata: resolvido o problema do aluguel, começa outro, o da reforma.
Confira também, clicando aqui, os capítulos desta novela chata.
A seguir, Guerrinha:
Assunto Panela cochilando
“Há dois anos que se fala da necessidade da Panela, que aumentou definitivamente com a venda do Luso. É como o cronômetro do basquete: está regressivo. E não é em maio, tem que ser resolvido agora. Até o final de janeiro tem que ser resolvido, porque temos que inscrever as categorias de base na federação e, se não tiver ginásio aqui, temos que jogar em outra cidade – não dá pra fazer inscrição por aqui. Para participar da federação, o time tem que disputar pelo menos um campeonato em categoria menor.”
Fundação Toledo fora
“Palavras do diretor da Semel, Roger Barude: não existe mais esse caminho, via fundação da ITE. Agora, é direto com Prefeitura e Noroeste.”
Outras cidades
“O Praia Clube, de Uberlândia, nos procurou, querendo fazer uma parceria com as categorias de base, para disputar inclusive Regionais. Temos quatro jogadores para compor esse time com os atletas deles: o Gui, o Luquinhas, o Ferrugem e o Thyaguinho. Tem também a possibilidade de Campinas, que é a mais forte, agora. Se tiver ginásio em Bauru, eles vêm com os jogadores e jogam por Bauru, na cidade de Bauru. Eles têm atletas que precisam de um lugar para jogar. Campinas viu uma possibilidade. Eles têm um projeto para daqui três anos estarem na Liga [Nacional de Basquete, LNB], no adulto. Como estão vendo que Bauru está marcando, a princípio eles querem fazer uma parceria com sub-21 e juvenil, e se não tiver opção aqui, eles também querem fazer parceria com o adulto.”
Preferência por Bauru
“A diretoria teve reunião ontem e é consenso de todos, endossado pelo presidente (Pedro Poli), que nós queremos ficar aqui. Mas temos que ter lugar para jogar. Tecnicamente, tem que ser definido rápido, porque se o Campeonato Paulista vai começar em julho, não pode chegar em maio e dizer que não vai ter ginásio. Tem que ser agora!”
Possibilidade de mandar jogos em cidade vizinha
“Fazer em Marília? Pode. Mas, pense: não tem quadra aqui, vamos treinar em Marília, jogar em Marília e fazer o que aqui? Almoçar e dormir? Fica complicado cem quilômetros todos os dias… A logística fica complicada. Se tivéssemos uma quadra, como tem Araraquara [que está jogando em Matão]… Agora, tivéssemos onde treinar e só fizéssemos o jogo em Marília, seria uma opção. Mas sem o Luso não teremos quadra pra treinar.”
Há proposta concreta pelo time adulto?
“Proposta, ainda não. Existe uma conversa para categorias de base. Campinas vendo que estamos sem lugar para ficar aqui, cresceu o olho. Há a possibilidade de na semana que vem, ou na outra, o presidente do clube de Campinas vir aqui, com um patrocinador, sentar-se com os nossos, para haver uma conversa, um entendimento. Lá tem o ginásio Taquaral, apoio da prefeitura de Campinas, toda uma logística que nós não temos hoje. Se tivermos estrutura em Bauru, fica só a parceria das categorias de base. Eles irão jogar com nosso nome, na nossa cidade, trazer alguns jogadores.”
Campinas de olho em vaga no NBB
“Hoje, para entrar na Liga, a vaga custa R$ 400 mil. Isso administrativamente. Para chegar na Liga, tem que disputar o Torneio Novo Milênio, depois o Estadual e garantir nele classificação para a Copa Brasil Sudeste, que vale vaga para disputar, com clubes de estados de todo o Brasil, a Copa Brasil. Aí, depois de todo esse trajeto, disputar um playout: os dois melhores da Copa Brasil têm que disputar duas vagas com os dois últimos do NBB para ver quem entra. E Bauru, se não tiver ginásio, poderá dar um time de graça para Campinas. Pois a vaga é da franquia e não vai ficar parada. Ou aqui ou em outro lugar.”
4 respostas em “Guerrinha: “Solução da Panela tem que ser agora!””
As entrevistas mostram que o poder público bauruense tem que acordar. Chega de sonhar. Vão esperar o time sair daqui para soltar as pérolas “Mas fizemos o possível, infelizmente não teve como segurar”. Enquanto o prefeito Agostinho prefere empurrar com a barriga, a diretoria do Itabom/Bauru já faz contatos para um possível desalojamento. A incompetência governamental é crônica. Tá na hora da população realmente cobrar o prefeito, o secretário de esportes e o inoperante setor jurídico da prefeitura, que está sempre “estudando o caso”.
É brincadeira isso né…. Fico indignada uma cidade como Bauru perder uma modalidade esportiva por falta de ginásio… E sabe o que é pior? É que o ginasio esta la, faltando apenas o poder publico querer colaborar com o nosso basquete… É palhaçada viu….
O Rodrigo não fará “loucura” sobre a Panela de Pressão. Ok, pelo menos faça algo sua batata e o Batata, vão assar no microondas!
A panela é do ECN…paguem por ela e usem por um determinado tempo de contrato…isso se chama ALUGUEL.
Bruno Mestrinelli…vc foi um Mestre na matéria,nota 10.
Deu pra perceber que o ECN está aberto para prefeitura e consequentemente para o basquete.