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Com ou sem Larry, time precisa evoluir

Thyago Aleo se desdobra, mas Alienígena é insubstituível. E o Itabom/Bauru perde em Franca

Que Larry Taylor é a alma do Itabom/Bauru Basket, ninguém discute. Sem ele, o time fica comum, sem sal. Sem ele, pensar em disputar playoffs seria loucura. Portanto, é claro que fez muita falta no duelo dessa quinta-feira (11/10), em Franca, pelo Campeonato Paulista. Os donos da casa venceram Bauru por 102 a 76, com direito a cesta de três, para garantir o placar centenário, ao soar do gongo.

A questão, entretanto, não é a ausência de Larry nesse jogo. Com contratura muscular na coxa direita, só não seria poupado em uma partida decisiva. Iria para o sacrifício, como se diz – e iria, no último quarto, se Bauru tivesse chances de vencer. Como Guerrinha costumeiramente adianta quais jogos já estão na conta como derrota – e a discussão se essa postura é equivocada fica para outro post -, seguiu as orientações do médico Leonardo Barbi: sete a dez dias de recuperação. A contusão foi seis dias antes desse duelo contra Franca. Para enfrentar Pinheiros, domingo (14/11) pelo NBB, o camisa 4 volta.

A questão, portanto, é: com ou sem Larry, o time precisa evoluir. Chutar com mais confiança, sobretudo. Mesmo apático, o Itabom/Bauru chutou mais que Franca, mas teve pior aproveitamento (39% a 60%).

Guerrinha, em entrevista após a partida a Thiago Navarro, do Jornada Esportiva, lamentou o baixo índice de acertos de alguns jogadores (como Ricardo e Renato), em detrimento de assistir Jeff Agba, em noite um pouco mais inspirada (fez duplo-duplo: 13 rebotes e 19 pontos) e com melhor aproveitamento do que Fischer (cestinha do jogo, 29) em relação a pontos possíveis: 73% a 51%.

Thyago Aleo, pela segunda vez no Paulista, teve a chance de se soltar em quadra, livre da sombra de Larry. Sua atuação foi elogiada pela equipe do Jornada, sobretudo pela entrega em quadra. Thyaguinho foi mais comedido. “Não fiz boa atuação, mas foi bom para pegar ritmo”, avaliou.

Já Ricardo assumiu a apatia do time – “Conversamos no vestiário, no intervalo, mas não entramos focados no segundo tempo” – e reconheceu a necessidade de evolução do elenco: “Não podemos ficar dependendo do Larry, temos um grupo forte e temos que treinar mais”. Com apenas três pontos no jogo, avisou: “Vou chegar mais cedo no treino e calibrar a mão”.

Um pouco irritado com os questionamentos – principalmente sobre a ausência de Larry, o que gerou nota de esclarecimento da contusão, via assessoria -, Guerrinha declarou achar que o time perderia mesmo com o Alienígena em quadra, decretando o diagnóstico da necessidade de evolução da equipe. Vejamos o quanto Pilar, novo contratado, irá agregar qualidade.

E continuo sem entender a apatia de Júlio Toledo. Em Franca, foram quase cinco minutos. Nenhum arremesso.

Foto da homepage: Reprodução/Rede Bom Dia/Cristiano Zanardi

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Larry, acima da média, não evita derrota

Para superar Araraquara na noite de ontem (28/10), só mesmo com um Larry Taylor inspiradíssimo. E ele esteve, tanto que manteve a média de rebotes (seis) e assistências (sete) e pontou mais do que costuma (23 – média de 19). O esforço, porém, não foi suficiente. Os pivôs Douglas Nunes (tornozelo contundido) e Jeff Agba (suspenso) fizeram muita falta, como esperado. E Araraquara deixou Bauru com uma vitória, por 75 a 71.

O resultado dificulta a briga do Itabom pelo quarto lugar. “Agora precisamos vencer Limeira em casa e contar com dois resultados negativos de Araraquara para garantirmos o quarto lugar nos playoffs”, faz as contas o técnico Guerrinha, via assessoria de imprensa, já contando com uma derrota bauruense para Franca, fora de casa. A combinação não é impossível, pois Araraquara tem duas pedreiras pela frente: Pinheiros, em casa, e São José, fora.

O treinador falou também da ausência dos pivôs. “Nós tivemos que administrar problemas. Podíamos ter perdido de 14 pontos, mas perdemos de quatro. Os desfalques fizeram muita falta. Todos se esforçaram, mas alguns não tiveram um bom aproveitamento e isso comprometeu”, avaliou.

Opinião do Canhota 10: a limitação do elenco ficou clara nessa noite e, pensando em NBB, está difícil imaginar o Itabom/Bauru brigando por uma vaga nas quartas de final do torneio nacional sem, pelo menos, mais um reforço de peso. Para isso, como se sabe, precisa aparecer mais um aporte financeiro. A única solução caseira seria o ala Júlio Toledo se superar e resgatar o bom basquete que já jogou um dia.

Fotos na homepage: Divulgação Bauru Basket/HDR Photo/Sérgio Domingues

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Larry terá que se desdobrar!

Sem principais pivôs do elenco, fragilidade defensiva obriga cestinha a brilhar ainda mais

Com os pivôs Jeff Agba (suspenso) e Douglas Nunes (contundido) fora da partida de hoje (28/10), contra o Araraquara, no ginásio da Luso (20h), o Itabom/Bauru depende mais do que nunca de seu astro, Larry Taylor.

O Alienígena, jogador mais eficiente do campeonato – segundo estatísticas da Federação Paulista de Basquete -, terá que superar suas ótimas médias** para compensar a fragilidade defensiva do time na noite de hoje. Renato e Ricardo irão se revezar na posição 5 e Alex irá improvisado na posição 4.

A vitória é importantíssima para as pretensões do Bauru Basket de ficar entre os quatro primeiros para as quartas de final.

Novamente, muitas promoções esperam os torcedores. A já conhecida do Bob’s (mais de 100 pontos ou menos de 60 do rival = lanche), da Unimed (camisetas autografadas) e da Claro (cards para colecionar, imagem abaixo).

** Larry no Paulista:
19 pontos por partida (cestinha do campeonato)
7,6 assistências por jogo (segundo melhor)
2,56 bolas recuperadas (maior ladrão de bolas)

Foto na homepage: Divulgação BauruBKT/HDR Photos/Sérgio Domingues

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Itabom/Bauru prepara reformulação no elenco

Após a ótima vitória sobre Araraquara, fora de casa (86 a 79, dia 7/10), na abertura da segunda fase do Campeonato Paulista, o técnico Guerrinha deu pistas de que haverá mudanças no elenco do Itabom/Bauru. As declarações foram dadas ao repórter Thiago Navarro, do Jornada Esportiva, e não pautou os veículos impressos nesta quinta-feira, focados em repercutir o resultado do jogo. Somente o Webesportiva abordou o tema até o momento e o Canhota 10 entra em quadra para opinar.

Então, vamos lá. Começando pela parte financeira. Guerrinha comentou que o time está gastando 20% mais do que o orçamento mensal. Que o ginásio da Luso somente terá sua capacidade aumentada com o apoio de empresas – e esse acréscimo na renda das partidas ajudaria no fim do mês. Outra boa solução financeira seria preencher a cota de patrocínio no nome do time (Itabom/?/Bauru). Enquanto isso não acontece, a solução é otimizar os gastos com o elenco.

Em sua fala, Guerrinha deu pistas de que Júlio Toledo deverá sair – a exemplo do que já aconteceu com Gaspar, que foi para o time mineiro Catalão/Olympico. Segundo o treinador, o contrato de Toledo vence em dezembro e, se atuar no NBB, não poderá defender outro clube. Conclui-se, portanto, que o melhor seria sair já – o atleta, com rendimento abaixo do esperado, não tem sido muito aproveitado. Dentro desse perfil, encaixa-se também o ala Eddy, que não foi citado por Jorge Guerra.

Para não ficar com menos peças no elenco após essas supostas dispensas, a solução está na garotada. Explico: o treinador manifestou a intenção de o time disputar o NBB sub-20 com jogadores de outro clube – já que Bauru não trabalha hoje com essa categoria – para se juntarem a Gui e Ferrugem. Provável parceria: Paraíso Basquete – de quem Guerrinha se aproximou bastante quando foi conhecer a Arena Olímpica de São Sebastião do Paraíso – e Barueri.

E é da cidade da Grande São Paulo que podem vir novidades no elenco principal, segundo Guerra – lembrando que especulo sempre baseado na entrevista ao Jornada. Terminada a participação de Barueri no Paulista, que deverá ser precoce, alguns jogadores podem chegar. Uma boa aposta seria o jovem armador Ricardo Fischer, irmão de Fernando Fischer, já no grupo bauruense – dedução do Canhota 10, pois é o jogador mais elogiado daquele time.

Por fim, Guerrinha disse ter esperanças de que um novo aporte financeiro viabilizaria a contratação de um jogador “bom” – palavra dita com ênfase por ele, referindo-se a um atleta que chegaria para ser titular ou, pelo menos, o sexto elemento. O técnico lembrou que aproxima-se uma fase que chamou de “janela de transferências” do basquete brasileiro.

Dessa mexida na composição do grupo bauruense, há esperanças de que, finalmente, o time tenha um banco forte. Havia essa expectativa no início do semestre, o que não se concretizou com Júlio Toledo e Eddy – Thyago Aleo ainda tem crédito, afinal, está à sombra do astro Larry Taylor. Para se ter uma ideia, na partida contra Araraquara, os reservas foram responsáveis por apenas um ponto, o que sobrecarrega muito o quinteto principal.

NA TV

A partida contra Franca foi remarcada para quinta-feira, dia 14, às 20h30, por solicitação da ESPN Brasil, que transmitirá o duelo. Nessa ocasião, o Itabom/Bauru irá aderir à campanha Outubro Rosa, utilizando adesivo no uniforme pela prevenção ao câncer de mama. E convida os torcedores a irem trajados na cor rosa ou branca. O time bauruense tem se notabilizado por abraçar causas sociais, o que o aproxima cada vez mais da comunidade.

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Guerrinha: “Hoje somos a quinta força do campeonato”

O primeiro passo está dado. Passar pela primeira fase de forma tranquila, entre os favoritos – inclusive liderando seu grupo por algumas rodadas. O saldo é mais do que positivo para o Itabom/Bauru, mas ficou um gostinho de que poderia ser melhor. Nesse “rali de resistência”, como define o campeonato o técnico Guerrinha, o time tropeçou em alguns obstáculos. “Perdemos para o Pinheiros em duas partidas que poderíamos ter ganhado. Isso pesou para as nossas pretensões na competição”, avalia. Apesar de ter sido um jogo fora de casa, o Canhota 10 avalia que o fiel da balança também tenha sido a derrota para Rio Claro.

Além de pensar no título – o que não é nenhum delírio -, o desempenho no Paulista se reflete nas pretensões para o NBB. Afinal, se hoje somos a quinta força, que posição teremos no campeonato nacional? – no qual, além dos paulistas, há os fortes Brasília, Flamengo e Joinville e muita expectativa sobre sobre como virá Uberlândia. Uma frase de Guerrinha é providencial: “A próxima fase vai ser muito difícil, teremos que jogar acima da média”. Dessa necessária evolução virá a resposta para o questionamento acima.

Enquanto isso, no Estadual, um regulamento confuso. Os próximos seis jogos de Bauru valem somente para definir a posição para os playoffs. Mas o lado bom é poder medir forças contra Franca, Araraquara e Limeira em partidas não-eliminatórias – melhor preparação para o NBB, impossível.

Em relação aos jogadores, Larry segue sendo o cara, Jeff evoluiu em relação à última temporada e Alex está de volta! Fisher poderia melhorar o calibre – hoje tem 43,2% de aproveitamento nos chutes de três pontos (9º melhor do campeonato). Entre os contratados, Thyago Aleo precisa sair da sombra de Larry. A grande decepção é Júlio Toledo. Não o esperava como titular, mas como ótima peça para o rodízio das partidas, o que nem de longe está acontecendo (média de 8min em quadra e apenas dois pontos por jogo!).

A seguir, um olhar sobre os números do time:

ITABOM/BAURU:

Time que mais pontuou na primeira fase (87,4 por jogo), Desses pontos:
• 31,5% em bolas de três
• 52,5% em bolas de dois
• 16% em lances livres

3ª melhor equipe em rebotes (32,5 por partida), sendo:
•  21,9 defensivos (6ª melhor)
• 10,6 de ataque (2ª melhor)
• Jeff pega 8,21 rebotes por jogo (6º melhor)

E mais:
• 4º time que mais roubadas bolas (7,9 por jogo)
• 3º que mais deu tocos (3,1)
• 2º menos faltoso (17,6) – nesse ponto, poderia explorar mais faltas na hora certa
• é a equipe que menos perdeu bolas (9,6)

LARRY TAYLOR:
• 2º jogador mais eficiente do campeonato (atrás de Fúlvio, do São José)
• cestinha da competição (média de 19,6 pontos por partida); em números absolutos (252), é o segundo (atrás de Shamell, do Pinheiros, mas com um jogo a menos)
• 14º maior reboteiro (6,08) – e ele não é pivô…
• 2º em assistências (7,46)
• 2º em roubadas de bola (2,46)
• é quem mais fica em quadra pelo time (33min30s – Fisher fica em média 33min29s), mas tem descansado mais do que em outros tempos
• tem 58,4% de aproveitamento em lances de dois pontos – pode melhorar

Fotos da homepage: Gabriel Pelosi/Bauru Basket