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Bauru Basket pós-Paschoalotto: o que vem por aí

Bauru“Uma hora a Paschoalotto vai sair do basquete. Se você perguntar quando vamos sair, posso te dizer que já passamos da metade do tempo que pretendemos ficar”. A frase, dita por Rodrigo Paschoalotto ao Canhota 10 em agosto de 2015, faz todo sentido agora que a Paschoalotto Serviços Financeiros não é mais patrocinadora máster do Bauru Basket, possibilidade adiantada pelo repórter Emerson Luiz, da 94FM, no último mês de março. Passados quatro anos de uma parceria vitoriosa, a empresa seguirá entre os patrocinadores, mas com um investimento bem menor. Agora, o Dragão vai em busca de nova(s) empresa(s) para compor o nome do time.

Vale ressaltar que a Paschoalotto teve um papel fundamental no nível que a Associação alcançou no cenário mundial do basquete e que a decisão, seja qual for a motivação, deve ser acatada com sabedoria por todos os lados. Todos ganharam com esse período, inclusive a própria empresa, que teve uma exposição de marca dezenas de vezes maior, em cifras, do que gastou nesse período de patrocínio. Foi uma decisão corporativa, que envolve um grande acionista com outras prioridades, num cenário de crise. Ponto. Bola pra frente.

Nesta segunda, o diretor técnico Vitinho Jacob concedeu entrevista coletiva à imprensa para tirar dúvidas e expor o cenário a ser desenhado daqui pra frente. Não vou transcrever a conversa, mas resumir os principais pontos, seja pela fala do diretor, seja pelas informações de momento.

ELENCO
Como os principais jogadores eram de alguma forma burocrática ligados à Paschoalotto — não necessariamente na relação empregatícia, mas algum tipo de garantia financeira —, a empresa irá falar com os que têm contrato em vigor (Ricardo, Alex, Meindl, Jefferson e Hettsheimeir) para negociar rescisão para, num segundo momento, o Bauru Basket conversar as recontratações. Claro que dá medo de o mercado crescer os olhos para um Alex ou um Hett dando sopa… “Nossa meta principal é renovar o mais rápido possível com os principais jogadores”, garantiu Vitinho. Neste novo cenário, a possibilidade de permanência de Paulinho Boracini e Robert Day é quase nula. Jacob citou nominalmente o interesse continuar com Murilo, mas ele é o mais assediado no momento, bastante comentado nos bastidores do Vasco. Ah, Demétrius está garantido como treinador.

CLARO
A posição oficial é que a proposta de copatrocínio (o aporte máster a partir de agora será dividido em duas ou três cotas) está na mesa da direção nacional da empresa de telefonia móvel. O colega Luiz Lanzoni (Auri-Verde 760AM) crava o acerto há algumas semanas, que deve mesmo ocorrer. Resta saber o tamanho desse investimento. Hoje, há uma lacuna de 60% do orçamento a ser preenchida.

Vitinho durante a coletiva. Foto: Nayara Assis/94FM
Vitinho durante a coletiva. Foto: Nayara Assis/94FM

NOVO MOMENTO POLÍTICO
A gestão Sandro Fabiano (presidente)/Joaquim Figueiredo (vice) chega ao fim neste mês de junho e ascenderão novos dirigentes. O Comitê Gestor também será alterado, pois Rodrigo Paschoalotto e Eric Garmes (presidente e vice da Paschoalotto), por uma questão estatutária da empresa, não poderão mais compor esse colegiado da Associação. Como sempre foi hábito que forças políticas sejam ligadas direta ou indiretamente a patrocinadores, novos nomes podem significar novos apoiadores.

CONTINUIDADE
“Temos um produto bom, que está na mídia diariamente. Hoje as crianças jogam mais basquete. Então, temos uma responsabilidade muito grande. Nosso principal desafio é não deixar a equipe dar um passo pra trás e continuar essa paixão que Bauru tem pelo basquete. A profissionalização do time veio pra ficar e não tem volta. A situação estará um pouquinho nebulosa nos próximos quinze dias, mas estou animado, vamos nos esforçar ao máximo para continuar em alto nível”, avisou Vitinho, enfático.

Enfim, vêm aí novos ares. Com uma temporada desafiadora, com mais uma edição de Liga das Américas, além do Paulista (apostando forte na molecada na primeira fase) e do NBB, que deixa de ser obsessão, essa palavrinha que não ajudou em nada.

 

Foto topo: Caio Casagrande/Bauru Basket

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Patrocinador campeão, Rodrigo Paschoalotto toca nas feridas do basquete brasileiro

Rodrigo Paschoalotto, presidente da Paschoalotto Serviços Financeiros, patrocinadora máster do Bauru Basket, mandou bem. Em entrevista ao jornalista Marcius Azevedo, blogueiro de basquete do Estadão, o empresário soltou o verbo. Mas não de forma irresponsável, como mero cartola. Com propriedade e total domínio do cenário basqueteiro, ele criticou a CBB (Confederação Brasileira de Basquete), pediu mais diálogo com a LNB (Liga Nacional de Basquete), apontou os pontos negativos da parceria com a Globo e detalhou como o projeto bauruense chegou nesse patamar de excelência. E mais: fez uma importante revelação sobre Franca!

Vale muito a pena ler toda a entrevista, neste link — não há nada mais justo neste mundo virtual do que encaminhar a leitura para o link gerador do conteúdo.

Abaixo, como registro, destaco apenas os principais trechos:

Liga Nacional
“Quem põe dinheiro hoje no basquete? São os patrocinadores. A Liga não escuta os patrocinadores. Eu converso muito com o Lula (Ferreira, técnico de Franca), com quem eu tenho amizade, e ele diz que é necessário ter uma comissão de patrocinadores com voz ativa na liga. O basquete é um produto comercial, que precisa ter um retorno e o maior interessado nisso é quem está investindo. Não adianta o pessoal da liga não ouvir todos os lados. Falta amadurecer neste aspecto. (…) Falta um gerente comercial, um profissional para ir nas principais cidades, nas capitais para oferecer o basquete. Ir lá em Recife, oferecer para o prefeito um projeto de dois anos, com uma comissão técnica barata, com jogadores que estão sem mercado… O que pode dar errado? A comunidade não abraçar, mas tem grande chance de dar certo e deslanchar.”
Atualizado: Rodrigo informou-me que soube há pouco que a Liga contratou um diretor comercial. “Como foi um dos pontos que critiquei, vale agora dar os parabéns à Liga”, disse o empresário.

rodrigo-paschoalotto-1NBA e Globo
“A NBA não entra para perder dinheiro. Ela sabe o enorme mercado que tem aqui no Brasil e que, para crescer, tem de ajudar no crescimento da Liga Nacional, não pode matá-la. Neste cenário, na minha opinião, o apoio da Globo é maléfico. Ela que acaba decidindo horários, etc. A NBA, lá nos Estados Unidos, não passa em apenas um canal. Precisamos mudar algumas coisas. Acredito que teremos frutos, só que tem de subir degrau por degrau. (…) Eu acho ridículo os veículos da Globo não falarem o nome do patrocinador. Se você pegar o contrato da Associação Bauru Basket, nós mudamos o nome do time para Paschoalotto Bauru Basket.”

Contratos longos
“O que fizemos foi criar uma estrutura parruda e adotarmos contratos longos. Não criamos nada novo, estamos copiando o que é feito na NBA e em alguns países da Europa, em especial na Espanha. Eu pensava que era impossível o jogador ficar 100% concentrado no momento de decidir sem saber se o contrato seria renovado. O lado pessoal pesa. Quando não estou bem em casa não rendo no meu trabalho. É inevitável não pensar se vai ter time no próximo ano? Onde os filhos vão estudar? Onde vou morar? O que fizemos é ter um planejamento previsível e não imprevisível. Temos vários jogadores com contrato de quatro anos.”

CBB
“No geral, o basquete tem evoluído nos últimos anos. Temos de tentar aproveitar os Jogos Olímpicos do Rio. Pena que a CBB é uma comédia. O Rubén Magnano (técnico da seleção masculina) não foi ao Jogo das Estrelas em Franca. Isso é o fim do mundo para mim. A minha opinião é que o ciclo do Magnano se encerrou. É uma ótima pessoa, um excelente técnico, não duvido disso, mas tem de mudar. A CBB é uma caixa-preta, ninguém sabe o que acontece com o dinheiro. Existe verba, mas ela precisa ser utilizada de maneira correta. Não estou falando que quem está lá é desonesto. São honestos. Mas a forma de se utilizar o pouco recurso que tem é que está errado.”

Ajuda a Franca
“Sou patrocinador de Bauru, torcedor de Bauru e estou ajudando a tentar conseguir um patrocínio para Franca. As pessoas falam que eu estou louco, ajudando o principal rival, mas estou pensando no basquete.”

Parabéns ao Marcius pelo bom material. Quem é de Bauru já conhece detalhes da Associação Bauru Basketball Team, mas é bom que um veículo que tenha um público mais abrangente fale e fale muito sobre o que tem sido feito aqui. Igualmente imperdível é a leitura da entrevista de Guerrinha para o Bala na Cesta, do jornalista Fábio Balassiano (clique aqui).

 

Foto do topo: Reprodução/Arquivo pessoal

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Presidente da Paschoalotto: vínculo com Bauru Basket deve ser de longo prazo

Rodrigo Paschoalotto, presidente da Paschoalotto Serviços Financeiros, apareceu espontaneamente na caixa de comentários do Canhota 10 para revelar os novos co-patrocinadores do Bauru Basket, prospectados por ele – sinal da relevância do blog no cenário bauruense. Pois bem: aproveitei o contato para fazer breves perguntas ao empresário que está apostando nos guerreiros e ele reafirmou a intenção de fazer longa parceria com o basquete bauruense – além de explicar melhor como uma empresa pode apoiar o esporte com parte de seu Imposto Sobre Serviços (ISS). Confira.

O contrato com o Bauru Basket é de um ano, nem está em vigência ainda, mas dá pinta de ser duradouro. É a intenção de vocês seguir por muitos anos?
“O contrato é inicialmente de um ano, mas nossa intenção é que seja de longo prazo. VAMOS TENTAR RENOVAR SEMPRE ALGUNS MESES ANTES DE TERMINAR A TEMPORADA, ASSIM O TIME E A DIRETORIA TERÃO MAIS TRANQUILIDADE PARA TRABALHAR.”

Você citou que uma empresa pode apoiar o time pelo Imposto Sobre Serviços. Poderia explicar melhor para os interessados?
“As empresas podem destinar 5% do ISS que pagariam ao município. Existe uma lei para isso. Exemplo: a empresa que vai pagar R$ 20 mil no mês pode destinar R$ 1 mil e só pagar o restante (R$ 19 mil) para o município. Imagine se todas as empresas de Bauru fizessem isso, poderíamos ter bons times não somente no basquete, mas em outros esportes também.”

Montar um time forte. Desde o início você deu essa esperança à torcida. Pode-se esperar mesmo grandes reforços?
“A diretoria do Bauru Basket está trabalhando para isso. Nossa parte é patrocinar, ajudar a buscar novos patrocínios e torcer.”

Você garante que não vamos mais ouvir o Guerrinha reclamando de orçamento? (risos)
“Na minha opinião o Guerrinha é o melhor do Brasil, ele é muito competitivo e quer sempre o melhor para o time. Então, se ele reclamar é para o bem do time. Tentaremos ajudar no que for possível.”

Atualizado: Guerrinha leu o post e deixou recado na caixa de comentários:

“Fernando,
Sempre fui muito profissional na minha condução do projeto BBT. Infelizmente você não sabe diferenciar “reclamar” de mostrar a nossa “realidade ” perante as equipes que enfrentamos de ponta em igualdade ou como o Rodrigo respondeu a você, almejar melhores condições ao projeto. Hoje temos basketball devido essa luta dentro e fora da quadra a esse nosso espírito competitivo de sempre fazer muito com pouco. Sucesso às suas matérias. Guerrinha”

E eu respondi:

Por isso o “risos” no final da pergunta, Guerrinha. Respeito demais sua luta e o basquete só está forte agora por sua causa. É que a a tônica da chegada da Paschoalotto foi exatamente dar mais tranquilidade pra você focar na quadra. Me desculpe se fui mal compreendido. Abraço e bom restinho de férias.

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Paschoalotto/Bauru Basket, novo elenco (3): sobre Ricardo Fischer

Na coluna da semana, publicada segunda-feira no BOM DIA Bauru, deixei uma interrogação sobre um jovem ala-armador que está disputando as semifinais do NBB, o que obviamente instigou a curiosidade da comunidade basqueteira. E não foi difícil aparecerem deduções, entre torcedores/leitores do Canhota 10, de que se tratava de RICARDO FISCHER.

Eu só revelaria após encerrar-se a participação de São José no NBB4, já que o foco do jogador está nessa decisão e até porque os joseenses poderiam engrossar a disputa pelo irmão de Fernando Fischer – ao mesmo tempo em que a diretoria de Bauru só se manifestará, também, depois que o time de Regis Marrelli sair da disputa.

Entretanto, os amigos do BOM DIA apuraram e bancaram a informação, então o assunto agora é público. Só me resta atestar esse interesse – que é antigo e afirmado por duas fontes. A intenção é montar um time fortíssimo para conquistar a LDB (Liga de Desenvolvimento do Basquete, ex-LDO, que em 2012 será sub-22, conforme o Canhota 10 divulgou em primeira mão). Luquinha, Ricardo Fischer, Gui e Andrezão têm idade para essa disputa.

Além disso, o irmão mais novo teria papel importante no time principal, por atuar nas posições 1 e 2, ora poupando Larry, ora empurrando o Alienígena para a ala – e também suprindo sua ausência olímpica. Agora, é aguardar.

Outras novidades do dia:

• O Basketeria publicou texto confirmando os interesses do Dragão em DRUDI (Franca) – antecipado pelo Jornada Esportiva – e no ala LEROY HICKERSON (Bucaneros, Venezuela). Se Leroy vier, será sinal de que há mesmo “cascalho” disponível, pois a pedida salarial do gringo está no patamar do que é pago a Larry Taylor. Ainda segundo o maior portal basqueteiro da América Latina, MOSSO tem boas chances de ficar.

• Se Leroy Hickerson não vier, certamente outro nome estrangeiro para a posição 3 virá à tona. A diretoria analisa nomes.

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Paschoalotto/Bauru Basket, novo elenco (2): Jeff fica!

O Bauru Basket anunciou na tarde desta segunda a renovação de contrato do pivô JEFF AGBA. Ambas as partes ficaram satisfeitas com o negócio. A diretoria cedeu e reajustou os vencimentos do norte-americano, que pedia uma valorização.

Assim, já há um ótimo esboço de quinteto titular: Larry, Fischer, Gui, Pilar e Jeff Agba. Sem contar que, dos três prováveis reforços, pelos menos dois deverão chegar para serem titulares (nas posições 3 e 4/5).

Atualizando sobre o mercado:

OTIS POLK está nos Estados Unidos, aparentemente se preparando para uma das trocentas clínicas de basquete (os famosos camps) que há por lá. Rendem imagens para DVDs e contatos entre agentes e times. Ao Canhota 10, disse que ainda não recebeu contato de Bauru.

ROBERT DAY é realmente um sonho da diretoria bauruense, que já sondou. Mas o ala, além de apaixonado por Uberlândia, já recebeu proposta de renovação.

DOUGLAS NUNES não vai para o Uberlândia, mas estuda propostas de outros clubes.

THYAGO ALEO, liberado pela diretoria para ouvir sondagens, tem chance de permacener no basquete paulista.

• No fórum de discussões da Torcida Fúria no Facebook, foi citado o nome de LEROY HICKERSON, do Bucaneros, da Venezuela. Mas sua pedida salarial é bem alta…

• Por fim, a saída de Hélio Rubens do comando de Franca irá mexer bastante com o mercado e o nome de GUERRINHA será lembrado. Mas é inimaginável o treinador de Bauru sair do projeto logo agora, num momento tão positivo.